terça-feira, 29 de setembro de 2009

A Metamorfose - Franz Kafka - Melhoramentos

Tão antigo, mas cada vez mais atual. Assim é A Metamorfose, livro que, acima de tudo, faz pensar. A obra já começa diferente, com o ponto alto da história, a transformação do personagem principal em um inseto gigante, acontecendo logo no começo do livro.

Normalmente você começa lendo uma história, tem toda aquela introdução, às vezes até uma certa (ou muita) dose de enrolação para, só depois, tudo começar a se desenrolar. Mas, em A Metamorfose, isso não acontece. Só esse fato já torna a obra louvável. Mas, há muitos outros pontos fortes na experiência de ler esse livro.

Um dos assuntos abordados pelo autor tem relação com o interesse dos seres humanos, que mantêm muitas de suas relações por conveniência. No livro,
Gregor Samsa mora com seu pai, sua mãe e sua irmã mais nova, trabalha como caixeiro e sustenta a casa sozinho. É bem tratado e sente-se responsável por sua família. Porém, a partir do momento em que a transformação acontece, sua família passa a ignorá-lo e a sentir vergonha de seu estado.

Outro ponto interessante é a abordagem sobre o
desinteresse, negligência e até desprezo que a sociedade tem pelos enfermos e pelas pessoas improdutivas. Li uma frase em uma resenha sobre o livro que achei perfeita para descrevê-lo:

"O capitalismo há muito tempo vem corroendo e tornando as pessoas mais ocas por dentro. Nenhum outro escritor do século XX soube expor de maneira tão profunda a angustia e os pesares dos seres humanos. A metamorfose é o retrato de uma sociedade em desespero silencioso".
Adorei o livro! Recomendo!

Sobre o Autor

Franz Kafka nasceu em Praga a 3 de julho de 1883, cidade que durante todos os 40 anos da vida do escritor pertenceu à monarquia austro-húngara.

Filho de um abastado comerciante judeu, Kafka cresceu sob as influências de três culturas: a judia, a tcheca e a alemã.

Formado em direito, ele fez parte, junto com outros escritores da época, da chamada Escola de Praga. Esse movimento era basicamente uma maneira de criação artística alicerçada em uma grande atração pelo realismo, uma inclinação à metafísica e uma síntese entre uma racional lucidez e um forte traço irônico.

Esse híbrido de ironia e lucidez aparece na maioria dos textos de Kafka.

Suas obras também conseguem formalizar e abrigar leituras totalmente relacionadas com a condição do ser humano moderno.O olhar kafkiano é direcionado para coisas como a opressão burocrática das instituições, a "justiça" e a fragilidade do homem comum frente a problemas cotidianos.

O primeiro livro de Kafka foi "Consideração", publicado em 1913.

No ano seguinte à publicação da sua primeira obra, Kafka sofreu uma grande crise emocional.

Alguns estudiosos afirmam que esta crise foi causada por motivo de seu noivado, outros defendem que o autor tcheco teria ficado emocionalmente abalado com início da 1ª Guerra Mundial ocorrido no mesmo ano.

As obras mais famosas de Kafka foram escritas entre 1913 e 1921, são elas: "A Metamorfose", "O Processo", "O Castelo", "O Foguista" (que é na verdade o primeiro capítulo de "América"), "A Sentença" e "O Artista da Fome".

segunda-feira, 28 de setembro de 2009

Cartão Vermelho!

Ganhei esse desafio da Milene, do Ideias de Milene. Adorei!!!!Preciso relacionar 10 coisas para as quais eu dou um cartão vermelho. Fácil, fácil:

  1. - Mulheres bregas, que misturam roupas de oncinha com roupas de zebra com roupas de cobra e ainda acham que estão arrasando!
  2. - Era da beleza a qualquer custo, porque tudo tem um limite
  3. - Poluição, porque ver a vida em tons de cinza não está com nada
  4. - Extinção de animais, porque acabei de ler Um Leão chamado Christian e estoumergulhada até a cabeça (mais ainda do que eu já era) na vibe "I bichos!"
  5. - Mau humor, porque ninguém tem obrigação de conviver com gente de cara feia
  6. - Mentira, porque histórias da carochinha são out total
  7. - Violência, porque ninguém, no mundo, acha legal ser assaltado, ser xingado, ser espancado. Se as pessoas não fizessem aos outros o que não gostariam de receber para si, tudo seria muito melhor!
  8. - Doenças incuráveis, porque são tristes demais. Ponto.
  9. - Gente porca, porque homem que coça o saco e pessoas que cospem no chão da rua são nojentas! Vai cuspir no chão da sua casa, tia!
  10. - Tendência para engordar, porque seria muito mais fácil se ela simplesmente não existisse!
Agora, vou indicar esse desafio para 5 amigos:

- Dri Viaro
- Alê
- Natália
- Pedrita
- Renata

sexta-feira, 25 de setembro de 2009

O Salão de Beleza de Cabul - Deborah Rodriguez - Campus

Karin leu O Salão de Beleza de Cabul cheia de expectativas e, assim que terminou de ler a obra, enviou para o Leitura a sua opinião.

O livro

Com entusiasmo e bom humor, Deborah detalha a exuberância de uma terra aparentemente desolada e revela todo o esplendor por trás da burca. "O salão de beleza de Cabul" é a notável história de uma extraordinária comunidade de mulheres que se uniram para aprender a arte dos permanentes, da amizade e da liberdade.

Opinião de Karin
Confesso que esperava mais do livro depois de ler tantos elogios. Mas ao mesmo tempo não tenho como negar que o que a Deborah Rodriguez passou foi intenso e digno de muita coragem, esta que por sua vez poucos possuem.

Quando digo que esperava mais, não é desmerecer a história e o que a Deborah viveu, acredito que a falha se deu no momento de transmitir de forma emotiva as diversas situações e relatos riquíssimos dessas mulheres tão sofridas e sua adaptação a uma nova vida em uma terra desconhecida.

Bato palmas para a coragem e persistência da autora em correr atrás dos seus sonhos e lutar por eles. Agora é aguardar o filme.

E como ela sabe que o livro será transformado em filme? A resposta está aqui.

quarta-feira, 23 de setembro de 2009

O Código da Vinci – Dan Brown - Sextante

Faz um bom tempo que li O Código da Vinci, mas só agora sobrou um tempinho para redigir a resenha. Nesse caso, fiz o oposto do que costumo fazer com livros que viram filmes. Primeiro, assisti ao filme e, depois, li o livro. Tinha um pouco de receio de começar a leitura porque esse estilo de livro não é dos meus preferidos. Tanto é que, só depois de mais de um ano com o livro na minha biblioteca é que eu criei coragem.

Mas, adorei! Adorei a experiência de ter assistido ao filme antes e, depois, lido o livro. Adorei a riqueza muito maior de detalhes da obra. Adorei o jeito como Dan Brown consegue prender a atenção do leitor, deixando-o cada vez mais curioso sobre as revelações do próximo capítulo.
E adorei o fato de a história ter sido embasada em uma pesquisa profunda, que deve ter dado um mega trabalho de fazer!

Achei o livro tão real - talvez pelo seu embasamento histórico e a mistura de locais reais, personagens reais e fatos ficcionais - que às vezes me pegava pensando se tudo aquilo não aconteceu realmente. Pode? Ele foi tão bem escrito que você quase acredita no que sabe que é ficção!

Mais sobre a história

O livro traz um enigma muito bem criado sobre a família de Sophie Neveu, uma criptógrafa da polícia de Paris. A partir de um segredo deixado por seu avô, Jacques Sauniere, as vidas de Sophie e de Rober Langdon, vivido por Tom Hanks no cinema, se cruzam. Nessa jornada em busca de respostas, Sophie e Langdon acabam virando fugitivos da própria polícia de Paris, que atribui a eles a morte de mais 3 pessoas, além de Sauniere. Então, ao mesmo tempo em que precisam desvandar o mistério para entender tudo o que aconteceu e para provar sua inocência, o casal precisa fugir da polícia e dos verdadeiros culpados pelos crimes.

O que eles não sabem é que, além de um segredo de família, Sauniere deixou um enigma que desvanda, também, um segredo que pode mudar totalmente o curso da história da humanidade, o mais sagrado de todos os segredos, aquele guardado durante gerações: a verdadeira história do Santo Graal.

Viajar sem sair do lugar

Todo mundo diz que ler é viajar sem sair do lugar. Eu sempre concordei plenamente e, ao ler O Código da Vinci, isso fica ainda mais evidente. Em diversas passagens do livro eu me sentia dentro do Louvre, daquelas igrejas históricas e nos meios das ruas de Paris.

Obras de arte famosas, espetaculares obras arquitetônicas e nomes como Newton, Botticelli e da Vinci levaram-me a uma viagem proveitosa e muito prazerosa. Recomendo!

Sobre o Autor

Dan Brown é um famoso escritor que, no início de 2004, teve todos os seus quatro livros ("Anjos e Demônios", "O Código Da Vinci", "Fortaleza Digital", "Deception Point") ao mesmo tempo na lista dos mais vendidos do New York Times.

É casado com a pintora e historiadora de arte Blythe, que colabora para as pesquisas de seus livros. Descobri que ela, então, é a responsável pelo que mais me impressionou no livro: a riqueza de fatos históricos.

Residem em New England, nos Estados Unidos. O norte-americano já faz parte da lista de escritores de romances policiais que constam em qualquer estante de livros, ao lado de Agatha Christie e Sidney Sheldon.

Só O Código Da Vinci já vendeu mais de 50 milhões de exemplares em todo o mundo, dos quais 500 mil só no Brasil.

Processos

Dan Brown foi absolvido por falta de provas de um processo movido por plágio. O autor já havia vencido outro processo em 2005, contra o romancista Lewis Perdue, que alegava ter a trama de O Código copiada dos livros O legado de Da Vinci (1983) e A filha de Deus (2000). O surpreendente é que os entraves só serviram para divulgar ainda mais o livro de Brown e aumentar a expectativa pela adaptação para os cinemas.

A fama conquistada após o lançamento de O Código Da Vinci foi o estopim para que as vendas dos outros livros do escritor norte-americano disparassem, com tradução para 40 idiomas.

Dan Brown nasceu na cidade de Exeter, nos Estados Unidos, e é filho de um premiado professor de matemática e uma profissional de música sacra.

terça-feira, 22 de setembro de 2009

Este Blog tem Carinho & Cafuné!

Adorei esse selinho, que recebi da querida Carolina, do Cantinho da Carolina. Valeu, flor! Indico para:

sexta-feira, 18 de setembro de 2009

Reunion in Barsaloi - Corinne Hoffmann - Independent Publishers Group

Esse livro é o útimo da trilogia escrita por Corinne Hofmann.
Antes de ler essa resenha, seria legal ler sobre A Massai Branca e Back from Africa, sobre os quais já escrevi as respectivas resenhas.

Reunião em Barsaloi é lindo e, para quem acompanhou os dois primeiros livros de maneira intensa e completamente mergulhada e envolvida na história, como eu, saber como foi o reencontro
de Corinne com o homem de quem ela havia fugido há 14 anos, com sus filha bebê nos braços, foi emocionante demais.

Esse homem despertou em Corinne uma paixão arrebatadora, que fez com que ela passasse de turista a integrante de uma tribo massai,
ultrapassasse obstáculos que eu já mais teria conseguido viver e, ainda, sobreviver a 5 malárias. Tudo em nome do amor que sentia por ele e, depois, por sua sogra, que sempre despertou um sentimento muito forte em Corinne e que fez render a parte mais emocionante desse último livro, na minha opinião. O momento do encontro das duas e o medo que Corinne sentia de ser rejeitada pela sogra devido à sua fuga no passado deu uma pitada de tensão e de emoção especiais oa livro.

Pena que, além de não conseguirem se comunicar direito (Corinne não sabia falar a língua deles e o inglês, para Lektinga, era quase desconhecido) outros problemas obrigaram Corinne a desistir da história que ambos construíram com tanto sacrifício (se bem que o sacrifício foi infinitamente maior para Corinne, que abandonou sua família, sua carreira e tudo o que tinha em seu país para mergulhar na cultura de seu amado).

É ficção?

Lendo isso, sei que a história parece um livro de ficção muito bem amarrado. Mas, pasmem: a história é real. Trata-se de uma biografia IMPERDÍVEL.

Há uma parte do livro indignante, que mostra como há pessoas más no mundo, que pensam apenas em criar discórdia. Apesar de o turismo por lá ter aumentado muito depois do lançamento de seu primeiro livro, isso também trouxe consequências desastrosas. mas você só vai descobrir quais foram quando ler o livro! :)

A notícia ruim é que só o primeiro livro da trilogia possui tradução em português. Isso é um absurdo! E como surgou uma obsessão louca em mim para saber os acontecimento pós fuga, tive que dar um jeitinho para ler as duas outras obras. Fique sabendo de tudo aqui.

E hoje?

Hoje Napirai tem 17 anos e ainda não conhece sua família africana. Acho que um dia Corinne levará a filha para conhecer o pai e a avó.

Confira a foto atual de ambas:

Sobre a Autora

Corinne Hofmann nasceu em 1960 em Frauenfeld, no cantão Thurgau, filha de mãe francesa e de pai alemão. Antes de partir para o Quénia, tinha uma loja de roupa na Suíça. Quando voltou, escreveu The White Masai (traduzido para inglês em 2005), que vendeu mais de 4 milhões de exemplares na Alemanha.

O livro foi adaptado para o cinema pela realizadora alemã Hermine Huntgeberth e estreou no Festival de Cinema de Toronto a 14 de Setembro de 2005. Corinne escreveu ainda duas continuações do primeiro livro: Back from Africa e Reunion in Barsaloi. Hoje, vive confortavelmente no Lago Lugarno com a sua filha, Napirai, de 17 anos.

quinta-feira, 17 de setembro de 2009

Presente!

Ganhei esse selinho fofo da Alê, do La Socière. Gatona, obrigadíssimo, amei!

O post em que ela ofereceu esse selinho para moá tinha mais uns trocentos selos e, por isso, ela não conseguiu publicar as regrinhas de todos. Então, penas repasso essa graça para quatro blogueiras que adoro:

quarta-feira, 16 de setembro de 2009

Um leão chamado Christian - Anthony Bourke e John Rendall - Nova Fonteira


"Um vídeo de dois minutos exibido no Youtube e assistido por milhões de pessoas transformou Um leão chamado Christian num dos maiores fenômenos da Internet de todos os tempos. Tudo começa quando dois rapazes em Londres se encantam por um filhote de leão à venda na Harrods e o criam como um bichinho de estimação. Quando cresce, Christian é levado para a África, onde volta à vida selvagem. É lá que revê seus antigos donos, a quem recebe com a felicidade de uma criança que reencontra seus pais. Neste livro com mais de 60 fotos, você vai conhecer toda a história do leão mais fofo do mundo".

Para quem não conhece, veja o vídeo que inspirou o livro e, depois, continue lendo:




Li Um leão chamado Christian em três dias. Mas, se você estiver com tempo, dá para ler em menos tempo, até. A leitura é super agradável e foi escrita como um diário da vida de Christian. Cada linha exala amor e, o tempo todo, imeginei-me sendo John ou Anthony, cuidando de um leãozinho e recebendo demonstrações diárias de afeto.

Simplesmente AMEI o livro. Bem escrito, bem organizado, com fotos maravilhosas. Tudo isso já bastava para fazer o livro valer a pena, principalmente para pessoas que, como eu, tem uma ligação muito grande com animais. Mas o livro ainda serve como um tutorial sobre a vida dos leões, seus costumes e instintos. Aprendi bastante sobre eles e ainda pude ler um pouco mais sobre a África e Nairóbi, locais sobre os quais já tinha lido aprendido um pouquinho aqui e aqui.


Dei risada e chorei de emoção e, às vezes, de tristeza. Tendo em vista que o livro não foi escrito por profissionais e que é um livro biográfico e totalmente baseado em fatos reais, ressalto a competência e talento dos autores, pois a história flui super bem, levando o leitor a se envolver com Christian, George, Anthony e John, esperando e ansiando pelos próximos acontecimentos.

Homens x Animais

Já fiquei encantada logo no começo da leitura, quando seus os autores contam que Christian logo percebeu que suas unhas afiadas machucavam seus donos e, assim, passou a usá-las constantemente retraídas. Cada gesto dele demonstrava o quanto ele era do bem e amava as pessoas a sua volta. Não canso de ver o vídeo, e não consigo deixar de chorar uma vez sequer.


Para mim, o livro é um relato, dos mais sensíveis e bem feitos, da relação harmoniosa e linda que os homens podem ter com os animais. Fiquei mais leve ao terminar essa leitura, e recomendo essa sensação para todo mundo! :)

Para saber mais, confirma o site do livro, que está LINDO!


Fotos

Agora, pasmem com a beleza de Christian:





Sobre os Autores

Anthony Bourke nasceu em Sydney em 1946. Tornou-se um dos principais curadores de arte da Austrália, sendo pioneiro em arte aborígine e especialista em arte colonial, e realizou várias exposições aclamadas pela crítica. Ace espera se dedicar novamente a projetos de preservação da vida selvagem e ajudar a resolver questões urgentes relativas ao meio ambiente. Atualmente, vive em Sydney com seus dois gatos.

John Rendall é australiano e divide seu tempo entre Londres e Sydney. John continua seu compromisso com a George Adamson Wildlife Preservation Trust e é membro da Royal Geographical Society, em Londres. Trabalha como relações públicas em turismo, concentrando-se em projetos de preservação, hospedagens e reservas ambientais na África. Os três filhos de John compartilham sua paixão pela vida selvagem e preservação da natureza.

terça-feira, 15 de setembro de 2009

Mais um presente!

Ganhei esse selinho super fofo da querida Aline, do Garota Curiosa. Achei o máximo poder indicar blogs e dizer o motivo, mas achei mais legal ainda o que Aline escreveu sobre o leitura. Valeu, queridona!

Lá vão as regrinhas:

1. Quem recebe esse selo escolhe 5 blogs que mereçam recebe-lo também.

2. Descreva uma qualidade para cada um dos blogs indicados justificando porque ele é um exemplo de blog.

3. E a última e mais importante regra é... SER FELIZ!

E os blogs são...

1. Dri Viaro

O blog dela é genial. Engraçado e cheio de boas energias, tudo isso se reflete no número de seguidores que ela tem. Parabéns, querida!

2. Livros de Bia

Tem o mesmo tema do meu blog e me ajudou muito, quando comecei, com sua lista de blogs preferidos. Foi lá que encontrei muitos dos meus blogs queridos de hoje. A Bia é uma fofa, apaixonada pelo noivo e louca por livros, como eu.

3. Vem ni mim lili demorada

Já gostava e já considerava minha "amiga virtual". mas, depois que li o livro (saiba mais sobre a saga do livro da Rê aqui), virei fã! Mando pauta para seu blog, escrevo recados e opiniões em suas postagens.....e acesso seu cantinho diariamente!

4. Um pouco de mim

O blog da Elaine é fófíssimo...conhecemos cada dia um pedacinho dela por meio de seus posts. Adoro! Entro todo dia e não deixo de comentar! :)

5. Cozinha das Letras

Novo blog, pelo menos para mim, que conheço há pouco tempo. Adorei a minha descoberta e agora vou acessar diariamente!

segunda-feira, 14 de setembro de 2009

O Castelo de Vidro - Jeannette Walls - Nova Fronteira

O Castelo de Vidro é um livro admirável. Na verdade, a coragem e a transparência da autora em expor as intimidades tristes e frustrantes da sua infância já valem a compra do livro.

Eu, no lugar dela, teria muita dificuldade para contar tantos detalhes da minha vida, dos problemas peculiares (e, no caso dela, bota peculiares nisso!) que toda família tem e reviver tudo de novo, até as lembranças que ela sempre tentou esquecer, para reunir em uma obra biográfica. Se qualidade inquestionável e capacidade singular de envolver o leitor emocionalmente são consolos, valeu a pena toda a dificuldade que a autora diz ter passado ao doar a sua vida do jeito que ela fez, porque o livro é imperdível!

E a criança suja, com pais sem noção, cheia de fome e de sonhos ter se tornado uma escritora de sucesso mundial é praticamente um milagre, o que torna a história real ainda mais incrível. E, mesmo sendo ela a personagem principal, conseguiu escrever um livro quase imparcial, falando dos absurdos cometidos pelo pai e pela mãe, quando necessário. Diferente de muita biografia por aí, a família não era perfeita, o clima não estava sempre ensolarado e a vida não era sempre (na verdade, não era quase nunca) um mar de rosas e, mesmo assim, ela não se faz de coitada, consegue ser até engraçada e não exagera no drama.

Tirando a história fenomenal, ainda tem a leveza e a maestria com que o livro é escrito, fazendo com que o leitor leia metade do livro em um único dia, sem nem se dar conta. Depois de ler O Castelo de Vidro virei, de verdade, fã de Jeanette Walls. Acabamos gostando até do seu pai que, apesar de ser um sonhador sem um pingo de responsabilidade, amava demais seus filhos. Em uma passagem especial do livro, o pai oferece um presente à filha, já que não tinha dinheiro para comprar nada material:

— Escolhe a tua estrela favorita — disse ele naquela noite. Ele disse que eu podia ficar com ela para mim. Ele disse que era o meu presente de Natal.
— Você não pode me dar uma estrela! — falei. — Ninguém é dono de uma estrela.
— É isso aí — disse ele. — Nenhuma outra pessoa tem uma estrela. Basta você declarar que tem antes dos outros, que nem aquele carcamano do Cristóvão Colombo, que declarou que a América era da rainha Isabel. Declarar que uma estrela é tua tem a mesma lógica.

Com esse gostinho, você vai resistir a O Castelo de Vidro?


Resumo da Ópera

Durante duas décadas, Jeannette Walls, uma conhecida jornalista nova-iorquina, bonita, brilhante e bem sucedida, escondera as suas raízes. Crescera com pais cujos ideais e inconformismo foram ao mesmo tempo uma bênção e uma maldição para eles e para os filhos. Rex e Rose Mary Walls tiveram quatro filhos. No princípio, viviam como nômadas, mudando de uma cidade para a outra, habitando velhos armazéns abandonados ou acampando nas montanhas.

Jeannette, as duas irmãs e o irmão tinham de sobreviver sozinhos, tentando arranjar comida, limpando a casa e encorajando os pais a trabalhar, enquanto se amparavam mutuamente e procuravam dar alguma normalidade à vida errática a que eram forçados. Foi assim que O Castelo de Vidro foi considerado uma das 50 melhores obras publicadas em 2005 nos Estados Unidos
.

Entrevista

Quando enconotrei essa entrevista com a autora, em que sua mãe também aparece, quase não acreditei. É por isso que eu amo a internet.

Confiram:




Acesse também o hotsite do livro.


Sobre a Autora


Jeanette Walls nasceu em 1960, na cidade de Phoenix, Arizona. Formou-se pela Universidade de Columbia e foi repórter da New York Magazine, Esquire, USA Today e MSNBC.com, onde trabalha atualmente. Também aparece com freqüência na TV, incluindo The Today Show, CNN e Prime Time Live. Ela é casada com o escritor John Taylor.

sexta-feira, 11 de setembro de 2009

Selinho Dark...ui!!!

Ganhei esse selinho fofo da Bia, do Livros de Bia. Ela é uma querida e eu acompanho seu blog desde que lancei o meu....obrigada, flor! :)


Vamos às regras:


1-Exibir o selinho com o link do blog de quem te indicou e o link do criador do Meme.


2-Escrever as regras em seu blog.


3-Indique no mínimo cinco blogs e coloque os links de seus indicados no final do post (o limite máximo de indicações de blogs cada um determina conforme achar conveniente).


4-Avisar a pessoa que você indicou, deixando um comentário para ela.

5-Conferir se os blogs indicados repassaram o selo e as regras. Objetivo desse selo: mostrar reconhecimento aos valores dos blogueiros, que a cada dia demonstram empenho por transmitir valores sejam eles culturais, sociais, éticos, pessoais, literários, entre tantos outros valores que cada um possui. E também uma forma de interação entre nós, blogueiros!

6-Responder as perguntas:


a) Por que resolveu criar o blog?

Para dividir com pessoas do mundo todo a minha paixão pela leitura, pelos livros e pela comunicação.


b) O que te dá mais prazer em blogar?
O carinho e reconhecimento que recebo dos meus leitores.

c) Qual o assunto que você mais gosta de postar?
Livros.

d) Por que escolheu esse nome para o blog?
Porque queria que tivesse livros, leitura, ler...alguma dessas palavras no nome. Acho o título imperativo, capaz de chamar a atenção e transmitir o tema do blog. Concordam?

e) Você costuma visitar outros blogs?
Sempre!

Blogs indicados:
Lucia, do Lucia in the Sky
Manu, do Universo Particular de Manu
Pedrita, do Mata Hari e 007
Elaine, do Um pouco de mim
Ale, do La Socière

quinta-feira, 10 de setembro de 2009

De Volta para Casa - John Grogan - Ediouro

Sabia que não tinha como não gostar do livro, nem que fosse pela admiração que sinto pelo tipo de escrita de Grogan, que é jornalista como eu e que percebeu a oportunidade de transformar as peripércias de seu cachorro em colunas diárias e, depois, em um livro que virou febre mundial. Li o livro, assisti ao filme e me apaixonei por Marley e pelo jeito informal, próximo do leitor e super intimista com que Grogan escreve seus textos.

Aí, ele resolveu escrever outro livro, bebendo da mesma mina de ouro: falar sobre o melhor amigo do homem. Cachorros Encrenqueiros se Divertem Mais é um livro de crônicas, que parece não tem agradado tanto quanto seu primeiro livro. Não li essa obra, mas ouvi dizer que o livro decepciona um pouco, talvez por ter gerado a expectativa de ser tão bom quanto o grande best-seller do autor.

Na sua terceira empreitada, Grogan resolve voltar a falar das suas próprias experiências e lança De Volta para Casa. Na biografia, o autor conta toda a sua vida com detalhes, desde a sua infância até o momento de publicação do livro. Acho que, para escrever biografias, o autor precisa pensar o seguinte: minha história de vida é super peculiar, bem diferente e vai mexer com os leitores? Se a resposta for sim, acho demais a iniciativa. Outro caso em que vale a publicação de biografias é o fato de se tratar de uma celebridade ou alguém público.

No caso de Grogan, acho que ele percebeu a oportunidade de unir suas habilidades de transformar histórias comuns em textos bem elaborados e agradáveis de ler ao fato de ter se tornado uma pessoa pública, mais como o "dono do Marley" do que como John Grogan, o escritor.

Pontos fortes x Pontos fracos

Confesso que a sua infância católica, suas experiências na escola e com os amigos de rua me entediaram um pouco. O fanatismo de sua família já bastava para tornar a infância dele meio sem graça, mas usar 18 capítulos para falar disso foi um pouco demais. Depois, na segunda parte do livro, a história começou a me interessar mais, a me envolver e a me fazer ter curiosidade pelo que aconteceria depois. No final, chorei, chorei, chorei.

Como esperava, o livro é bem escrito e super envolvente. Vale a pena lutar um pouquinho para passar os 18 primeiros capítulos. :)

A vida de Grogan não tem nada de especial, nada que milhares de outras vidas não tenham.

Na verdade, a minha vida mesmo é bem mais interessante e cheia de aventuras.


Só que o jeito com que ele expressa os fatos fazem a leitura ser uma delícia. O livro vale a pena só pela oportunidade de conhecer Richard, seu pai, que lembra o meu em alguns aspectos e que foi responsável pelo momento mais emocionante do livro: a despedida entre pai e filho. Lindo, lindo mesmo! Espero poder ter tempo de me despedir do meu, quando a hora dele chegar (daqui a uns 100 anos, claro).

Não deixe de espiar o site do livro!

E, aqui, tem outras resenhas sobre De Volta para Casa. Confiram:

Sobre o Autor

John Grogan cresceu em Orchard Lake, Michigan, nos arredores de Detroit, e tem graduação pela Central Michigan e pelo Ohio State. Passou mais de vinte anos como jornalista vencedor de muitos prêmios em Michigan, na Flórida e na Pensilvânia e, mais recentemente, como colunista do Philadelphia Inquirer.

Também é ex-editor da revista Organic Gardening, da Rodale.Seu primeiro livro, Marley & Eu, foi um sucesso de vendas no mundo todo e, justamente por isso, foi transformado em filme. Além deste best-seller, há o Cachorros Encrenqueiros se Divertem Mais, em que conta as mais inusitadas travessuras desses fiéis amigos do homem, e de Volta para Casa, seu livro de memórias. Hoje, Grogan vive em uma antiga fazenda na Pensilvânia com a esposa e os três filhos.

quarta-feira, 9 de setembro de 2009

Este é um blog bom para ler! :)

Ganhei esse selinho lindo da Lili, do Lost... e da Ná, do Menina da Bahia. Obrigada, flores!!! Ameeeeei! Vamos às perguntas e indicações:

  • Qual o livro que está lendo ou qual o último que leu?
Acabei de ler Vem ni mim lili demorada, de Renata Nogueira. Agora estou terminando De Volta para Casa, de John Grogan.
  • Qual o livro preferido?
Ensaio sobre a Cegueira, de José Saramago. Gostei muito também de Don Casmurro, de Memórias do Cárcere, de A Masai Branca, A Princesa e Para Sempre Alice. Mas tem muitos outros, claaaaaaro.
  • Autor, capa, recomendação ou sinopse?
Principalmente recomendação e sinopse. Aprendi a não julgar um livro pela capa, literalmente e como metáfora também. :)
  • Aquele que não sai de sua cabeceira
Hummmmm, são tantos.....tenho um xodó enorme por todos os meus livros, não vendo, não dou e só empresto para quem eu sei que cuida bem...e que devolve!
  • Escritor preferido?
José Saramago.
  • Eu não recomendo
Auto-ajuda.
  • Este selo vai para...
Máquina de Letras
Tudo por um e noventa e nove
Os livros da minha estante
Um livro no chá das cinco

segunda-feira, 7 de setembro de 2009

Marley & Eu - John Grogan - Ediouro


Pensei em nem publicar nada sobre esse livro, porque já se falou tanto sobre ele que fiquei pensando que ninguém se interessaria. Mas, percebi que, como a proposta do Leitura é dividir experiências com vocês, tenho mais é que escrever sobre todos os livros que leio, mesmo que seja só para receber o feedback com as impressões de vocês sobre a mesma obra.

Então, como eu acho que a maioria das pessoas que for ler esse post já terá também lido o livro, proponho que vocês deixem um comentário dizendo se o livro mexeu com vocês da mesma maneira que mexeu comigo. Topa?


Então, vamos lá!


Marley & Eu é um livro lindo, que exprime com riqueza de detalhes, passagens hilárias e uma linguagem muito eficiente a história de uma família em formação e seu cachorro, o "pior cão do mundo". Acho que a experiência de leitura é completamente diferente para pessoas que tiveram/têm cachorros em comparação com aqueles que nunca tiveram um animal de estimação.


Eu tive cachorro desde pequena. Com 10 anos, de tanto conviver com os 15 cachorros que minha avó criava em sua casa, encasquetei que queria ter um para mim. Falei tanto para os meus pais que acabei vencendo os dois pela insistência, ainda mais depois que meu irmão e minha irmã mais novos decidiram me apoiar na empreitada.


Ouvi aquela frase como se fosse o sim para a felicidade eterna: "Tudo bem, Carla. mas você é quem vai cuidar dele". Mais que rapidamente, como toda criança louca por cachorros, prometi do fundo do meu coração que cuidaria, o que nunca aconteceu, claro.


Meu pai começou a procurar canis da raça Teckel, ótima para apartamento e crianças. Todo dia, quando chegava da escola, ia direto pro quartinho de empregada ao som de "Será que hoje tem uma surpresa para você?". Chegava lá e...nada. Foi assim por dias e dias.


Até que um dia, ao acender a luz, vi uma coisa dourada, pequenininha e linda (imagem meramente ilustrativa, mas é parecido) olhando para mim. Foi amor à primeira vista. Brincamos com ela e escolhemos seu nome: Lili. Ela era inteligente, geniosa, carinhosa e muito ciumenta. Era simplesmente obcecada por meu pai, o grande amor de sua vida.

Eu a amava profundamente e convivemos felizes por 10 anos. O momento da despedida foi muito difícil. Eu chorei, gritei e pensei nela todos os dias, antes de dormir, por 4 meses. Chorava de saudade e sonhava regularmente com ela. Enchi o mural do meu quarto com fotos nossas. Foi difícil cair na real de que aquele vulto que eu via no canto da sala era só minha imaginação.


Depois da Lilli veio a Adda e o Allan, dois Rottweilers extremamente lindos, meigos e carinhosos.
Casei, saí da casa dos meus pais e hoje, já que ainda não me sinto preparada para aumentar a família, tratamos o Pança (essa imagem não é meramente ilustrativa, é o Pança mesmo!), nosso Boston Terrier, como o rei da casa. Ele é nosso filho peludo.

Pança é o primeiro cachorro inteiramente meu. E faz dois anos que ele alegra nossas vidas, mas lembro do dia em que fomos buscá-lo em Embu como se fosse ontem.

E é por isso, por tudo isso, que me identifiquei tanto com Marley & Eu. É por isso que ri demais e, dois minutos depois, estava chorando, em prantos.

É por isso que vimos o filme abraçados e, quando percebemos, estávamos agarrados ao
Pança, que lambia nossas lágrimas sem entender nada.

É por isso que, como John diz no final da obra, Marley não era o pior cachorro do mundo, mas sim o melhor, por ter amado tanto sua família, de mandeira tão sincera e incondicional.


Perto disso, as cadeiras roídas, as babas espalhadas e o trabalho que eles nos dão são insignificantes. Marley & Eu é maravilhoso. E preciso dizer que, no dia em que terminei de lê-lo, no metrô, cheguei em casa parecendo a Felícia, louca para abraçar o meu bebê de quatro patas. :)


Sobre o Autor

John Grogan cresceu em Orchard Lake, Michigan, nos arredores de Detroit, e tem graduação pela Central Michigan e pelo Ohio State. Passou mais de vinte anos como jornalista vencedor de muitos prêmios em Michigan, na Flórida e na Pensilvânia e, mais recentemente, como colunista do Philadelphia Inquirer. Também é ex-editor da revista Organic Gardening, da Rodale.

Seu primeiro livro, Marley & Eu, foi um sucesso de vendas no mundo todo e, justamente por isso, foi transformado em filme. Além deste best-seller, há o Cachorros Encrenqueiros se Divertem Mais, em que conta as mais inusitadas travessuras desses fiéis amigos do homem, e de Volta para Casa, seu livro de memórias. Hoje, Grogan vive em uma antiga fazenda na Pensilvânia com a esposa e os três filhos.

sexta-feira, 4 de setembro de 2009

Esse blog tem glamour! :)

Ganhei esse selinho tudo de bom da querida Mariane, do Compartilhando Leituras. Obrigada, flor! Demorei tanto para postar que a maioria dos blogs indicados já deve ter recebido. Mas, agora, vamos às regrinhas:

Regras:

Listar 5 desejos de consumo que te deixariam glamurosa e indicar 10 blogs amigos para receber o presente.


Primeiro, os desejos (essa parte feço de olhos fechados):
  • Roupas, sapatos e bolsas novos everyday até o último dos meus dias
  • Um closet enorme para guardar tudo isso
  • Viajar todo mês
  • Comprar um apê enooorme, de preferência duplex
  • Ter uma casa só para eu poder criar vááários cachorros
Agora, os blogs:

quinta-feira, 3 de setembro de 2009

Selinho!


Ganhei mais um selinho! Dessa vez foi da Marta, uma querida do blog Chuva de Livros. Ganhei também da Ana, do blog Livros, o meu vício. Obrigada, flores! As regras:

Relacionar cinco coisas que adoro na vida:
  • 1-Chocolate
  • 2-Livros
  • 3-Cachorro
  • 4-Viajar
  • 5-Escrever

Ai, cinco é muito pouco!!!

quarta-feira, 2 de setembro de 2009

A Cidade do Sol - Khaled Hosseini - Nova Fronteira

Comprei o livro com 50% de desconto em uma feira de livros da Universidade de São Paulo (USP). Li A Cidade do Sol um tempinho depois de ter lido O Caçador de Pipas, com o intevalo de um livro entre as duas leituras. Depois que terminei, fiquei tentando decidir, por horas, de qual eu havia gostado mais.

O Caçador de Pipas, sobre o qual já comentei aqui no blog, veio cheio de expectativas, por já ser um sucesso mundial e ter sido recomendado por vários amigos. Mesmo assim, minha expectativa, que já era alta, foi superada pelo brilhantismo com que o autor descreve as cenas, os personagens, os pensamentos e os sentimentos ao longo da história.

Já A Cidade do Sol veio sem expectativas, apenas com a certeza de ser uma história muito bem escrita, porque já conhecia o dom do autor. Fiquei simplesmente viciada no livro. Senti raiva, pena, dor, ódio, revolta, todos os sentimentos misturados numa experiência única que me envolveu pelos poucos dias que demorei pra "engolir" a publicação.

Para as mulheres, a identificação acontece logo nas primeiras páginas e serve para avaliarmos e pensarmos sobre nossa condição, nosso papel na sociedade e sobre como a cultura pode mudar a visão de mundo e o sentido de certo e errado das pessoas. Incrível!

Entenda porque é tão especial


A maneira com que o livro foi construído, separado por capítulos que levam o nome ora de uma, ora de outra personagem (o livro gira vem torno de duas mulheres, as pesonagens centrais da história), faz com que nos alternemos no mundo de cada uma, aumentando o envolvimento e a curiosidade para saber o que acontece a seguir. Até que, então, as duas se cruzam na história e, aí, o envolvimento fica maior ainda.

Mariam tem 33 anos. Sua mãe morreu quando ela tinha 15 anos e Jalil, o homem que deveria ser seu pai, a deu em casamento a Rasheed, um sapateiro de 45 anos. Ela sempre soube que seu destino era servir seu marido e dar-lhe muitos filhos. Mas as coisas nem sempre seguem o curso que deveriam...

Laila tem 14 anos. É filha de um professor que sempre lhe diz: "Você pode ser tudo o que quiser." Ela vai à escola todos os dias, é considerada uma das melhores alunas do colégio e sempre soube que seu destino era muito maior do que casar e ter filhos. Mas as coisas nem sempre seguem o curso que deveriam...

Os leitores se manifestam

No submarino, que quase nunca tem comentários nas páginas de livros, enconotrei quase quatro páginas de comentários sobre A Cidade do Sol. O fato reflete o quanto o livro mexe com os leitores. Copiei os melhores, para ilustrar a importância, qualidade e potência da obra:

  • Se há uma palavra para descrever Mariam e Laila, neste livro, está é DIVINDADE. Duas mulheres que sofrem e vivem intensamente sob a opressão de um país e de um marido louco. Um livro que te faz viajar ao Oriente Médio e te faz entender por que aquela região e porque aquele povo é o que é nos dias de hoje. Uma lição de amor, superação, espiritualidade e acima de tudo, de cultura. Este livro é simplismente maravilhoso!
  • Khaled Hosseini sem dúvida é o melhor escritor da atualidade. É um livro simplesmente maravilhoso que me fez chorar por horas e refletir durante dias em como nós mulheres, temos conflitos em comum mesmo em distantes partes do mundo e pensar em tudo que uma mulher abre mão sem pedir absolutamente nada. Há uma Mariam em cada uma de nós.
  • Não tem como avaliar de outra forma, é realmente um dos melhores que já li. Um passeio não tão agradavel pelas ciades do oriente, porém incrivelmente envolvente pelo seu cunho histórico. Um homem retratando a opressão feminina que mesmo sendo vivida em uma cultura diferente da ocidental, não tem como não se identificar. A ostentação masculina é universal e não importa a nacionalidade as mulheres sempre sofrerão a opressão dela. É o pater erguendo a lei, e ai de quem tentar burla-la.
  • Li em cinco dias pois a história é extremamente instigante. Apesar de ser um livro de ficção, nos faz refletir sobre vários temas reais como a submissão e humilhação a que as mulheres de radicais afegãos são submetidas, a difícil vida num país em guerra, a importância da amizade verdadeira e a dura realidade de que a vida nem sempre é como gostaríamos ou tem um final feliz. Apesar de muito triste e impossível de não se emocionar, é uma ótima leitura.
Sobre o Autor

Hosseini nasceu em Cabul, capital do Afeganistão. Sua mãe era professora de uma escola de segundo grau para garotas em Cabul. Seu pai se envolveu com o Ministério do Exterior afegão. Em 1970, o Ministério do Exterior enviou sua família para o Teerã, no Irã, onde seu pai trabalhou para a Embaixada Afegã. Em 1973, Hosseini e sua família retornam à Cabul. Em Julho de 1973, na mesma noite em que nasce o irmão mais jovem de Hosseini, o reino do Afeganistão muda de mãos através de um golpe sem derramamento de sangue.

Em 1976, Khaled Hosseini e sua família se mudam para Paris por conta do novo emprego do seu pai. Eles não voltam ao Afeganistão porque, enquanto estavam em Paris, comunistas tomaram o poder do país por meio de um golpe cruel. Deste modo, foi consentido à família Hosseini asilo político. Suas propriedades foram todas deixadas no Afeganistão e eles foram forçados a sobreviver com ajuda governamental por um curto período.

Hosseini formou-se na escola secundária e inscreveu-se na Universidade de Santa Clara, onde ganhou título de Bacharel em Biologia. Após alguns anos, ele ingressou na escola de Medicina na Universidade da Califórnia, onde recebeu o título de Doutor em Medicina. Khaled Hosseini continua praticando medicina, é casado com Roya Hosseini e tem dois filhos, Haris e Farah.

O que você acha: será que esse vira filme também?

terça-feira, 1 de setembro de 2009

Este blog mexe com meus sentidos

Ganhei esse selinho super meigo da querida Elaine do blog Um pouco de mim (ela já escreveu também uma resenha do leitor, aqui no blog). Obrigada, Elaine!
Vamos às regrinhas: - 5 coisas que mexem com meus sentidos:
  • Música boa
  • Filme emocionante
  • Comida japonesa
  • Viajar com vento batendo na cara
  • Acordar ouvindo um "eu te amo" ao pé do ouvido
- Indicar blogs: