segunda-feira, 29 de julho de 2013

Os Homens que não Amavam as Mulheres - Stieg Larsson - Ed. Companhia das Letras


Pensem em um livro grosso. Agora, pensem em um livro grosso que, até a metade, conta uma história truncada, devagar, sem prender a atenção e arrastada. E, agora, pensem em um livro que fica tão bom da metade para o final que todo o sacrifício de ler o começo valeu a pena. Esse é Os Homens que Não Amavam as Mulheres.

No fim da história, achei o livro tão bom, mas tão bom, que comprei os outros dois livros da trilogia no dia seguinte. Tudo bem que ainda não os li, mas prometo terminar a trilogia ainda em 2013.

Trata-se de um romance policial que mistura suspense, assassinato e investigação. Os personagens principais são o jornalista Mikael Blomkvist e a hacker problemática Lisbeth Salander.

A história é muito boa e vai tomando corpo no decorrer do livro, mas a leitura é confusa em várias partes, principalmente quando se fala da família Vanger, que é cheia de gente e faz com que o leitor de perca enquanto tenta entender de qual dos integrantes os personagens estão falando.

O mistério envolvendo os Vanger vai sendo desvendado aos poucos e, na última parte do livro, eu já estava totalmente viciada na leitura. O final é surpreendente e muito original, saindo total do lugar-comum.

O livro tem personagem pra caramba, mas me identifiquei muito com Lisbeth. A personagem não tem absolutamente nada a ver comigo, mas é tão bem construída que certamente deu ainda mais graça à obra. Acho que o livro perderia uns 50% do seu encanto se ela não existisse. A parte em que ela se vinga de um homem nojento que pisa na bola com ela é sensacional. Eu quase saí gritando e dando pulos de alegria pela casa. Uma das melhores passagens do livro, sem dúvida.


Não vou contar muito da história porque é legal ler e ser pego de surpresa, mas posso adiantar que tudo começa a ficar interessante quando Henrik Vanger contrata o jornalista para tentar descobrir quem matou sua neta Harriet, há décadas. Resumindo, é leitura obrigatória pra quem gosta de thrillers.

Sobre o Autor


Karl Stig-Erland Larsson (Skelleftehamn, 15 de agosto de 1954 — Estocolmo, 9 de novembro de 2004), mais conhecido como Stieg Larsson, foi um jornalista e escritor sueco. Destacou-se no cenário internacional pela trilogia Millennium, de sua autoria e lançada postumamente. A Trilogia foi um sucesso de crítica e de público em todos os países em que foi lançada. Em seu país de origem, Suécia, uma em cada quatro pessoas leu pelo menos um exemplar da série.

Larsson viveu boa parte de sua vida na cidade de Estocolmo, tendo trabalhado no campo do jornalismo e sido pesquisador independente do extremismo político em seu país.

Fonte: Wikipedia

15 comentários:

  1. Você gostou da Lisbeth? Fala sério!! Eu achei um personagem tão forçação de barra. Ninguém tem um comportamento como o dela, é uma personagem que só se encontra mesmo nos livros.

    Pessoa com problemas sociais fortes, gênia mas introspectiva ao ponto de ser considerada mentalmente incapaz e pior, nunca vi alguém ser tão inativo na ação mas super vingativo na reação. Ela é passiva demais quando é atacada, aí deixa pra contra-atacar de forma vingativa bem depois. Ninguém é tão passivo assim no mundo.

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  2. Este comentário foi removido pelo autor.

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  3. Oi, Eric! Obrigada por comentar. EU acho que afiamr que não existem pessoas assim é generalizar demais. O ser humano é muito complexo, principalmente os que passaram por momentos traumáticos na vida, portanto acredito, sim, que existam muitas Lisbeth por aí. Eu achei uma personagem muito bem construída e, para mim, fez total sentido ela não ter reação na hora e se vingar depois. Muitas vezes uma pessoa torna-se uma verdadeira estátua quando é pega de surpresa. Mas depois, com tempo para pensar, tudo muda de figura.

    beijos e volte sempre!

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  4. Pois é, estou chegando ao fim da leitura, faltam 100 páginas.

    Definitivamente nesse finalzinho a emoção se eleva.

    Mas a Lisbeth realmente não me convenceu muito. Talvez porque eu seja muito cético em relação à capacidade das pessoas em geral.

    Eu normalmente faço anotações mentais de coisas que os autores colocam em seu enredo e espero respostas ao longo do livro. Volto aqui quando acabar para discutir contigo possíveis "vácuos" em encaixe de enredo.

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  5. Quantos livros você lê por dia? rss

    Eu ainda nem acabei o meu e você já postou uns 5 livros novos desde a primeira vez que visitei a página.

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  6. Hahahahahaha. Não leio um livro por dia. Normalmente levo uns 4 dias pra ler cada livro, mas depende muito do tamanho e do quanto a obra prende a minha atenção.

    Mas, se te consola, demorei mais de 1 semana pra ler Os Homens que não amavam as mulheres.

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  7. Recebi um newsletter da saraiva oferecendo descontos de até 80%. Já viu?

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  8. Se quiser o link da news que recebi:

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  9. Ou esse: http://www.livrariasaraiva.com.br/pesquisaweb/busca/44604/?&FILTRON1=M&IDBANNER=25624&MODELON1=C&ORDEMN1=E&PAC_ID=126103&PALAVRASN1=44604&PAGINA=2&PAC_ID=126103

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  10. Terminei. Caramba....nem lembro mais a última vez que demorei tanto para ler um livro.

    Um bom livro, dá pra se divertir no final.

    Reparou que o caso da família Vanger e o caso Wenerstrom eram completamente independentes? O elo da História foi a Salander. Tirando isso, poderiam facilmente ter sido duas histórias distintas se o autor tivesse desenvolvido o caso Wenerstrom. No entanto, concordo que pra quem não gosta de economia e finanças, seria uma leitura insuportável.

    Cecília foi um personagem completamente descartável na História. Serviu pro autor ter linguiça pra escrever e aumentar o livro. rss

    Se não fosse o fato de eu já saber que nos próximos livros o tutor da Lisbeth tem um papel relevante, também acharia completamente desnecessário criar a figura desse cara e colocar a personagem da Lisbeth sob intervenção.

    Você passa o livro inteiro achando que o protagonista foi condenado por conta da História que ele publicou e achando que ele publicou idêntica ao que o contato dele no início do livro falou (no iate), mas depois descobre que ele publicou uma História completamente diferente.

    Enfim, essas são algumas críticas que encontrei, mas no geral, nem dou muita bola pra elas. Aprendi esse ano uma coisa que pretendo levar pra vida: Uma crítica, por mais construtiva que seja, se não for capaz de propor aprimoramentos ou alternativas ao que está sendo criticado, é uma crítica inútil.

    Em outras palavras, "tá ruim? Tem como fazer melhor ou tem outra proposta? Se não, então fica quietinho no seu canto aí".

    É meio por aí...Não farei uma História melhor, então...me resigno a aceitar a escolha do autor pela História escrita.

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  11. Oi, Eric!

    A-D-O-R-E-I seu comentário! Concordo plenamente com tudo, a não ser com o lance da Cecília. Eu achei que foi bom ela estar na história para confundir a gente ainda mais. Eu mesma, em determinados momentos, achava que ela podia ter alguma coisa a ver com o assassinato ou saber algo revelador sobre o sumiço de Harriet.

    O legal é que eu realmente não imaginei que Harriet teria o desfecho que teve. Você imaginou? Gosto de livros assim, que fazem a gente ler e falar: CARAMBA! Hahahahaha

    Mas, acho que ele podia ter sido mais objetivo e poupado umas 200 páginas, néam? Principalmente no começo.

    Qual sua próxima leitura?

    beijos!

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  12. Então,

    Estou lendo atualmente "And then there were none" da Agatha Christie. Não sei o nome do título em português.

    Depois, devo ler Jane Eyre. E depois partir pra algum não ficção.

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