quarta-feira, 31 de julho de 2013

Estupidez Crônica - Rafael Palermo - Ed. LCTE


Livro de estréia de Rafael Palermo, Estupidez Crônica foi lançado em 2006, ano em que trabaçhávamos juntos na mesma empresa. Comprei o livro no dia seguinte ao lançamento e logo comecei a ler. A leitura é bem fácil e conta situações do dia-a-dia em formato de contos. Muitos são recheados de sarcasmo e humor, outros vão mais para o lado da ironia. Me identifiquei com alguns contos, com outros não. Não é uma leitura que faça refletir ou nada do gênero, mas vale lembrar que esse foi o primeiro livro escrito por Palermo.

Depois, ele escreveu O Segredo de Hamás, que também li e achei infinitamente melhor. Confira a resenha aqui.


Sobre o Autor

Conheci Palermo há alguns anos, quando trabalhamos juntos em uma produtora digital. Na época, ele lançava seu primeiro livro, Estupidez Crônica. Li os dois e é notável a evolução do escritor. Gostei infinitamente mais de O Segredo de Hamas.

Palermo é redator publicitário e, além de esccritor, é músico nas horas vagas. Mora em São Paulo e, aos 32 anos, já tem dois livros publicados. E aposto que o terceiro já está sendo planejado...

segunda-feira, 29 de julho de 2013

Os Homens que não Amavam as Mulheres - Stieg Larsson - Ed. Companhia das Letras


Pensem em um livro grosso. Agora, pensem em um livro grosso que, até a metade, conta uma história truncada, devagar, sem prender a atenção e arrastada. E, agora, pensem em um livro que fica tão bom da metade para o final que todo o sacrifício de ler o começo valeu a pena. Esse é Os Homens que Não Amavam as Mulheres.

No fim da história, achei o livro tão bom, mas tão bom, que comprei os outros dois livros da trilogia no dia seguinte. Tudo bem que ainda não os li, mas prometo terminar a trilogia ainda em 2013.

Trata-se de um romance policial que mistura suspense, assassinato e investigação. Os personagens principais são o jornalista Mikael Blomkvist e a hacker problemática Lisbeth Salander.

A história é muito boa e vai tomando corpo no decorrer do livro, mas a leitura é confusa em várias partes, principalmente quando se fala da família Vanger, que é cheia de gente e faz com que o leitor de perca enquanto tenta entender de qual dos integrantes os personagens estão falando.

O mistério envolvendo os Vanger vai sendo desvendado aos poucos e, na última parte do livro, eu já estava totalmente viciada na leitura. O final é surpreendente e muito original, saindo total do lugar-comum.

O livro tem personagem pra caramba, mas me identifiquei muito com Lisbeth. A personagem não tem absolutamente nada a ver comigo, mas é tão bem construída que certamente deu ainda mais graça à obra. Acho que o livro perderia uns 50% do seu encanto se ela não existisse. A parte em que ela se vinga de um homem nojento que pisa na bola com ela é sensacional. Eu quase saí gritando e dando pulos de alegria pela casa. Uma das melhores passagens do livro, sem dúvida.


Não vou contar muito da história porque é legal ler e ser pego de surpresa, mas posso adiantar que tudo começa a ficar interessante quando Henrik Vanger contrata o jornalista para tentar descobrir quem matou sua neta Harriet, há décadas. Resumindo, é leitura obrigatória pra quem gosta de thrillers.

Sobre o Autor


Karl Stig-Erland Larsson (Skelleftehamn, 15 de agosto de 1954 — Estocolmo, 9 de novembro de 2004), mais conhecido como Stieg Larsson, foi um jornalista e escritor sueco. Destacou-se no cenário internacional pela trilogia Millennium, de sua autoria e lançada postumamente. A Trilogia foi um sucesso de crítica e de público em todos os países em que foi lançada. Em seu país de origem, Suécia, uma em cada quatro pessoas leu pelo menos um exemplar da série.

Larsson viveu boa parte de sua vida na cidade de Estocolmo, tendo trabalhado no campo do jornalismo e sido pesquisador independente do extremismo político em seu país.

Fonte: Wikipedia

quinta-feira, 25 de julho de 2013

Dom Casmurro - Machado de Assis - Ed. Globo



Ambígua. Essa é a palavra que, para mim, melhor define essa história, bem como a personagem principal, Capitu. Machado de Assis é gênio, minha gente! Ele deixa o leitor, do início ao fim, com a pulga atrás da orelha e sem que consigamos chegar a qualquer conclusão: Capitu traiu ou não traiu Bentinho? Ela era cínica e dissimulada e sonsa e safada mesmo? Eis a questão. E está aí um dos maiores enigmas da literatura nacional.

Eu, como defensora das mulheres e como alguém que achou Bentinho um mala que merece ser corno bem machista, acredito que é tudo viagem dele. Mentira, não consegui formar uma opinião, não. Não dá! Não tem nenhuma pistinha no livro que penda para um lado ou para o outro.


A história é narrada por Bentinho, então só temos acesso a um lado da história, obviamente. E a vontade de ler um livro com a versão da Capitu tornou-se ENORME quando terminei o livro. Bem que Machado de Assis podia ter feito esse favor a nós, pobres mortais dotados de curiosidade aguçada.

É fato que Bentinho tem um pouco de mania de perseguição, além de ser ciumento e inseguro. Sendo assim, ele podia total estar viajando, bem como podia estar correto em suas suposições. E é exatamente essa dualidade que faz o livro ser tão especial.

O amor de Bentinho e Capitu começa na adolescência. Amigos de infância, ambos se apaixonam e Bentinho acaba não levando adiante a promessa de sua mãe, feita quando ele ainda era uma criança: a de que Bentinho seria padre.

Agora que tenho um filho (quando li não pensava nem em casar, quanto mais em ter filhos, devia ter uns 15 anos), acho que vou até reler o livro, pois acredito que vá encarar de outra maneira a parte em que ele fala das semelhanças entre seu filho e seu amigo morto.

Para mim, a obra trata mais de ciúmes do que de traição. Afinal, nada é consumado e, mesmo lendo e relendo, ora imaginando que a traição aconteceu, ora imaginando que não, absolutamente nenhum vestígio comprova nada. Recomendadíssimo! Um dos clássicos brasileiros de maior qualidade, na minha opinião.

Sobre o Autor

Joaquim Maria Machado de Assis foi um escritor brasileiro, e é amplamente considerado como o maior nome da literatura nacional. Escreveu em praticamente todos os gêneros literários. Foi poeta, romancista, cronista, dramaturgo, contista, folhetinista, jornalista e crítico literário. Testemunhou a mudança política no país quando a República substituiu o Império e foi um grande comentador e relator dos eventos político-sociais de sua época.

Sua extensa obra constitui-se de dez romances, dez peças teatrais, mais de duzentos contos, cinco coletâneas de poemas e sonetos, e mais de seiscentas crônicas. Machado de Assis é considerado o introdutor do Realismo no Brasil, com a publicação de Memórias Póstumas de Brás Cubas (1881). Este romance é geralmente reconhecido como uma de suas obras-primas, ao lado das produções posteriores Quincas Borba, Dom Casmurro, Esaú e Jacó e Memorial de Aires. As quatro obras costumam ser vinculadas ao que se chama de sua segunda fase, em que se notam mais traços de pessimismo e ironia, embora se preservem resíduos de sua primeira fase, a romântica. As obras geralmente mais elogiadas da segunda fase são as da Trilogia Realista. Sua primeira fase literária é constituída de obras como Ressurreição, A Mão e a Luva, Helena e Iaiá Garcia, onde se notam características herdadas do Romantismo, ou "convencionalismo", como preferem alguns críticos contemporâneos.

Fonte: Wikipedia

quarta-feira, 24 de julho de 2013

Para Viver um Grande Amor - Vinícius de Moraes - Ed. do Autor



Publicado em 1962, o livro é simplesmente apaixonante (a começar pelo título). Misturando prosa e poesia, Vinícios conta o amor como poucos sabem fazer. Tem diversão, romance, humor e o que mais você achar que é preciso para viver um grande amor. Li resenhas de pessoas que consideram este um livro de cabeceira. Não me tocou tanto assim, mas considero um livro recomendado para pessoas sensíveis e apaixonadas (ou só sensíveis).

Apesar de ter décadas, a obra continua superatual. Afinal, quando o amor sai de moda, minha gente?

Eu me peguei olhando sem enxergar, sorrindo sem perceber, mergulhando nas páginas sem notar o mundo a minha volta. Como o próprio Vinícius afirma, o livro é despretencioso. Pode até ser, mas cumpre tão bem seu papel que a leitura leve nos conquista do início ao fim. É que de viver amores ele entende, né gente? O cara teve 9 casamentos, jesus! amou intensamente. Recomendo!

Sobre o autor

Vinícius de Moraes foi um diplomata, dramaturgo, jornalista, poeta e compositor brasileiro.

Poeta essencialmente lírico, também conhecido como "poetinha", apelido que lhe teria atribuído Tom Jobim, notabilizou-se pelos seus sonetos. Conhecido como um boêmio inveterado, fumante e apreciador do uísque, era também conhecido por ser um grande conquistador. O poetinha casou-se por nove vezes ao longo de sua vida e suas esposas foram, respectivamente: Beatriz Azevedo de Melo (mais conhecida como Tati de Moraes), Regina Pederneiras, Lila Bôscoli, Maria Lúcia Proença, Nelita de Abreu, Cristina Gurjão, Gesse Gessy, Marta Rodrigues Santamaria (a Martita) e Gilda de Queirós Mattoso.

Sua obra é vasta, passando pela literatura, teatro, cinema e música. No campo musical, o poetinha teve como principais parceiros Tom Jobim, Toquinho, Baden Powell, João Gilberto, Chico Buarque e Carlos Lyra.


Fonte: Wikipedia

segunda-feira, 15 de julho de 2013

Limites sem Traumas - Tânia Zagury - Ed. Record



Li esse livro quando meu filho ia completar 1 ano de idade (hoje ele tem 1 ano e 10 meses) e foi maravilhoso! Quando ele começou a andar e a ficar mais independente, veio junto as vontades e frustrações. Para que a gente não entre na onda e não percamos o controle, é importante ter muito claro o que acontece em casa fase do bebê e, além disso, ter muito claro a linha de educação que você quer seguir.

Eu pretendo disciplinar com conversa, cantinho e tempo para pensar e, mais para frente, com causas e consequências. Não pretendo dar tapas ou surras, pois acredito que esse tipo de atitude é, querendo ou não, um tipo de violência (por mais que a intenção seja educar e não fazer o mal) e acaba ensinando que a criança é subjulgada, que o mais forte vence e que precisa obedecer não por ser o certo e sim para não sentir dor física. Para mim, essa educação é por medo e acaba não educando plenamente, acaba não ensinando o motivo real de a atitude ter decepcionado os pais.

Eu fui criada com tapinhas e surras leves (nunca fui espancada nem fiquei com marcas) e confesso que o instinto é perpetuar o que a gente conhece por educação. Mas pretendo quebrar esse ciclo e, para isso, nada melhor do que ler, me informar e estudar. 


Foi aí que conheci o livro de Tânia Zagury, que segue esta mesma linha de pensamento que pretendo seguir. Em seu livro, ela explica porque é contra os tapas e exemplifica muitas situações comuns, mostrando como agir em cada uma delas. É óbvio que o dia a dia não se parece em nada com teorias, mas achei muito válido ter esses exemplos no livro, pois ilustra de forma prática os ensinamentos teóricos. Cabe aos pais irem adaptando os desafios e reagindo de acordo com o que acreditam.

O livro foi muito útil para mim, pois como meu filho estava passando por seus primeiros choros de raiva, tentando impor suas vontades pela primeira vez. E eu ficava sem saber como agir. A única coisa que sabia é que não podia ceder e nem ser incoerente com o que eu ou o pai tínhamos falado inicialmente. Se é não, é não. Não posso transformá-lo em sim depois de um acesso de choro do bebê. Mas, como agir nessas horas?

Foi aí que as dicas do livro me ajudaram bastante. E o mais legal é que ela separa dicas de acordo coma faixa etária, o que faz todo o sentido (inclusive vou reler uns capítulos, agora que meu filho já tem quase 2 anos).

E posso dizer que depois de 10 meses aplicando os ensinamentos, muitas vezes olho com uma cara de reprovação para meu filho e ele já para, pensa e não completa a ação não permitida. São pequenas vitórias que dão força e renovam nossa paciência para seguir em frente. Sim, porque educar exige, mais do que tudo, paciência e perseverança.

Recomendo! E digo mais: recomendo tanto para pais quanto para tias, padrinhos, avós e demais pessoas próximas a crianças.

Sobre a autora


Tania Zagury é carioca, casada e mãe de dois filhos. A inclinação para o magistério manifestou-se muito cedo. Aos 11 anos, elaborou cartilha com a qual alfabetizou a irmã caçula, então com 5 anos. O desejo de ver progredir a Educação no Brasil fez com que, desde seu ingresso na Universidade, dedicasse metade de seu tempo à pesquisa. Seus textos vêm sendo reproduzidos em dezenas de sites, utilizados como fonte de consulta em trabalhos de conclusão de cursos de formação de professores (TCC), em provas de concursos vestibulares e outros, além de por vezes servirem de base a juízes, magistrados e legisladores em geral, quando o julgamento envolve questões educacionais.


sexta-feira, 12 de julho de 2013

Anderson Spider Silva - Anderson Silva - Ed. Sextante



Nesses tempos de baixa na imagem de Anderson Silva, nada melhor do que publicar uma resenha de sua biografia. :)

Como sabem, adoro biografias! Meu marido chegou em casa, um belo dia, com duas biografias: essa e a do Marcos, ex goleiro do Palmeiras.

Uma semana depois, elas estavam na estante, intocadas. Primeiro li essa e na sequência a do Marcos (resenha em breve). Coloquei de volta na estante. Hoje elas estão lá, no mesmo lugar onde deixei. Hahahaha

Eu já sabia que Spider tinha passado por poucas e boas na vida, mas os acontecimentos realmente foram mais numerosos e mais difíceis do que eu imaginava. Vida difícil, tudo para ele crescer revoltado e sem perspectiva, uma queda após a outra. Mas, como tem gente que nasce com estrela, ele seguiu em frente, firme e forte, até a sorte virar para o seu lado.

Nem considero sorte, porque ele fez por merecer e lutou muito para ser quem é. Inclusive acredito que foram os ensinamentos éticos das artes marciais que formaram o bom caráter de Anderson, que não vacilou nem nos piores dias.


Cheguei a me emocionar em certos momentos do livro e sentir muita compaixão por Anderson. Eu já o admirava cmo esportista, agora admiro também como pessoa.

A leitura é fácil e os acontecimentos são narrados com precisão e riqueza de detalhes, fazendo com que a gente consiga até imaginar as cenas dos episódios.

Para quem gosta de artes marciais, é um prato cheio. Para quem não gosta, mas curte uam biografia, também recomendo. Afinal, a gente tem vergonha de tanto brasileiro corrupto, não é? Temos que aproveitar quando temos um conterrâneo que só nos dá orgulho, dentro e fora do octógono. :)

Sobre o autor

Anderson da Silva (São Paulo, 14 de abril de 1975) é um lutador brasileiro de artes marciais mistas especialista em muay thai. Ele é o atual campeão mundial da categoria peso médio do UFC. Com 17 vitórias seguidas e 10 defesas de título consecutivas, Anderson é o dono da maior sequência de vitórias e de títulos de defesa na história do UFC. Ele é considerado o lutador médio número um do mundo e o melhor lutador do mundo por muitas publicações.

Fonte: Wikipedia.

quinta-feira, 11 de julho de 2013

Hannibal: A Origem do Mal - Thomas Harris - Ed. Record


 "O garotinho Hannibal morreu em 1945 lá na neve,
tentando salvar sua irmã. Seu coração morreu com Mischa. O que
ele é agora? Ainda não existe uma palavra para isto. Por falta de
uma palavra melhor, o chamaremos de monstro".


Imagiva que esse livro seria perturbador. E foi mesmo.

Não costumo fazer isso, mas dessa vez li o quarto livro de uma série sem ter lido os anteriores. Claro que não me senti perdida, talvez, por ter visto os filmes, mas a história me pareceu bem separada dos demais livros, visto que não lembro de nenhuma citação a livros anteriores e nenhuma continuação de situações vividas nas obras anteriores. Acho que isso aconteceu porque o autor resolveu contar o começo de tudo no final, ou seja, no último livro, então a história fica mesmo mais "separada" das demais.

Por ter visto os filmes, sabia que Hannibal Lecter é um assassino frio, calculista e completamente perturbado. Mas, se eu não soubesse disso, no fim do livro ia encarar Lecter como um justiceiro. A história aborda tudo o que Hannibal sofreu na infância e os traumas que ficaram de herança da guerra.

Sua irmã mais nova, Mischa, é brutalmente assassinada (para saber como, só lendo o livro) e, a partir daí, Hannibal parece perder toda a humanidade que lhe restava. Com uma inteligência singular, Hannibal cresce e vinga-se dos assassinos de sua irmã, um por um. Confesso que, nessas horas, me via vibrando a cada morte e torcendo para que eles sofressem bastante antes de morrer. Hahahahahha.

Lecter, de tão brilhante, torna-se o calouro mais novo a cursar Medicina. Esses aprendizados vão ajudar muito Lecter na sua luta pro justiça e dão um ar mais mórbido para seus crimes.

Durante o livro, achei que a humanidade de Lecter ainda resistia, já que seus sentimentos pela esposa de seu tio (Lady Murasaki) eram verdadeiros e fortes. Porém, no decorrer do livro, vamos percebendo que o destino para esse sentimento é um só.

Demorei para me habituar ao tipo de escrita do autor. Acho que ele é pouco claro em alguns momentos e enrola muito em outros. Mas no decorrer do livro acabei fisgada pelos acontecimentos e a leitura acabou valendo a pena. Em resumo, acho que Thomas Harris tem mais imaginação e criatividade do que talento para a escrita, talvez por isso as adaptações tenham ficado melhores que os livros.


Fiquei, inclusive, com vontade de rever todos os filmes. Vai ser uma boa pedida para as próximas sessões pipoca aqui em casa. :)


Sobre o autor

Thomas Harris é um escritor e roteirista norte-americano, mais conhecido pela série de romances de suspense sobre seu mais famoso personagem, Hannibal Lecter. Harris fez carreira no jornalismo. Foi repórter de polícia no Waco Tribune Herald durante boa parte da década de 60 e em 1968 passou a Associated Press, onde foi repórter, depois editor.

Todos os seus livros foram adaptados para o cinema, sendo a mais famosa adaptação o filme O Silêncio dos Inocentes, vencedor de 5 Oscar em 1991.

quinta-feira, 4 de julho de 2013

O Sono do meu Bebê - Renata Soifer Kraiser - Ed. CMS



O Sono do Meu Bebê é um livro escrito para mães que acordam várias vezes de madrugada e não aguentam mais querem ensinar seus filhos a dormir sem simplesmente deixar chorar, como algumas publicações aconselham (e que eu acho prejudicial para o bebê).

A ideia do livro surgiu de uma tese de mestrado que a autora desenvolveu a partir de um estudo realizado por ela para tentar solucionar o problema que vivia em sua própria casa, com sua filha.

No meu caso, comecei a ler o livro quando meu filho tinha 9 meses, desesperada por uma noite inteira de sono. O estranho, para mim, é que ele sempre dormiu muito bem, mas com 6 meses tudo desandou e ele passou a acordar de hora em hora, repentinamente. Desse dia em diante, ele nunca mais havia dormido uma noite inteira. Isso já fazia 3 meses e eu estava a ponto de surtar exausta, física e emocionalmente.

Quando comecei a ler o livro já me identifiquei logo de cara, porque a autora viveu exatamente a mesma história que eu com sua filha. E, no livro, ela explica o motivo pelo qual a idade de 5/6 meses é um marco para muitos bebês começarem a apresentar esse comportamento.

Depois, ela ensina a criar vínculo com o bebê durante o ritual do sono (isso eu já fazia, mas foi ótimo ler e ter certeza de que eu estava no caminho certo).

A próxima parte do livro mostra a técnica resultante do seu estudo, que funcionou com 100% das famílias participantes. Claro que se o bebê tem algum distúrbio do sono, o livro não serve para aquela família. Do contrário, se for só uma questão comportamental, o livro é leitura mais que obrigatória.

Porém, fica a dica importantísssima: o livro só deve ser seguido por mães de bebês com mais de 6 meses. Com recém-nascido, esquece. Se você seguir uma rotina, seu RN vai acordar para mamar sempre que sentir fome, e só. Essa fase é assim mesmo: acordadas de madrugada e estar lá para seu bebezinho SEMPRE que ele solicitar.


Para mim, o livro foi a salvação! Não sei o que teria sido da minha saúde mental se eu não o tivesse lido. Na primeira noite, o sono de Arthur já foi completamente diferente. Hoje ele está com 1 ano e 10 meses, dorme sozinho, a noite inteira e acorda rindo, feliz da vida. Sou uma mãe mais feliz. Ufa!

Sigo a técnica do livro até hoje e acho que nunca mais vou mudar isso. Criança precisa de rotina e isso é benéfico tanto para ela quanto para a família como um todo.

Vale ressaltar que eu indiquei o livro para VÁRIAS amigas / conhecidas que estavam passando por situações semelhantes e notei que os bebês que ainda eram amamentados no peito não reagiram bem ao método. Por esses relatos, concluí que o livro é recomendado mais para mães de bebês maiores de 6 meses que não são amamentados no peito.

Eu amamentei Arthur até os 8 meses e meio. Como li o livro quando ele tinha 9 meses, já não amamentava mais, talvez por isso o resultado tenha sido tão bom em tão pouco tempo.


Sobre a Autora

Renata possui um site muito bacana e tem um consultório em São Paulo, onde atende famílias com problemas de sono. O pediatra do meu filho encaminhou alguns casais para lá e todos tiveram ótimos resultados, segundo ele. Lá, você encontra mais sobre o livro, sua biografia e outras informações.



quarta-feira, 3 de julho de 2013

Do seu Lado - Fernanda Saads - Ed. Novo Conteito



Li a sinopse desse livro e muitas avaliações positivas no Skoob. Anotei para a minha lista de desejados. Um belo dia encontrei uma promoção em que ele estava sendo vendido online por R$ 17,00! Comprei na hora!

A leitura, no começo, parece bem previsível. A gente já sabe, pelo título, sobre o que é a história: menina se decepciona com o namorado e, depois de altos e baixos, percebe que seu grande amor estava o tempo todo do seu lado. Confesso que nas primeiras páginas, por já ter certeza que no final ia acabar tudo bem e a protagonista será feliz para sempre com seu melhor amigo, fiquei com preguiça de ler.

Mas a estreante (e brasileira!) Fernanda Saads (autora de apenas dois livros até agora) escreve de maneira tão leve e contagiante que, quando você percebe, já leu metade do livro e não quer nem pensar em parar. Comigo aconteceu exatamente isso.

Por ser um livro tupiniquim, é legal ler descrições relacionadas à nossa cultura popular, como festa junina e vida na fazenda. Fica muito mais próximo da nossa realidade do que ler um livro traduzido, escrito por autores estrangeiros.

O livro é assumidamente chick lit (ficção feminina, que aborda as questões das mulheres modernas. Chick-Lits são romances leves, divertidos e charmosos. Fonte: Wikipedia), conforme conta a autora na sua biografia no livro. Eu confesso que não sou de ler muitos livros desse gênero, mas de vez em quando vale a pena focar em leituras mais leves, divertidas e desprenteciosas. Sem preconceitos, porque tem espaço para todo mundo. Mesmo que não faça meu gênero de leitura, faço um balanço positivo do livro.


O livro é repleto de clichês, previsível e, em alguns momentos, até um pouco forçado, já que a protagonista insiste em ignorar o amor estampado na cara (e nas atitudes) de seu melhor amigo. No mundo real, ninguém demoraria tanto para perceber esses sinais. Mas, Fernanda escreve bem, sabe como terminar cada capítulo e cativa progressivamente o leitor. No fim das contas, adorei o livro! Mas, tenho uma crítica: acho que o final foi pouco explorado. Ela deveria, pelo menos, ter contado os detalhes do primeiro beijo dos dois ou explorado mais o primeiro dia do casal na Itália.

Sobre a autora

Confesso que, ao ler sua biografia e notar que ela é apenas um ano mais velha que eu, fiquei com a minha antiga vontade de escrever um livro à flor da pele novamente. Espero que possa tornar esse meu desejo / sonho realidade. E que não demore muito! Tudo bem, sei que para isso preciso pensar na história e começar a escrever. Anda, Carla, mexa-se!

Fernanda Saads nasceu em 24 de maio de 1981 em João Pessoa. É formada em Administração de Empresas pela Universidade Federal da Paraíba. Considera chick-lit o gênero literário mais alegre, e por isso, resolveu escrever Do Seu Lado, um romance que vai deixar os leitores com um sorriso no rosto. É autora de As Confissões de Laura Lucy e, além de escrever, trabalha na área financeira. Atualmente, mora em João Pessoa com o marido e a filha.

terça-feira, 2 de julho de 2013

Cinquenta Tons de Liberdade - E.L. James - Ed. Intrínseca


Comecei a ler o terceiro e último livro da trilogia com um cuidado enorme para não ir rápido demais. Afinal, eu estava com medo de sofrer a "depressão pós Gray". :)

Antes de ler essa resenha, que tal ler o texto sobre o primeiro livro e o segundo livro da trilogia?

Realmente, quando o livro acaba você fica torcendo para:
A - O filme ficar pronto ontem e ser bom
B - A autora resolver escrever a trilogia do ponto de vista do Gray para termos, no mínimo, mais três livros explorando a história

Bom, mas voltando ao livro, confesso que, dos três, esse foi o que eu gostei menos. O livro praticamente contém aventura e romance "água com açúcar". O erotismo fica quase completamente de lado e o ar de "mistério" e "conquista" entre o casal some para dar lugar a uma família feliz de conto de fadas, com uma rotina, filhos e tudo o que vemos todo dia nas nossas próprias vidas. Para mim, o lado "diferente-da-minha-vida-normal-de-uma-mulher-de-31-anos" dos dois primeiros livros me encantou muito mais.

Uma prova de que esse livro não me encantou tanto é que eu não sentia aquela vontade louca de ler "só mais uma página" quando o certo seria você fechar o livro e dormir, porque já está tarde. Desta vez, eu olhava no relógio e fechava o livro quando via que o sono estava chegando.

O legal é ver que, no segundo livro, o frio Gray muda muito sua maneira de ver a vida. E, no terceiro, a sem sal Ana é quem sofre a maior mudança. E, no meio do livro, PRECISO dizer que acontece uma coisa e que o Gray tem uma atitude e uma reação extremamente bizarra! Quase fechei o livro, porque me decepcionou tanto que não acreditei que Ana não tenha dado uns três tapas na fuça dele. Revoltou, mesmo! E o casal perdeu um pouco do seu encanto para mim, depois disso. Eu entendo que tem todo o trauma do Gray e tudo o que ele esperava curtir com Ana ao seu lado, mas a atitude que ele teve foi machista e ridícula, acho que a autora apelou.

O final? Não, ele não é surpreendente, ao contrário, é bem previsível. Mas dá um certo "conforto" para quem sempre torceu pelo casal.

Conforme fiz na resenha do segundo livro, deixo vocês com uma frase marcante do 50 Tons Mais Escuros:

"Gray: - Não vá embora, por favor. Tenha um pouco de fé em mim e um pouco de paciência. Por favor."


Sobre a autora

Erika Leonard James nasceu em 7 de março de 1963 e é mais conhcida pelo pseudônimo de E.L. James. É britânica e autora da trilogia 50 tons, que a lançou como escritora. O sucesso dos livros foi tanto que ela já vendeu os direitos para a filmagem do filme. Em 2012 foi considerada pela revista Time umas das 100 pessoas mais influentes do mundo.