"O autor Jack Kornfield diz que a questão mais importante no final da nossa vida não é o quanto trabalhamos ou o quanto realizamos. É: Amei bem?"
"...Fantasia não é uma fuga do nosso mundo, mas um convite para se aprofundar nele".
"Também agradeço a Deus por nunca fazer a dor durar tempo demais. A dor é muito ruim, mas sempre vai embora"
"A medida de uma amizade não tem a ver com presença física, mas, sim, com seu significado. Bons amigos, virtuais ou não, motivam nossa empatia, nos confortam e também nos arrancam das prisões de nós mesmos".
Se você quer uma dica útil antes de começar esse livro, aí vai: providencie uma caixinha de lenços e deixe-a do seu lado durante a leitura. Sim, sou manteiga derretida e, se você não for, pode até ser que não chore O N Z E vezes durante a leitura do livro como eu, mas certamente ficará tocado profundamente pela vida breve, porém iluminada de uma adolescente que nasceu pra ser estrela. Seu nome era Esther (significa estrela) Grace Earl.
Amava animais, tinha sorriso fácil, era linda mesmo com seu cabelo rebelde e sonhava em beijar um menino, até que, com 12 anos, recebeu uma notícia impossível de ser digerida por qualquer adulto cheio de maturidade, quanto mais para uma adolescente com a vida toda pela frente: câncer da tireóide. Um câncer raro em crianças, que se espalhou para os pulmões e que jamais deixaria o corpo de Esther. Ela reagiu à notícia com toda a resignação e sabedoria que lhe eram peculiares e lutou por quatro anos para ter mais tempo.
E pra que? Pra viajar mais? Pra ficar com os pais? Pra fazer novas amizades? Também, mas principalmente, para AJUDAR o mundo de alguma maneira. Incrível! Ao invés de pensar em si, de vitimizar sua condição e de ter ódio do mundo, ela escolheu o amor. E, talvez, por ser tão especial, esse mundo fosse pequeno demais para ela. Com 16 anos, Esther deu seu último suspiro profundo (você vai entender porque o suspiro profundo tem tanto significado quando ler o livro) e partiu.
Eu já tinha me apaixonado por Esther lendo A Culpa é das Estrelas, de John Green, e depois que assisti aos seus vídeos no YouTube, fiquei ainda mais admirada por sua força e evolução espiritual.
Só que o fato é que o romance de John Green foi só inspirado em Esther, mas não era sobre a vida dela, nem sobre ela especificamente. Então, quando fiquei sabendo do lançamento de A Estrela que nunca vai se apagar, reunindo textos de seus pais, amigos, irmãos e do diário da própria Esther, fiquei L O U C A
Nunca vou esquecer do dia em que o livro chegou na minha casa pelo correio, presente de aniversário dado por uma grande amiga. Aquele foi um dia BEM especial, tanto pela chegada do livro quanto por tudo o que essa chegada representou (não entendeu nada? ótimo! haha). No dia seguinte comecei a leitura e comecei, também, a conhecer a verdadeira Esther. Já contei ali em cima que o sonho dela era fazer a diferença no mundo. Será que ela conseguiu? Só lendo o livro pra saber. :)
Apesar de toda a positividade de Esther, no auge da maluquice de uma menina adolescente, o livro é essencialmente sobre morte. Sobre doença e morte. Sobre uma família que vê um de seus integrantes vivendo um dia de cada vez. Sobre luta, esperança e, principalmente, amor. O livro é sobre a vida real, então ele não tem um final épico e feliz. Mas ele deixa a sensação de que a passagem iluminada dessa estrela no nosso mundo louco e cruel valeu a pena e, agora, será imortalizada. Leiam A Estrela que nunca vai se apagar, a memória de Esther merece!
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