quarta-feira, 31 de março de 2010

Prometido e cumprido! Quem tá curioso?


Olá, queridos e queridas!!! É com muita felicidade que comunico: Samir Thomaz, autor de Meu Caro H e Te Espero o Tempo que for, foi um lord mais uma vez e respondeu as 16 (sim, sou exagerada!) perguntas que mandei para ele. Tínhamos combinado uma entrevista, seguida de uma promoção. Se você não está entendendo nada, clique aqui.

Como sempre, foi transparente e dividiu conosco suas aventuras e experiências pela vida afora.


Como ficou enoooorme, vou dividir a entrevista em três partes e, depois da última parte, lançarei uma promoção que presenteará um sortudo com um exemplar de cada livro: Meu Caro H e Te Espero o Tempo que for. Aproveitem!!!!!

Amanhã, publicarei a primeira parte da entrevista, ok? Quem está curioso? :)

terça-feira, 30 de março de 2010

Realidade utópica!

Adorei esse selinho, é lindo!!! Recebi da querida Bia, do Livros de Bia.

As regras: 1 - Citar 5 coisas que considero como realidade utópica, de tão lindas:
- Amor
- Gravidez
- Cachorros
- Cavalo Marinho
- Nascer e pôr do sol
2 - Oferecer a outros blogs:

sábado, 13 de março de 2010

Te Espero o Tempo que For - Samir Thomaz - Brasiliense

Tenho duas situações para compartilhar com vocês.

A primeira situação:

Você leva sua vida tranquilamente, em uma cidade pequena, onde todos se conhecem. Tem a sua reputação, a casinha que sempre sonhou, uma esposa dedicada, seus dois filhos e sua rotina de chefe de família. Você não faz mal para ninguém, é trabalhador e sonha com um futuro de felicidade e prosperidade para seu rebanho, que é seu tesouro mais precioso e que você defende com unhas e dentes sempre que preciso, como um leão defende a sua cria e o seu território.

Eis que, de um dia para o outro, descobre que sua filha, uma adolescente de 16 anos, seu maior xodó, está se envolvendo com um homem de 42, pela internet, ou seja, sem nunca tê-lo visto na vida, que é soropositivo e que tem uma filha da idade da sua.

O que você faria?

A segunda situação:

Você é um paulistano de 42 anos, que já sofreu pegadinhas bem desagradáveis do destino. Contraiu o vírus da Aids quando ninguém sabia muito bem o que era a doença. Passou a conviver com a culpa de ter contraído essa desagradável companheira para o resto da vida pura e simplesmente por um erro seu. Erro esse que custará caro para sempre e que, infelizmente, não pode ser desfeito.

Ficou doente, sofreu preconceito, levantou a cabeça e seguiu em frente. É editor e escritor ao mesmo tempo. Trabalha muito fazendo o que gosta, mas não ganha o que merece em troca do que sabe fazer de melhor. Viveu um casamento de 20 anos feliz e repleto de cumplicidade, mas que acabou se desgastando. Teve, então, que se acostumar a viver sozinho novamente.

Tem uma filha de 16 anos que está cada vez mais independente e, de um dia para o outro, acaba engatando uma conversa na internet com uma garota que parece estar muito interessada em você, ser extremamente madura para a sua idade e representar toda a vitalidade e aventura que sua vida não tem há tempos. A intensidade das coisas aumentam a passos rápidos e, de uma hora para outra, você se vê completamente envolvido e com um frio na barriga que faz toda essa aparente loucura valer a pena.

Mas, descobre que ela tem 16 anos, é filha de pais conservadores ao extremo e que, por querer ser médica e estudar muito sobre saúde, aceita tranquilamente o fato de você ser soropositivo. Tudo parece conspirar a favor desse relacionamento e o sentimento só cresce.

O que você faria?

Toda história que envolve mais de uma pessoa tem dois lados. E nenhum lado está completamente certo, nem o outro lado completamente errado. Eu pensei muito, muito, muito depois de terminar o livro, tentando achar um lado para eu me posicionar na resenha. Mas, não consegui. Entendo o lado do Samuel, o apaixonado, mas também entendo completamente o lado do pai de Lívia.

O livro é muito bem escrito, fazendo com que o leitor aguce cada vez mais a sua curiosidade para saber os próximos acontecimentos. Na verdade, o ponto mais positivo da obra é o envolvimento que o livro consegue despertar.

Eu, particularmente, fiquei envolvida com os personagens, com os acontecimentos e lembrei muito de mim ao ler sobre
Lívia. Eu era muito parecida, sem preconceitos, sem ter medo do que os outros pensam, querendo mudar o mundo com as minhas ações, extremamente inocente e otimista. Mas, eu era mais questionadora, mais guerreira e menos resignada.

Com certeza, se isso tivesse acontecido comigo, eu ia virar a paz da minha família de pernas para o ar. E, certamente, a reação dos meus entes queridos seria muito parecida com a reação da família de
Lívia: desespero, preocupação e instinto de proteção aflorado. Sofri por ver o peso que essa adolescente carregou e vibrava com cada conquista dos pombinhos. É uma situação difícil, é uma história real, é um fato que marca a vida dos envolvidos e que foi, sabiamente, transformado em um livro ótimo!

Sobre o Autor

Samir Thomaz é editor assistente da Editora Ática. É autor de dois livros de literatura juvenil: Eu pensava... e Carpe Diem - O Crime Bate à Porta. Meu Caro H - A Convivência de um Escritor com o Vírus da Aids foi lançado no dia 29 de novembro de 2000.

Onde Comprar:
Na Livraria Resposta e na Livraria Solução por R$ 35,00.


O combinado!

E, em breve, vocês poderão conferir aqui uma entrevista EXCLUSIVA com o autor dos dois livros autobiográficos sobre os quais já postei: Meu Caro H e Te espero o tempo que for. Combinamos isso logo que recebi o contato do autor (não sabe da história? Leia tudo aqui!). Olha que chique, hoje somos até amigos de orkut (site que, aliás, tem participação ativa no livro).

E, junto com a entrevista, vem aí ua promoção ótima! Quer ganhar um exemplar de Te espero o tempo que for? Então, fiquei ligado no Leitura! :)

terça-feira, 2 de março de 2010

Vidas Secas - Graciliano Ramos - Record

Um clássico da nossa literatura, que orgulha todos os brasileiros que o leem. Vidas Secas retrata, como o nome diz, a vida de uma família que luta para seguir em frente, em meio à pobreza, à fome e à seca que assola o nordeste do nosso País.

E é fácil se apegar a esses personagens, em especial à cadela Baleia, que tem no seu nome o antagonismo para um corpo magro, com todas as costelas aparecendo e alimentos escassos para sua sobrevivência. A família de nordestinos é composta por Fabiano, Sinhá Vitória, seus dois filhos e a cadela. É comovente, é triste, mas é real, acima de tudo.

Era real na época em que foi escrito (em 1938!!!), e é real, completamente real, ainda hoje.
A cachorrinha me tocou de uma forma especial, mas tudo isso só aconteceu pela maneira objetiva e eficiente com que a obra foi escrita. Em busca de uma vida melhor, o livro conta a saga dessa família, que segue em busca da felicidade, que está nas pequenas coisas, muitas vezes em um pedaço de pão ou em um pingo de chuva. Nota-se, no livro, a
ausência de comunicação entre os familiares.

Eles não conversam, porque não têm o que dizer, já que não sonham, já que não têm perspectiva e nem educação. Outro ponto forte são as injustiças, o sofrimento e as desgraças, uma após a outra, que assolam a família sertaneja. Dá uma pena ler o livro... e esse sentimento vai só crescendo no decorrer da leitura. Melancolia e pena são palavras de ordem.


O filme

O filme baseado em Vidas Secas foi lançado em 1963 por Nelson Pereira dos Santos. Não assisti ao film
e, mas ouvi falar muito bem dele. Foi o único filme brasileiro a ser indicado pelo British Film Institute como uma das 360 obras fundamentais em uma cinemateca.
Confira um trecho:

Onde Comprar: Na Saraiva e no Submarino por R$ 20,60.