sexta-feira, 30 de agosto de 2013

Na Toca dos Leões - Fernando Morais - Ed. Planeta

Na Toca dos Leões é um livro voltado para quem trabalha com publicidade ou até com comunicação em geral. Para pessoas de outras áreas, não recomendo a leitura.

O livro é de fácil leitura, mas confesso que me cansou um pouco em alguns momentos. Talvez seja porque, apesar de bem escrito, trata de um assunto que eu, por ter trabalhado em diversas agências de publicidade, já tinha uma boa base de informações e acabou não sendo novidade.

O livro conta a história profissional de Washington Olivetto e todos os detalhes da fundação da W/Brasil, passando por outros ícones da publicidade brasileira e rememorando algumas das propagandas mais famosas do País, como garoto bombril e o anúncio do primeiro sutiã. Essa parte torna-se interessante também para quem gosta de televisão, mas não é da área de comunicação. Porém, não sei se o leitor "leigo" em publicidade e propaganda ia apreciar a leitura. Eu acredito que não.

A última parte do livro conta em detalhes o sequestro de Washington Olivetto, fato que mexeu com o país na época e teve repercussão mundial. É escrito por Fernando Morais, autor conhecido por seu talento em escrever biografias.

Sobre o autor


Começou no jornalismo aos quinze anos. Em 1961, trabalhava como office boy na pequena revista de um banco em Belo Horizonte, quando teve que cobrir a ausência do único jornalista da publicação numa entrevista coletiva.

Mudou-se para São Paulo aos dezoito anos e trabalhou nas redações de Veja , Jornal da Tarde, Folha de São Paulo, TV Cultura e portal IG. Recebeu três vezes o Prêmio Esso e quatro vezes o Prêmio Abril.

Na área política, foi deputado estadual1 durante oito anos e Secretário de Cultura1 (1988-1991) e de Educação1 (1991-1993) do Estado de São Paulo, nos governos Orestes Quércia e Luiz Antônio Fleury Filho.

Seu primeiro sucesso editorial foi A Ilha (Livro), relato de uma viagem a Cuba. A partir daí, abandonou a rotina das redações para se dedicar à literatura. Pesquisador dedicado e exímio no tratamento de textos, publicou biografias e reportagens que venderam mais de dois milhões de exemplares no Brasil e em outros países, tornando-se um dos escritores brasileiros mais lidos de todos os tempos.

Em 2005, um juiz de Goiânia determinou, a pedido do deputado Ronaldo Caiado, a busca e apreensão de edições de seu livro Na toca dos leões. Neste livro, em que conta a trajetória da empresa de publicidade W/Brasil, Morais refere-se de passagem a uma declaração de Caiado, quando candidato a presidente da República, de que, se eleito, mandaria esterilizar todas as mulheres nordestinas. Sob a alegação de serem falsas tais afirmações, Caiado obteve a apreensão judicial da obra, sob pena de o escritor ter que pagar cinco mil reais de multa a cada vez que falasse do assunto. A decisão, favorável ao deputado, foi anulada pelo Tribunal de Justiça de Goiás. Mas a reviravolta não tardou, neste mesmo ano de 2005, a suposta fonte que acusara o deputado, o publicitário Gabriel Zellmeister, declarou à Justiça que nunca ouviu Ronaldo Caiado defender a idéia. (Revista Época, 7 de novembro de 2005).

No ano de 2012 a justiça manteve uma decisão já proferida em 2010 contra o escritor. Fernando Morais foi condenado a indenizar Ronaldo Caiado, juntamente com a editora e o publicitário Gabriel Zellmeister, em R$ 1.200.000,00 por danos morais.

Fonte: Wikipedia


quinta-feira, 29 de agosto de 2013

Compreendendo seu bebê - Lisa Miller - Ed. Imago


Quando meu filho era recém-nascido, eu comecei a sentir vontade de ler publicações sobre a fase desse comecinho de vida dos bebês. Como na gestação eu tinha lido inúmeros livros sobre parto, depois que ele nasceu eu continuei seguindo a linha de estudar muito, afinal, nunca tinha sido mãe na minha vida. :)

Muita gente, desde o primeiro filho, tem instinto aflorado e faz tudo o que sua intuição manda. Comigo não foi assim. Sempre me senti muito mais segura lendo livros e estudos, mas sempre os que seguiam a mesma linha que eu, claro. O pediatra do meu filho deu várias dicas de livros e, no dia seguinte, já tinha adquirido todos pela internet.

Um deles era o Compreendendo seu Bebê, um livrobem rapidinho de ler (tem menos de 100 páginas) e muito bacana para entender a evolução motora e intelectual do seu bebê no primeiro ano de vida. Ele aborda os problemas mais comuns dessa fase, as ansiedades pelas quais o bebê passa e é bem esclarecedor para mães de primeira viagem. Eu, que já tinha lido muito sobre o assunto, confesso que achei mais do mesmo, mas gostei da leitura. Recomendo!

Série


Vale lembrar que esse é o primeiro livro de uma série, dividida por idade. Os demais livros são:

Compreendendo seu Filho de 2 anos
Compreendendo seu Filho de 3 anos
Compreendendo seu Filho de 4 anos
Compreendendo seu Filho de 5 anos

Compreendendo seu Filho de 6 anos
Compreendendo seu Filho de 7 anos
Compreendendo seu Filho de 8 anos
Compreendendo seu Filho de 9 anos
Compreendendo seu Filho de 10 anos
Compreendendo seu Filho de 11 anos
Compreendendo seu Filho de 12-14 anos
Compreendendo seu Filho de 15-17 anos


segunda-feira, 26 de agosto de 2013

3096 dias - Natascha Kampusch - Ed. Verus


Soube dessa historia por matérias na internet e fiquei chocada! Como alguém pode suportar viver por 3096 dias presa, sendo torturada, tendo suas vontades e necessidades totalmente cerciadas, passando fome até quase desfalecer, sem contato físico com ninguém (a não ser com seu sequestrador) e sobreviver?

Nem que eu passe um dia inteiro pensando nisso e me colocando no lugar dela vou conseguir sequer ter uma ideia do que eu faria e de qual seria minha reação, se a sequestrada fosse eu.

Esse sequestro aconteceu há anos, mas recentemente um caso parecido virou notícia no mundo inteiro. Um homem manteve três mulheres sequestradas por 10 anos, até que elas conseguiram escapar. Leia mais aqui. Quando vi a matéria no noticiário, lembre do livro de Natascha Kampusch na hora!

Mesmo tendo sido sequestrada aos 10 anos de idade, nunca poderemos dizer que Natasha não tenha coragem. Além de ter encontrado formas de se manter viva e minimamente sã nesses anos todos, ela escreveu um livro contando quase tudo depois de fugir do cativeiro. Assim, ela imortalizou o que aconteceu, ficou rica e seguiu em frente. Admiro.

Natasha estava indo para escola a pé sozinha, pela primeira vez, aos 10 anos. Ela tinha muitos problemas familiares e, naquele dia, estava bem chateada com sua mãe. Pela primeira vez na vida, saiu de casa sem dar um beijo nela. Foi a última vez que se viram. Depois daquele dia, só se encontrariam novamente 8 anos depois.

No caminho para a escola, o engenheiro de telecomunicações Wolfgang Priklopil pegou-a no colo e, rapidamente, colocou-a na parte de trás de sua van, que já estava com as portas abertas, esperando a vítima perfeita passar por ali. Infelizmente, era Natasha, mas poderia ter sido qualquer outra.

Daí pra frente, ela vai ao inferno muitas e muitas vezes, mas conegue, não se sabe como, voltar de lá e manter viva a esperança de, um dia, ter sua vida de volta.

Depois de oito longos anos, ela consegue. Depois de ter vivido e suportado as piores situações e os momentos mais degradantes e humilhates que alguém pode viver. Além de tudo isso, todo o resto que ela perdeu (a adolescência, as descobertas, os momentos mágicos que se vive quando estamos nessa fase e todo o resto) não será recuperado jamais.


Nos dois primeiros capítulos do livro, ela foca muito em detalhes da história da família e da cidade em que morava, assuntos que não têm relação direta com o sequestro. Isso deixa a leitura monótona e faz com que demoremos para "entrar" na história. Depois, Natasha começa a transmitir o que ela pensava e sentia ao se ver presa 24 horas por dia em um lugar claustrofóbico e sem luz nenhuma.

É desesperador ver como o sequestro mexeu com a sua cabeça. A gente lê o livro e grita: foge, foge! Dá até raiva em alguns momentos. Questionei-me diversas vezes: o quanto será que a sanidade dela estava comprometida depois de tudo o que passou? Até onde vai nosso instinto de sobrevivência e nosso amor pela vida? O quanto podemos suportar antes de desistir de lutar?

Algumas partes do livro são um pouco arrastadas. Outras são bem tensas e fortes. A gente sofre junto, vibra junto, odeia junto e se liberta junto. E, no fim, fica o sentimento de tristeza e compaixão por Natasha que, infelizmente, nunca deverá perder esse olhar triste e desconfiado da foto da capa do livro. Recomendo!

Virou filme


A história de Natasha virou documentários e filme. Não assisti a nenhum ainda, mas pretendo.


Sobre a Autora

Natascha Maria Kampusch (Viena, 17 de fevereiro de 1988) é uma austríaca conhecida por seu sequestro aos dez anos de idade, em que passou mais de oito anos em cativeiro. Aprisionada numa cela na casa de seu captor, Wolfgang Přiklopil, desde 2 de março de 1998, quando se encontrava a caminho da escola, escapou em 23 de agosto de 2006, com então 18 anos. O caso foi descrito como um dos mais dramáticos da história criminal da Áustria.

A história de Natascha chocou o mundo, transformou-a numa celebridade nacional e internacional e resultou numa autobiografia, 3096 dias (3096 Tage), em documentários, num filme baseado em seu livro e num posterior talk show na televisão.

Fonte: Wikipedia


quinta-feira, 22 de agosto de 2013

A Era do Escândalo - Mario Rosa - Ed. Geração Editorial



Li A Era do Escândalo no terceiro ano da faculdade de Jornalismo (faz tempo, viu? "Só" 10 anos) e lembro que fiquei impressionada com as informações contidas no livro. A obra trata de grandes cases de crise de imagem no Brasil e a estratégia por trás do gerenciamento dessas crises. O trabalho minucioso de pesquisa traz dados interessantíssimos e é uma leitura obrigatória, principalmente para quem trabalha com comunicação. Não sei se existem outros livros do gênero publicados, mas foi a primeira vez que soube e que li um livro com enfoque na análise profunda de crises de imagem no Brasil.

Algumas das crises citadas no livros são:
- Acidente aéreo com avião da TAM, vôo 402, que resultou na morte de 99 pessoas em outubro de 1996

-  CPI dos Bancos envolvendo denúncias sobre Salvatore Cacciola
- Crise energética de 2001, chamada de "apagão"
- Boato publicado na mídia sobre Orlando Morais, marido de Glória Pires, ter se envolvido com Cleo, filha de Glória e Fábio Jr.
- Fusão da Brahma e Antarctica, fundando a Ambev
- Naufrágio da maior plataforma petrolífera do mundo, a P–36, causando 11 mortes

Depois de todas as crises serem explanadas, o autor traz, na segunda parte do livro, as lições que ficam.
A terceira parte do livro trata de uma análise sobre o escândalo no Brasil, apresentando  suas características, suas conseqüências para a sociedade brasileira, a atuação da imprensa e os desafios impostos pelos escândalos nacionais. Drama, deturbação da realidade, sensacionalismo, tudo isso gera mais audiência e, portando, merece mais atenção dos meios de comunicação de massa. As lições são válidas até para nós, meros mortais, que acabamos tendo nossa privacidade invadida e sendo expostos conscientemente (muitas vezes por nós mesmos) nas redes sociais. 


Recomendo!

Sobre o autor


Mário Rosa é consultor de imagem, para a condução de crises governamentais e privadas.
Graduado em jornalismo pela UNB atuou em diversas áreas da comunicação. Trabalhou na editora Abril e na Globo. Assessorou diversas campanhas políticas do Brasil e da Argentina.

Escreveu os liros
A Era do Escandalo, A Reputação na Velocidade do Pensamento e A Síndrome de Aquiles - Como Lidar Com as Crises de Image.


segunda-feira, 19 de agosto de 2013

Profundamente Sua - Sylvia Day - Ed. Paralela



Eis que chega o momento de ler Profundamente Sua, a continuação da trilogia Crossfire. A resenha do primeiro livro, Toda Sua, já foi publicada aqui.

Neste livro, Eva e Gideon são um casal. Eles assumem seus sentimentos e tentam seguir em frente, juntos.Nesse livro, Eva fica perdida em vários momentos, tentando entender o que passa pela cabeça de Gideon, o que dá um ar de curiosidade e muito mais charme ao livro. Digam-me se um bom mistério não é sempre uma delícia?

No começo do livro, até pouco antes da página 100, a história não tinha tido absolutamente nada de hot. Eu já estava ficando decepcionada quando, de repente, o lado erótico surgiu com tudo. Li muita gente elogiando isso, pois assim o livro ficou mais parecido com um romance propriamente dito, mas eu já encaro como um ponto negativo. Se é um romance erótico, quem está lendo procura o que, mesmo? Pra bom entendedor...

Nesse livro há mais cenas de ação, de suspense até, tirando um pouco o foco do sensual. Rolam até ciúmes e briguinhas bobas de casal! E a lenga-lenga de Eva tentando fazer Gideon confiar nela ficou até bem forçada em alguns momentos. Independente disso, lá pela página 155, já estava viciada de novo e não conseguia parar de ler.

O final do livro é demais. Fechei a última página louca da silva para ler o terceiro (que já está aqui em casa, esperando sua vez na minha estante. Uhu).

E aqui vou repetir as ressalvas que fiz na resenha do primeiro livro:

Recomendo (eu adorei ei ei!!) a leitura com duas ressalvas.
a - Se você já leu 50 Tons, espere uns bons meses para começar a ler essa trilogia. Assim você não vai ficar comparando tanto as semelhanças entre cada uma.
b - Se você não leu nenhuma das duas, sugiro começar por essa.

Sobre a Autora


Sylvia Day nasceu em 1973, em Los Angeles. Publicou romances dos mais variados gêneros, muitos dos quais entraram para a lista de mais vendidos do New York Times, com três pseudônimos diferentes. Mãe de dois filhos, trabalhou como tradutora do russo para o serviço de inteligência do Exército dos Estados Unidos. 


Fonte: Skoob


sexta-feira, 16 de agosto de 2013

Toda Sua - Sylvia Day - Ed. Paralela



O primeiro livro de Sylvia Day que li foi Toda Sua. Esse romance erótico faz parte da trilogia Crossfire e conta a história de Eva, uma mulher de 24 anos, e de Gideon Cross, um homem bem sucedido, rico (óbvio), prepotente e lindo (óbvio 2).

Essa sinopse parece familiar para você? Sim! É bem parecida com a sinopse da trilogia 50 Tons, né? E não é só na sinopse que as obras se parecem. Na história, há diversos momentos muitos semelhantes a 50 tons e eu vivia pensando: "nossa, acho que já li esse livro e não lembrava". Impossíve, porque se eu tivesse livro, eu lembraria.

E a inspiração foi assumida pela autora, que falou publicamente que se baseou em 50 Tons para escrever essa trilogia. Nada contra, se mais gente quiser se inspirar e escrever mais livros parecidos, leio todos.

A diferença é que Sylvia não detalha tanto algumas cenas e o livro é mais objetivo, mais "rápido" e melhor escrito. Só de não ter aquela deusa interior chata de 50 tons já é um alívio. Mas, como ambas as obras são parecidas e eu li 50 tons primeiro, nutro um carinho especial pela minha primeira leitura erótica da vida. :)

Para saber detalhes do que achei, lei as resenhas de 50 Tons de Cinza, 50 Tons mais Escuros e 50 Tons de Liberdade.

Voltando ao Toda Sua, a história gira em torno de um casal nada convencional. Ambos trazem seus fantasmas para a relação que eles começam em meio a muita atração, brigas, traumas e ação.

Em Toda Sua, Eva não é tão inexperiente como Ana e, por isso, é mais real, porque pelamor. Além disso, tem uma personalidade marcante e também é rica. As cenas são descritas de forma bem sensual e prendem a atenção de quem está lendo, naquele estilo do "vou-ler-só-mais-um-capítulo-apesar-de-já-ser-meio-da-madrugada". Em comparação à Ana, achei Eva muito mais interessante, madura e atraente. 


Ana divide seu apartamento com seu melhor amigo, Cary Taylor, bissexual assumido que ficou ao lado de Ana nos piores momentos de sua vida, tornando-se amigos-irmãos. O personagem de Cary também é bem interessante, trazendo ao livros temas como liberdade sexual, drogas, estupro, entre outros.

Os mistérios que começam a ser mostrados paraos leitores não são desvendados nesse primeiro volume, fazendo com que a gente corra para comprar o segundo livro assim que termina o primeiro.

Recomendo (eu adorei!!) a leitura com duas ressalvas:
a - Se você já leu 50 Tons, espere uns bons meses para começar a ler essa trilogia. Assim você não vai ficar comparando tanto as semelhanças entre cada uma.
b - Se você não leu nenhuma das duas, sugiro começar por essa.

Sobre a autora

Sylvia Day nasceu em 1973, em Los Angeles. Publicou romances dos mais variados gêneros, muitos dos quais entraram para a lista de mais vendidos do New York Times, com três pseudônimos diferentes. Mãe de dois filhos, trabalhou como tradutora do russo para o serviço de inteligência do Exército dos Estados Unidos. 


Fonte: Skoob

terça-feira, 13 de agosto de 2013

A Ilha - Victoria Hislop - Ed. Intrínseca



A Ilha é um livro triste, repleto de resignação, surpresas do destino e esperança. Não é uma leitura fácil e nem leve, mas é uma leitura valiosa. Muito bem escrito, o livro aguça a curiosidade, apesar de ficar arrastado em alguns momentos, quando a autora se delonga muito em um único assunto, estressando demais o tema.

Alguns momentos do livro são lindos, felizes, cheios de amor e esperança para, na página seguinte, acontecer algo tão triste que deixa os ombros do leitor até pesados. A história é super original, eu nunca li nada nem sequer parecido com esse enredo. Cheio de segredos de família, personagens bem elaborados e desdobramentos surpreendentes, A Ilha é um romance que tem com otema central a lepra, mas que possui diversos outros temas quase tão importantes na história quanto a doença.

A história acontece no Mediterrâneo do início do século XX e segue até os dias atuais,
Alexis Fielding é a protagonista, mas o livro acaba tenso vários personagens principais ao longoda trama, já que Alexis busca conehcer o passado da sua mãe misteriosa e fechada e, assim, desvendar a história de sua família, ao mesmo tempo em que usa esse aprendizado para tomar decisões sobre sua própria vida.

O final é emocionante e me peguei super sentida, emocionada mesmo, sentindo saudade do livro que estava terminando. Intenso e profunda, A Ilha é leitura (mais que) obrigatória!

Sobre a Autora
Victoria Hislop é escritora e jornalista. Escreve artigos sobre viagens para o The Sunday Telegraph, artigos sobre educação para o Daily Telegraph e diversos artigos generalistas para a Woman & Home. Atualmente, vive em Kent com a sua família. Depois de publicar o seu primeiro romance, "A Ilha", Victoria Hislop foi aclamada pela crítica e acarinhada por milhares de leitores.

Fonte: Wook

segunda-feira, 12 de agosto de 2013

100 escovadas antes de ir para a Cama - Melissa Panarello - Ed. Objetiva



Sim, é erótico. Sim, é biografia. Sim, a menina rodou geral. Sim, ela só tinha 15 anos. Sim, ela vai ter histórias loucas pra contar até para os tataranetos sem se tornar repetitiva.

Em 2000, a italiana Melissa Panarello começou a escrever um diário que relatava suas experiências sexuais. Ela perde a virgindade com 15 anos essa começou cedo e, daí pra frente, usa o sexo como meio para encontrar carinho, amor e aceitação. O problema é que, a cada desilusão, sua humilhação, tristeza e autodepreciação aumentavam, diminuindo cada vez mais sua auto-estima. Ela tinha atitudes de adulta, experiências de adulta, mas maturidade de adolescente daquelas bem imaturas mesmo. Dá para sentir, nitidamente, o quanto ela estava perdida dela mesma e viajava na maionese às vezes.

O livro é a transcrição de seu diário, sem edições, então prepare-se para uma leitura sem meias palavras e bem depravada. Acho até que esse é um ponto negativo do livro. Não a falta de meias palavras, isso eu acho bem bom, até, porque combina com o teor da leitura. Mas a falta de cuidado em transformar o diário em um livro, mesmo, ou seja, editá-lo para deixá-lo melhor organizado, talvez dividir os capítulos por temas ou trazer capítulos intermediários contando um pouco do contexto envolvido com aquela passagem.

Lendo esse livro você vai se deparar com temas como s
exo grupal com desconhecidos, orgias regadas a drogas, sadomasoquismo, homossexualismo e por aí vai.

Dica: Moralistas, não leiam 100 escovadas antes de ir para cama porque vocês não vão gostar. Para os demais, eu acho uma leitura válida, ainda mais para quem curte uma biografia, como eu. :)


Sobre a autora


Melissa Panarello é uma escritora erótica italiana. O seu primeiro livro, Cem escovadas antes de ir para a cama, é um diário verídico que relata sobre sua vida sexual na adolescência, em busca de alguém pra amar e ser amada. No livro ela relata experiências que modificaram sua vida ou até mesmo sua personalidade, descobrindo a vida se rendendo aos prazeres carnais.

O livro vendeu mais de meio milhão de cópias, somente na Itália. Baseado no diário de Melissa, teve origem o filme Cem escovadas antes de dormir, desaprovado porém pela maioria dos fãs do livro, e também pela própria Melissa. Em 2005, escreveu o livro L'odore del tuo respiro que ainda não tem tradução em língua portuguesa e, em 2006, escreveu In nome dell'amore.

Fonte: Wikipedia


sexta-feira, 9 de agosto de 2013

A Soma dos Dias - Isabel Allende - Ed. Bertrand Brasil



Depois de ter lido Paula e Cartas a Paula, que são livros autobiográficos de Isabel Allende, fiquei curiosa para ler A Soma dos Dias, outra biografia da autora. Em Paula, a história gira em torno da doença da filha e em como isso afetou a vida de Isabel e de todos que a cercavam. O livro é triste demais, profundo demais, parece que transborda amor e dor. Devia ser proibido uma mãe passar por isso na vida. A resenha de Paula pode ser lida aqui.

Já em Cartas a Paula (confira a resenha), a autora reúne algumas das cartas mais marcantes que recebeu de leitores que leram Paula e se identificaram, enviando também suas histórias. Já em A Soma dos Dias, Isabel fala de diversos assuntos, contando as passagens mais marcantes e interessantes da sua vida, entre eles a crise no casamento do filho, viagens a trabalho, aventuras com amigas e muitas outras histórias dignas de ficção.

Ao terminar o livro, pensei três coisas:
1 - Como essa mulher viveu intensamente e tem histórias ótimas para contar!
2 - Se eu chegar na idade dela com pelo menos metade das memórias surreais que ela tem, vou ter o que ficar lembrando pelo resto da vida. Porque, né, a vida sempre igual é chata e sem graça. Ter memórias de bons momentos é o maior tesouro que alguém pode carregar consigo.
3 - Como essa mulher sabe transformar um fato mais ou menos em uma história superinteressante.

A Soma dos Dias foi uma leitura super válida, mas não sei se a experiência teria sido tão positiva se eu não tivesse lido Paula previamente, fato que me fez sentir mais próxima à Isabel e mais interessada nos fatos que ela escolheu para narrar nesta obra.

Sobre a Autora

"O meticuloso exercício da escrita pode ser a nossa salvação". Essa frase de Isabel Allende, em seu livro "Paula", talvez dê uma pista sobre o significado da literatura para a escritora.

Isabel atribui seu êxito como escritora ao célebre poeta chileno Pablo Neruda, que no inverno de 1973 aconselhou-a a abandonar seu trabalho como repórter para se dedicar a escrever livros de ficção. Ela não levou muito a sério a sugestão, e demorou quase dez anos para transformar a idéia em realidade.

Seu primeiro romance, "A Casa dos Espíritos" (de 1982, adaptado ao cinema em 1993), foi bem recebido pela crítica. As crônicas familiares misturadas à política também deram o tema ao seu romance seguinte, "De amor e de sombra" (1984). Seguiram-se "Eva Luna" (1985), "Histórias de Eva Luna" (contos, 1989), "Paula" (sobre a doença e morte de sua filha, 1991), "Plano infinito" (1993), "Afrodite" (histórias e receitas afrodisíacas, 1994) e "Filhas da fortuna" (1999).

Confira o site oficial de Isabel Allende.

quarta-feira, 7 de agosto de 2013

Maternidade e o Encontro com a própria Sombra - Laura Gutman - Ed. Best Seller



Acho que, se me pedissem para resumir esse livro em uma palavra, eu escolheria "Revelador". A obra, para mim, é indispensável a toda mãe, pois mostra o vínculo entre mãe e filhos em níveis que a gente nem imagina, explicando o que vem à tona na mente e no corpo da mulher quando ela dá à luz.

Todas as histórias contadas (histórias verdadeiras sobre famílias atendidas pela autora) ilustram muito bem a experiência da maternidade e, apesar de ser duro em alguns pontos, por conta da objetividade e verdade expressas, é extremamente enriquecedor.

Ao terminar a leitura, a gente fica muito mais consciente do quão profunda e ligada está a vida da mãe e do filho, desde o momento da gestação, passando pelo parto até os primeiros anos da vida do bebê. E são esses primeiros anos que a base emocional para o resto da vida de um filho é fundamentada, por isso a importância de maternar com dedicação, amor e dando ouvidos à intuição de mãe, ao seu instinto.

Dica

A coisa é tão profunda que eu me arrisco a dar uma dica sincera e de coração aberto: se você têm dúvidas sobre querer ou não ter um filho, então não tenha. Só engravide quando você tiver vontade plena de ser mãe, porque ser mãe implica muito mais coisas do que a gente pode sequer imaginar antes de ter um filho. Por mais que te contem, que você leia, não chega nem perto. Acredite. É profundo demais, é intenso demais. E é para sempre.


Muitas mães ficam perdidas no período de fusão com seus filhos recém-nascidos e o livro ajuda demais as mulheres a passarem por essa fase, entender todo o processo e se entregar a ele. Lendo a obra a gente percebe que ser mãe vai muito além de colocar um ser humano no mundo e somos convidadas a mergulhar de cabeça nessa que é, sem dúvida, a maior aventura da vida de uma mulher.

Sobre a Autora

Laura Gutman é argentina, tem graduação em Paris, em Psicopedagogia Clínica e mais tarde  especializou-se em temas de família. De orientação junguiana, formou-se com a renomada psicanalista Francoise Dolto.

De volta à Argentina, em 1990, fundou "Crianza en Buenos Aires", uma instituição onde funciona uma escola de Capacitação para profissionais da saúde e educação, grupos de crianças para mães, doulas a domicílio para mulheres puérperas, terapias individuais e de casal e publicações sobre temas da maternidade e infância.

É autora de vários livros que exploram o universo da maternidade, os vínculos familiares e as dinâmicas violentas as quais os seres humanos sofrem. Alguns desses títulos são: "A Maternidade e o encontro com a própria sombra", “Crianza, violencias invisibles y adicciones” y “La revolución de las madres”. Colabora en revistas españolas y actualmente es editora de la revista “El mundo de tu bebé”.

De 1996 até o presente, formou mais de 300 educadores, médicos e profissionais em geral, para construir uma nova visão acerca do problema da violência social e oferecer ferramentas concretas para assumir, com maior consciência, o trabalho que compete a cada um de nós.  Através de múltiplos seminários, conferências, cursos e oficinas, na Argentina, Uruguai, Chile, Espanha e México difundiu sua tarefa a favor de vínculos mais felizes entre adultos e crianças.

Fonte: http://lauragutmannobrasil.blogspot.com.br/p/quem-e-laura-gutman.html

terça-feira, 6 de agosto de 2013

Amante da Fantasia - Sherrilyn Kenyon - Ed. Novo Século



Ganhei esse livro de Natal de uma amiga e adorei! Foi minha primeira leitura que mistura erotismo com sobrenatural. A mistura combina muito e dá um ar de fantasia muito legal às cenas mais hots. Depois desse, peguei gosto e já estou seguindo outras séries do mesmo gênero. Não sou boba nem nada.

Amante da Fantasia é o primeiro livro da série Dark Hunters. No Brasil, por enquanto, só foram publicados os dois primeiros livros: esse e Prazeres da Noite (que eu também já li e postarei a resenha em breve. Só um teaser: é o máximo!!!).

Julian, o protagonista, é apaixonante e o livro tem pitadas de humor que são muito boas! Eu estava lendo e, do nada, começava a rir com algumas passagens. Gosto de livro assim, que contagia. :)

Sobre Julian, posso falar que ele é lindo (óbvio), educado, forte, rico (óbvio 2), cavalheiro e que não tem absolutamente NADA a ver com a foto da capa (humpf!). É um descaso publicar um livro sem sequer dar uma lidinha na descrição do personagem principal para escolher uma foto, pelo menos, que represente remotamente o protagonista.

A história me prendeu desde o começo, mas fui ficando cada vez mais envolvida e, quando estava no final, quase virei noite lendo, porque não conseguia parar. O desfecho é previsível e é exatamente como a gente acha que vai ser, mas tá valendo. A cena mais esperada do livro deixou um pouco a desejar, também. A gente passa o livro inteiro esperando um momento que, na hora que chega, é pouco explorado. Faltam detalhes, passou rápido demais.

Para mim, o mais incrível é a imaginação da autora, que escreveu uma trama completamente inédita. Veja bem: Julian é um guerreiro espartano que sofreu uma maldição e está preso em um livro há dois mil anos. Sim, DOIS MIL ANOS, meldels! Ele é um escravo sexual, ou seja, sempre que evocado, sai do livro e fica preso no quarto da sua ama, satisfazendo-a. Mas, detalhe, ele nunca pode SE satisfazer, se é que vocês me entendem. Que tortura com o coitado!!!

Apesar de ser tudo de bom, as mulheres encaravam Julian como um escravo mesmo, aproveitando ao máximo o tempo limitado que teriam juntos. Até que Grace Alexander, que não acredita nessas coisas e evoca Julian de brincadeira após sua amiga mística insistir horrores, acaba sendo a primeira mulher que o trata com respeito e procura ajudá-lo a se livrar dos problemas do passado.

Apesar de ter sido amaldiçoado e condenado à solidão eterna, Julian e Grace se envolvem emocionalmente, apesar da relutância de ambos e da aparente chatice de Grace, que me passou a impressão de ser fresca e mimada no começo. Depois até que ela conquistou meu respeito, mas demorou muito pra se jogar, credo! Daí pra frente, só lendo para saber o que acontece. Recomendo!!

Sobre a Autora


A escritora norte-americana Sherrilyn Kenyon é uma das fundadoras do genero do romance paranormal e conhecida pela sua aclamada série Predador da Noite, sobre guerreiros imortais. Publicada em mais de trinta países, e com milhões de cópias vendidas, os seus livros têm presença garantida nos topos de vendas do New York Times, Publishers Weekly e USA Today. Uma autora que escreve também romances históricos com elementos paranormais sob o pseudónimo Kinley MacGregor.

Fonte: Saída de Emergência

quinta-feira, 1 de agosto de 2013

Grau 26 :: A origem - Anthony E. Zuiker - Ed. Record


Perturbador é a palavra que melhor define este livro. Steve Dark, o detetive que chegou mais perto de capturar o pior assassino da história, teve toda a sua família adotiva assassinada por esse criminoso ardiloso e praticamente impossível de ser capturado.

Dizem que não existe crime perfeito, mas Sqweegel parece ter inventado. Ele não deixa pista alguma e parece brincar com aqueles que tentam encontrá-lo. O nome do livro veio dos graus de perversidade utilizados pela policia para categorizar os níveis de psicopatia, que vão desde oportunistas simples do primeiro grau até os mais cruéis do vigésimo quinto.  Os piores assassinos da história não passaram do grau 23. Até que surge alguém que é tao perverso, tão macabro que é preciso criar um novo grau para categorizá-lo: o grau 26.

Sqweegel mata de várias maneiras diferentes: estupra, envenena, queima, estrangula e tortura pessoas. Ao  longo de 20 anos, sem nunca deixar uma pista sequer, várias vítimas foram encontradas e nunca ninguém conseguiu chegar tão perto de prendê-lo como Steve Dark. Infelizmente, ele escapou por pouco. Agora, Dark é casado e sua esposa está grávida. Neste momento, Sqweegel começa a matar e deixar rastros propositalmente. Qual seria sua intenção? Como essa história termina? Só lendo para saber.

A história é muito bem escrita e prende o leitor do início ao fim. O autor é o mesmo que criou a série CSI e esse livro faz parte de uma trilogia. Além disso, é o primeiro livro que mistura conteúdo físico e virtual. Eu explico: de tempos em tempos, uma senha é apresentada no livro para que o leitor acesse o site e, digitando o código, tenha acesso a vídeos que mostram algumas das cenas descritas na obra. É só um complemento, os vídeos não dão nenhuma informação a mais, mas mesmo assim eu gostei. No próximo, acho que os videos poderiam ter um papel mais importante, complementando os fatos, quem sabe. Recomendo!

Sobre o Autor

Anthony E. Zuiker (Blue Island, Illinois, 17 de agosto de 1968), é o criador e produtor executivo do seriado de grande sucesso CSI: Crime Scene Investigation, exibido pelo canal americano CBS. Zuiker produz três das versões do programa: CSI: Crime Scene Investigation (Las Vegas), CSI: Miami e CSI: New York. Também é autor da trilogia Grau 26.

Fonte: Wikipedia