segunda-feira, 29 de junho de 2009

Resistência - Agnès Humbert

Ao ler o texto da fofíssima Elaine Gaspareto, fiquei ainda mais louca de vontade de ler Resistência, que está lá, na estante do escritório de casa, prontinho pra ser devorado. :)





Resenha enviada pela querida Elaine Gaspareto, do blog
Um pouco de mim...


Quando adquiri o livro eu esperava que ele falasse da 2ª Guerra sob o ponto de vista de uma sobrevivente. Acontece que a autora faz mais que isso: ela nos mergulha em um período da história que ainda hoje tem páginas pouco conhecidas. O relato de Agnès é fresco, vívido, cheio de detalhes como só poderia conter um livro escrito por alguém que viveu na pele(literalmente) os horrores do Nazismo. O livro começa quando da invasão da França pela Alemanha de Hitler.

A partir deste momento, muda completamente a vida da historiadora de arte Agnès Humbert. Juntamente com seus colegas do Museu do Homem em Paris, Agnès fundou um dos primeiros grupos de resistência francesa, que foi o jornal Résistance. Em 1941, Agnès e os membros de seu grupo são traídos por um espião e entregues à Gestapo. Sete homens foram presos e fuzilados e as mulheres foram deportadas para a Alemanha como trabalhadoras escravas.

Na obra a autora fala dos livros que são proibidos de ser lidos e que os mesmos serão destruídos. Na página 20, há uma bela narrativa das humilhações sofridas pelos franceses em sua própria "casa". Soldados franceses sendo humilhados, aprisionados e tratados como animais.

O livro apresenta uma seqüência de fotos interessantíssimas, inclusive, uma foto tirada no dia 24 de junho de 1940, com Adolf Hitler e seu grupo desfilando próximo a torre Eiffel até o Museu do Homem, além de fotos da própria autora.

Resistência é um testemunho vigoroso e contundente da oposição à ocupação nazista na França e dos desdobramentos trágicos que culminaram em prisão, deportação e mesmo execução daqueles que militaram contra o governo de Vichy. Escritas, em boa parte no calor dos acontecimentos, as anotações de Agnès Humbert nos possibilitam acompanhar cada passo dos primórdios do movimento intelectual criado por ela e batizado em uma de suas cartas como Resistência.

Em "Resistência", esses eventos são descritos com um imediatismo pulsante, que percorre cada página do diário secreto de Agnès, publicado inicialmente na França em 1946 e depois esquecido. Até a sua captura, nos primeiros meses de 1941, Agnès registrou os fatos dia após dia, e suas anotações nos permitem acompanhar cada passo dos primórdios da Resistência. Feita prisioneira, ela não tinha mais como escrever em seu diário. Contudo, ao ser libertada em 1945, dedicou-se a repassar os fatos em sua memória para registrálos ainda no calor dos acontecimentos.

A riqueza da narrativa

Com humor, inteligência e ironia, Agnès constrói uma narrativa única, um ponto de vista original sobre esse período obscuro e dramático do século XX. A delicadeza de suas observações cativa o leitor. Apesar de fisicamente debilitada e espiritualmente exausta, ela ainda é capaz de se preocupar com a saúde da mãe e a situação dos filhos. Quando seu filho Pierre a visita na prisão de Fresnes, Agnès se ressente da degradação daquele momento e lamenta consigo mesma por não poder evitar que ele tome parte naquele teatro do absurdo.

Recusando-se, inclusive nos dias mais duros, a ceder e a abandonar sua compaixão, Agnès revela aos poucos, com habilidade e um toque de sarcasmo, a profundidade de seu ultraje e de suas convicções. Escrito com o vigor dos eventos recém-vividos, Resistência é o testemunho do espírito indomável de uma mulher, e um tributo eloqüente ao sacrifício e à coragem dos seus camaradas que não sobreviveram.

Como diz Marina Colasanti no prefácio de Resistência:"As mulheres sempre perdem a guerra. Não a querem mas a perdem. O livro de Agnès(...) consegue não ser um livro de perdas."

sexta-feira, 26 de junho de 2009

E aí vem outro selinho!

Olha que selinho mais fofo! Ganhei da fofa Srta. Camilla, do Livros com Coração... E lá vem as regrinhas: 1. Linkar quem indicou; 2. Postar o selo; 3. Avisar 5 amigas e passar o selo; 4. Responder algumas perguntinhas. E aí vem as perguntas respondidas: Mania: Roer unha (mas to perdendo, elas já estão grande! Segredo: fazer toda semana)
Pecado Capital: Gula!

Melhor cheiro do mundo: Alguns perfumes masculinos que, para mim, são mega afrodisíacos!
Se dinheiro não fosse problema eu faria: Viagens pelo mundo

Casos de infância: Ser noiva das festas juninas dac escolinha com o meu namoradinho de infância, andar de bicicleta pelo bairro e subir em árvores para pegar umas frutinhas estranhas, redondinhas e super doces!

Habilidade como dona de casa: Passar roupa, decorar e cozinhar

O que não gosta de fazer em casa: Limpar a casa

Frase: Por não saber que era impossível, ele foi lá e fez - Einstein

Passeio para o corpo: Fazer trilhas
Passeio para a alma: Viajar, viajar, viajar
O que me irrita: Preconceito
Frase ou palavra que fala muito: "Adooooro!"

Palavrão mais usado: Merda
Desce do salto e sobe o morro quando: Tentam me fazer de imbecil
Perfume que usa no momento: Cool Water - Davidorff
Elogio favorito: Que eleve minha beleza e inteligência. :)
Talento oculto: Biologia
Não importa que seja moda, não usaria nem no meu enterro: Galochas...uó!
Queria ter nascido sabendo: Tu-di-nho! E o selo vai para:
Livros Pura Diversão
Dri Viaro
Palácio Lilás
Renata Nogueira
SCENE DE VITA

terça-feira, 23 de junho de 2009

Cultura do Medo - Barry Glassner - Francis

"...é mais uma história entre a infindável quatidade de histórias de vlões e vítimas, histórias nas quais as pessoas reais em sua complexidade real e os perigos reais que elas e a sociedade como um todo enfrentem podem ser entrevistos apenas nas sombras." - (trecho de Cultura do medo - pág. 104)



Números mascarados, intenções obscuras, notícias enganosas. Assim, Barry Glassner defende a teoria de que temos cada vez mais medo de fatos que acontecem cada vez menos. E, paradoxalmente, ignoramos problemas e acontecimentos que deveriam, esses sim, causar preocupações e resultar em atitudes drásticas, como a poluição, o desemprego, a venda indiscriminada de armas e a homofobia. Estudando os fatos nos EUA, Glassner afirma que os americanos sofrem cada vez mais por motivos menos reais, como crianças assassinas, epidemias destruidoras da humanidade e internautas pedófilos.

Ele prova, por meio de números e pesquisas em jornais e emissoras de televisão, que há interesse de pequenos (mas poderosos) grupos em provocar certos tipos de medos na população, ao mesmo tempo em que não é interessante divulgar o que realmente deveria causar preocupação. O livro é ótimo e, apesar de tratar da vida norte-americana, pode ser facilmente interpretado para a nossa realidade. A distorção e superexposição de alguns fatos pela mídia, assim como acontece nos EUA, é fácil de ser analisado por aqui também.

O livro serviu de fio condutor para o aclamado "Tiros em Columbine", de Michael Moore. Vale a pena ler, nem que seja apenas para abrir a mente acerca de tudo o que o autor tem a dizer. O livro desperta para muitas verdades, alguns momentos de desesperança e para muita reavaliação.

As pesquisas do sociólogos são minuciosas e muito bem feitas, resultando em uma obra rica e recheada de dados estatísticos, ótimos para proporcionar ao leitos a dimensão fiel do que está sendo analisado. Recomendo.

Sobre o Autor

Barry Glassner é sociólogo, professor de sociologia na Universidade da Carolina do Sul e estudioso sobre a cultura e as crenças contemporâneas. Ele aparece numa entrevista em Tiros em Columbine, de Michael Moore, e forneceu boa parte das estatísticas que são apresentadas no filme. Também escreveu o livro Segredos da Alimentação Saudável.

segunda-feira, 22 de junho de 2009

Um blog para ser filmado!

Ganhei mais um selinho, dessa vez da querida do Nossos Romances. Primeiro, preciso escolher 5 situações da vida para passar em câmera lenta. São elas:
1 - Minhas viagens
2 - Ver o sol se por
3 - Fazer compras
4 - Receber elogios
5 - Ouvir um "Eu te amo" do amor da minha vida

Agora, oferecer o selo a 12 outros blogs. Lá vai:
Universo Particular de Manu
Lucia in the sky
rosas.nadiapag.com (nova por aqui! Bem-vinda!)
Livros de Bia
Mãe, esposa, dona de casa, trabalhadora....
Vem ni mim lili demorada
*Palácio Lilás*
Devaneios de uma doutora em crise!!!
tudoporumenoventaenove
Pensamentos em Cores - Ano I
..::Livros Pura Diversão::..
Canetas Coloridas

sexta-feira, 19 de junho de 2009

Novos livros!

Porque chegar em casa e ter 3 caixas cheias de livros dentro vindas do correio é um ótimo presente depois de um dia de trabalho! :)

Olha quais são:
E dois técnicos, para aprimorar na profissão (que vai de vento em popa, obrigada)! :)Ai, que maravilha, né?

quinta-feira, 18 de junho de 2009

Ribeirão Preto recebe Feira Nacional do Livro

Eu não moro em Ribeirão Preto. Mas, se lá eu morasse, com certeza seria figurinha carimbada nessa feira:

A 9ª Feira Nacional do Livro de Ribeirão Preto é a segunda maior feira a céu aberto do Brasil. Este ano, será realizada de 18 a 28 de junho, nas praças XV de Novembro e Carlos Gomes e na Esplanada do Theatro Pedro II.

Estão programados mais de 600 eventos gratuitos, abrangendo literatura e manifestações artísticas. Os visitantes poderão conferir também os stands de 48 expositores, que levarão à Feira uma infinidade de livros com preços promocionais.

Presenças Confirmadas

Já estão confirmados mais de 100 escritores da literatura nacional e internacional que participarão de palestras e debates. São nomes como Augusto Cury, Carlos Heitor Cony, Cristovão Tezza, Fernando Morais, Márcia Tiburi, Marcelo Rubens Paiva, Mário Prata, Marçal Aquino, Moacyr Scliar, Pedro Bandeira, Ricardo Kotscho, Rubens Ewald Filho, entre tantos outros.

Presenças internacionais

Em 2009, a Feira homenageia o Chile, o Estado do Amazonas e a poetisa Cora Coralina. O patrono será o escritor e idealizador da Feira Nacional do Livro, Galeno Amorim. Do Amazonas, quatro importantes expoentes da cultura estarão presentes: Thiago de Mello, Sérgio Augusto Freire, Milton Hatoum e Márcio Souza.

Do exterior, a Feira receberá os escritores chilenos Luis Sepúlveda, Luis Aguilera e Tito Alvarado. De Cuba, virá Tirso Saenz; de Portugal, João Camilo dos Santos; e da Itália, Giovanni Ricciardi.

Música

O evento terá mais de 60 apresentações musicais, entre corais, shows com grandes nomes da MPB e apresentação da Orquestra Sinfônica de Ribeirão Preto. O público poderá acompanhar também shows dos chilenos Tita Parra e Antar Parra e dos brasileiros Adriana Calcanhotto, João Bosco, José Miguel Wisnik, Jorge Vercillo, Lenine, Luiz Melodia, Maria Rita, Oswaldo Montenegro, Paula Toller, Paulinho da Viola, Toquinho, MPB4 e Vanessa da Mata.

terça-feira, 16 de junho de 2009

Longe Daqui - Amy Bloom - Nova Fronteira

Demorei um pouco mais de tempo para terminar esse livro do que normalmente. A leitura não é fácil, os diálogos ora recebem travessão, ora são separados apenas com vírgula do resto de um parágrafo. E, por falar em parágrafo, aquela regra que aprendi no Jornalismo de fazer parágrafos curtos, sempre que possível, para favorecer o visual da matéria e facilitar a leitura não se aplicam, definitivamente, à Longe Daqui.

Os parágrafos são longos, grandes, densos.
A linguagem é rebuscada, bem elaborada, mas, no meio de uma frase, quando menos se espera, um palavrão ou uma gíria pode aparecer como se fosse uma intrusa em uma família requintada que não lhe pertence.

Longe Daqui é assim, pesado, direto, um tapa na cara dos romances com final feliz e pequenas vitórias da heroína ao longo da obra. Aqui, a heroína tem, sim, vários fracassos, vários desafios, várias amostras de onde a dignidade pode se enconder, de onde a condição humana pode chegar e quanto o ser homano pode aguentar.

Como surgiu a idéia do livro?

A autora partiu de uma notícia que ouviu no rádio quando tinha 11 anos para elaborar a história. Ela lembra que a notícia contava a saga de uma mulher que percorreu o caminho de Nova Iorque ao Alasca a pé.

Nossa caminhante, Lilian Lyeb, vai mais longe na história, até a Sibéria, com o único objetivo que faria realmente uma mulher passar por tudo aquilo: o amor pela filha.

O livro já começa forte, tenso, cheio de emoções, com o massacre a sangue frio de todos os familiares de Lilian Lyeb, personagem principal do drama.

Depois, sangue, sexo, amor, luta, coragem e amizade são ingredientes que não faltam à Longe Daqui, envolvendo o leitor do começo ao fim da trama.

A pergunta


"Será que Sophie está mesmo viva ou é tudo mentira?" é a pergunta que não sai da cabeça até a última página. E a história é escrita de maneira a acharmos, em alguns momentos, que sua filha está mesmo viva e, em outros, de que tudo vai ser em vão e que a criança foi mais uma vítima da maldade humana.

Tem humor também

O mais engraçado de tudo é que, mesmo durante uma história tão triste, é fácil rir em alguns momentos. E chorar, sentir raiva, torcer e sentir pena em outros. Se você gosta de fortes emoções, leia Longe Daqui. mas, antes, saiba mais sobre o livro no site oficial (recomendo a leitura das matérias contidas na seção Virou Notícia).

Sobre a Autora

Amy Bloom é autora de dois romances e dois livros de contos. Foi indicada ao National Book Award e ao National Book Critic Award e teve contos foram publicados em diversas antologias. Colaborou com revistas como a New Yorker, a New York Times Magazine e a Atlantic Monthly, entre outras. Vive em Connecticut e leciona na Universidade de Yale.

domingo, 14 de junho de 2009

Ganhei outro selinho!

Ganhei esse selinho do Canto de Meninas e nem preciso dizer que adorei! Ele homenageia todos os blogs em que a originalidade não se pode traduzir e nem copiar. (phyno, hein?) As regras:
1. Você deve linkar a pessoa que te indicou.
2. Escrever as regras do mesmo em seu blog.
3. Contar seis coisas aleatórias sobre você.


As seis coisas:
1. Sou formada em jornalismo e amo escrever, desde pequenininha

2. Adoro cachorros
3. Sou louca por sol e praia

4. Com qualquer friozinho sinto frio, então sofro no inverno pra caramba

5. Faço academia todo dia para manter a forma e desestressar

6. Há cinco ano me dei conta de que o amor da minha vida estava bem do meu lado. Hoje somos casados e plenamente felizes
!

Como o selo não menciona nada sobre oferecê-lo a outros blogs, acho mais do que justo todo mundo que passa sempre por aqui pegar o mimo e postar em seu cantinho! :)

quarta-feira, 10 de junho de 2009

Back from Africa - Corinne Hofmann - Arcadia Books

Esse é o segundo livro da trilogia sobre a qual já comentei na minha primeira resenha.

Aqui, Corinne Hofmann conta como reconstruiu sua vida depois de fugir do marido, um guerreiro massai, e voltar para seu país com um bebê nos braços. O recomeço foi difícil, a tensão também e as incertezas não paravam de atormentar sua mente. Afinal, agora ela tinha um ser que dependia totalmente dela.

Não tão emocionante como o primeiro, mas tão bem escrito quanto, Back from Africa é leitura obrigatória para quem leu e ficou apaixonada pelo primeiro livro da trilogia, como eu.

A história retrata com detalhes sua volta por cima emocional e profissionalmente, bem como mostra todo o apoio de sua família e demonstra como o afeto e o amor incondicional podem ajudar alguém a reunir forças para começar de novo. O legal nesse livro é ver que a Corinne cheia de coragem, louca por aventura e até meio inconsequente deu lugar a uma mulher com medos, inseguranças e pé no chão. E acho que essa mudança aconteceu tanto pela maturidade dos anos que se passaram quanto pelas experiências vividas. Mas, o motivo maior para essa nova postura foi, com certeza, o nascimento de sua herdeira, por quem Corinne passou a viver a partir de então.

Se eu tivesse que escolher uma palavra para resumir este livro, ela seria Recomeço. Se pudessem ser duas, seriam Coragem e Recomeço.
Sobre Corinne Hofmann

Corinne Hofmann nasceu em 1960 em Frauenfeld, no cantão Thurgau, filha de mãe francesa e de pai alemão. Antes de partir para o Quénia, tinha uma loja de roupa na Suíça. Quando voltou, escreveu The White Masai (traduzido para inglês em 2005), que vendeu mais de 4 milhões de exemplares na Alemanha.

O livro foi adaptado para o cinema pela realizadora alemã Hermine Huntgeberth e estreou no Festival de Cinema de Toronto a 14 de Setembro de 2005. Corinne escreveu ainda duas continuações do primeiro livro: Back from Africa e Reunion in Barsaloi. Hoje, vive confortavelmente no Lago Lugarno com a sua filha, Napirai, de 17 anos.

segunda-feira, 8 de junho de 2009

Selo coroado!


Adorei esse selinho digno de rei que ganhei do blog Nas Asas da Phoenix. Valeu, flor!

A regra é oferecer para 15 outros blogs, mas como tenho feito cada vez mais amizades virtuais em prol das nossas leituras queridas, ofereço o selo para todos que passam sempre por aqui! Apoderem-se dele e divirtam-se! :)

quinta-feira, 4 de junho de 2009

O Mundo de Sofia - Jostein Gaarder - Cia. das Letras

Enfim terminei de ler O Mundo de Sofia! O livro é enorme e, apesar de ser um romance que conta a história da filosofia de uma maneira muitos didática, precisa ser lido com bastante atenção e concentração, para que todo o conteúdo seja assimilado de forma satisfatória. Sofia (que significa sabedoria) vive uma vida normal na Noruega até que, sem explicação, começa a receber cartas em sua caixa de correio, com perguntas como “quem é você?” e “de onde veio o mundo”?
A partir daí, Sofia e Alberto (seu professor de filosofia) vão viajando pela história da filosofia e dos principais pensadores desde a antiguidade até os dias atuais. Paralelamente, o enigma sobre quem é Hilde e sobre o porquê de suas vidas serem ligadas vai sendo desvendando aos poucos, até que o leitor percebe que existem muito mais realidades do que se podia imaginar. Mas você só conseguirá se envolver mesmo com a história se ficar na ponta da pelugem do coelho branco tirado da cartola. :)


Você aprende, diverte-se e ainda lê um livro muito bem elaborado. Mas, o melhor de tudo é você começar a levantar questões filosóficas e tentar responder as questões com que Sofia se depara. Quando você menos percebe, está pensando alto sobre como tudo começou, porque a realidade que vivemos pode não ser realmente a realidade absoluta, para onde nós vamos e até que ponto nosso subconsciente interfere na nossa vida. Recomendo!

Nesse site há mais detalhes sobre o livro e sua relação com a história da Filosofia.

Sobre o Autor

O autor
é um escritor norueguês, nascido em Oslo, à 8 de agosto de 1952, que escreve livros infanto-juvenis mesclando filosofia com linguagem de fácil entendimento aos jovens.

O seu trabalho mais conhecido é O Mundo de Sofia, publicado em 1991. Este livro foi traduzido para 53 línguas, existem 26 milhões de cópias impressas, sendo que três milhões delas foram vendidas só na Alemanha. Com isso, passa a ter grande renome internacional, fazendo-o, a partir de 1993, a se dedicar integralmente à produção literária.

segunda-feira, 1 de junho de 2009

O Caçador de Pipas - Khaled Hosseini - Nova Fronteira

Mais que uma ótima aula de história, O Caçador de Pipas é uma lição de vida. O livro faz você mergulhar na cultura árabe e viajar para o Afeganistão sem sair do lugar. Todas as descrições dos ambientes, das expressões e dos sentimentos que parecem ultrapassar as páginas do livro são feitas na medida, na linguagem e no momento perfeitos para cativar o leitor sem cansá-lo.

Para nós, que só temos como base a cultura ocidental, é incabível aceitar certos acontecimentos e comportamentos típicos da cultura islâmica. Mas, para eles, os estranhos somos nós. Com todas as guerras e mortes que assolam o país, o povo afegão é sofrido demais, resignado e tem a revolta abafada pelo medo e pela fé na religião e em dias melhores.

No meio de tudo isso, O Caçador de Pipas trata de sentimentos como crueldade, traição, covardia e preconceito de uma maneira chocante. Mas também fala de lealdade, arrependimento, amor e amizade de forma explêndida.

O livro faz chorar, e muito. Não tem jeito. É lindo, mas é triste demais. E é real, infelizmente. Apesar de a história ser uma ficção, é triste pensar que há um monte de Hassans e Sohrabs pelo mundo a fora.

Leia o livro , emocione-se a cada página, aprenda com cada capítulo e faça mil vezes tudo de bom a quem você ama!

Estou sensível, eu sei. E a culpa é do livro! :)

O Filme

O livro virou filme em 2007. Fui ao cinema com muitas expectativas. E adorei! Apesar de o livro ser infinitamente melhor, o filme também emociona, ainda mais a quem leu o livro, porque aí o que faltava no longa metragem era preenchido pelas lembranças do livro. Levei o maridão, que não leu o livro, e ele chorou também. Está provado que o filme, sem ser comparado à publicação, tem seu valor. Confira o trailer:




E depois veio A Cidade do Sol

Depois do sucesso de O Caçador de Pipas, o autor lançou, em 2007, A Cidade do Sol. Comprei correndo, li e fiquei completamente tocada pela história. O dom que o autor tem de envolver o leitor e fazê-lo ficar preso ao livro mesmo dias depois de já tê-lo terminado é incrível! Nem sei dizer de qual deles gostei mais, mas isso e assunto para um outro post...

Sobre o Autor

Hosseini nasceu em Cabul, capital do Afeganistão. Sua mãe era professora de uma escola de segundo grau para garotas em Cabul. Seu pai se envolveu com o Ministério do Exterior afegão. Em 1970, o Ministério do Exterior enviou sua família para o Teerã, no Irã, onde seu pai trabalhou para a Embaixada Afegã. Em 1973, Hosseini e sua família retornam à Cabul. Em Julho de 1973, na mesma noite em que nasce o irmão mais jovem de Hosseini, o reino do Afeganistão muda de mãos através de um golpe sem derramamento de sangue.

Em 1976, Khaled Hosseini e sua família se mudam para Paris por conta do novo emprego do seu pai. Eles não voltam ao Afeganistão porque, enquanto estavam em Paris, comunistas tomaram o poder do país por meio de um golpe cruel. Deste modo, foi consentido à família Hosseini asilo político. Suas propriedades foram todas deixadas no Afeganistão e eles foram forçados a sobreviver com ajuda governamental por um curto período.

Hosseini formou-se na escola secundária e inscreveu-se na Universidade de Santa Clara, onde ganhou título de Bacharel em Biologia. Após alguns anos, ele ingressou na escola de Medicina na Universidade da Califórnia, onde recebeu o título de Doutor em Medicina. Khaled Hosseini continua praticando medicina, é casado com Roya Hosseini e tem dois filhos, Haris e Farah.