segunda-feira, 15 de julho de 2013

Limites sem Traumas - Tânia Zagury - Ed. Record



Li esse livro quando meu filho ia completar 1 ano de idade (hoje ele tem 1 ano e 10 meses) e foi maravilhoso! Quando ele começou a andar e a ficar mais independente, veio junto as vontades e frustrações. Para que a gente não entre na onda e não percamos o controle, é importante ter muito claro o que acontece em casa fase do bebê e, além disso, ter muito claro a linha de educação que você quer seguir.

Eu pretendo disciplinar com conversa, cantinho e tempo para pensar e, mais para frente, com causas e consequências. Não pretendo dar tapas ou surras, pois acredito que esse tipo de atitude é, querendo ou não, um tipo de violência (por mais que a intenção seja educar e não fazer o mal) e acaba ensinando que a criança é subjulgada, que o mais forte vence e que precisa obedecer não por ser o certo e sim para não sentir dor física. Para mim, essa educação é por medo e acaba não educando plenamente, acaba não ensinando o motivo real de a atitude ter decepcionado os pais.

Eu fui criada com tapinhas e surras leves (nunca fui espancada nem fiquei com marcas) e confesso que o instinto é perpetuar o que a gente conhece por educação. Mas pretendo quebrar esse ciclo e, para isso, nada melhor do que ler, me informar e estudar. 


Foi aí que conheci o livro de Tânia Zagury, que segue esta mesma linha de pensamento que pretendo seguir. Em seu livro, ela explica porque é contra os tapas e exemplifica muitas situações comuns, mostrando como agir em cada uma delas. É óbvio que o dia a dia não se parece em nada com teorias, mas achei muito válido ter esses exemplos no livro, pois ilustra de forma prática os ensinamentos teóricos. Cabe aos pais irem adaptando os desafios e reagindo de acordo com o que acreditam.

O livro foi muito útil para mim, pois como meu filho estava passando por seus primeiros choros de raiva, tentando impor suas vontades pela primeira vez. E eu ficava sem saber como agir. A única coisa que sabia é que não podia ceder e nem ser incoerente com o que eu ou o pai tínhamos falado inicialmente. Se é não, é não. Não posso transformá-lo em sim depois de um acesso de choro do bebê. Mas, como agir nessas horas?

Foi aí que as dicas do livro me ajudaram bastante. E o mais legal é que ela separa dicas de acordo coma faixa etária, o que faz todo o sentido (inclusive vou reler uns capítulos, agora que meu filho já tem quase 2 anos).

E posso dizer que depois de 10 meses aplicando os ensinamentos, muitas vezes olho com uma cara de reprovação para meu filho e ele já para, pensa e não completa a ação não permitida. São pequenas vitórias que dão força e renovam nossa paciência para seguir em frente. Sim, porque educar exige, mais do que tudo, paciência e perseverança.

Recomendo! E digo mais: recomendo tanto para pais quanto para tias, padrinhos, avós e demais pessoas próximas a crianças.

Sobre a autora


Tania Zagury é carioca, casada e mãe de dois filhos. A inclinação para o magistério manifestou-se muito cedo. Aos 11 anos, elaborou cartilha com a qual alfabetizou a irmã caçula, então com 5 anos. O desejo de ver progredir a Educação no Brasil fez com que, desde seu ingresso na Universidade, dedicasse metade de seu tempo à pesquisa. Seus textos vêm sendo reproduzidos em dezenas de sites, utilizados como fonte de consulta em trabalhos de conclusão de cursos de formação de professores (TCC), em provas de concursos vestibulares e outros, além de por vezes servirem de base a juízes, magistrados e legisladores em geral, quando o julgamento envolve questões educacionais.


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