E não é que, ontem, me deparei com um artigo ótimo do Fernand Alphen sobre o método super inn que a maior editora francesa de livros adotou para seus lançamentos?
Algumas editoras brasileiras já captaram que blogs e comunidades na internet podem vender muito mais do que um lançamento à moda tradicional (leia-se, à moda ultrapassada de antigamente), mas enviar manuscritos para blogueiros lerem e, depois, pautar o investimento em divulgação a partir da repercussão obtida é inédito por aqui.
Achei genial, um mergulho profundo nas tendências da Era Web.
Vamos aos detalhes de como tudo funciona, nas palavras do autor:
Quando o livro ainda está manuscrito, a editora envia uma copia, digitalmente é claro, para cerca de 200 leitores que se interessam pelo tipo de literatura em questão. Até aí, nada de novo: as editoras sempre fizeram esse tipo de teste.
Mas o que é diferente é que esses leitores estão devidamente conectados com seus próprios blogs e redes. A turma do sem-blog não serve, assim como não interessa quem só escreva em veículos especializados dead tree society.
A segunda novidade é que essas pessoas estão autorizados a divulgar criticas e o que quiserem do livro para seus leitores, mesmo que seja para destruir a obra ou xupinhá-la. Já sacaram que censura, jabá cozinhado e controle de pirataria é feitiço contra o feiticeiro.
Tudo isso acontece muitos meses antes do lançamento. Depois de um tempo, a editora analisa as repercussões, dos blogueiros e da audiência. Isso irá pautar o tipo de lançamento, o investimento na divulgação, e, claro, a tiragem do livro.
Não é demais? Eu bem que fiquei louca para receber uns manuscritos. :)
Ainda mais agora que estou entrando em uma nova empreitada. De leitora à escritora. Mas, vamos com calma, porque isso é assunto para um outro post...