terça-feira, 11 de junho de 2013

Rumo a outro Verão - Janet Frame - Ed. Planeta do Brasil



Rumo a outro Verão foi um livro que me pegou pela sinopse. Achei que ia ser um livro lindo, sutil, profundo e....que decepção!

O livro foi escrito em 1963, quando Janet Frame vivia em Londres. Ele foi publicado após sua morte (em 2004, de leucemia) pois ela achava que ele era pessoal demais para ser publicado enquanto ela estava viva.




É um romance autobiográfico, em que a autora usa metáforas o tempo inteiro para desenvolver a história e mostrar que sentia-se perdida, sem saber ao certo o seu lugar no mundo. A história conta como Grace Cleave se sente ao passar um fim de semana fora de sua casa, na casa de um casal amigo com seus dois filhos.

Eu achei difícil de acompanhar, a narrativa ora é em primeira pessoa, ora em terceira e os acontecimentos são tão sem expressão que não dava nem vontade de prosseguir. O livro é pesado, denso, triste, pois faz parecer que a autora não encontrava um significado para sua vida, algo pelo qual ela poderia acordar todos os dias. Sendo uma obra autobiográfica, fiquei imaginando que a autora deve ter sido bem triste, passado por tragédias durante a vida ou algo parecido.


Curiosa como sou, fui pesquisar. E não é que ela teve uma vida incrivelmente trágica? Li nesse site que, aos 23 anos, ela foi diagnosticada erroneamente com esquizofrenia. Até completar 30 anos, Janet passou por diversas instituições psiquiátricas e passou por mais de 200 (duzentos!!!) tratamentos de choque.

Ela lançou seu primeiro livro, de contos, em 1951 com o título The Lagoon and Other Stories. Frame estava prestes a ser submetida a uma lobotomia nesta altura, o que foi evitado quando se soube que tinha ganho o Prémio Hubert Church Memorial.


Sobre a autora

Romancista e poetisa neo-zelandesa, Janet Paterson Frame nasceu a 28 de agosto de 1924, em Southland, Dunedin, na Nova Zelândia, e morreu a 29 de janeiro de 2004, num hospital de Dunedin, vítima de leucemia. Lançou o seu primeiro livro, uma coletânea de contos, em 1951 com o título The Lagoon and Other Stories. Ganhou o Prémio Hubert Church Memorial.

Em 1954 e 1955 viveu com Frank Sargeson, que a encorajou a seguir uma carreira literária. Em 1956 Jante Frame acabou por deixar o seu país com a ajuda de uma bolsa estatal e nos sete anos seguintes viveu, sucessivamente, em Ibiza (Espanha), Andorra e Inglaterra. Durante esse período escreveu, em 1957, The Owls do Cry, baseado na sua experiência familiar, Faces in the Water, em 1961, The Edges of tha Alphabet (1962), Scented Gardens for the Blind, The Reservoir, Sonwman, Snowman, todos em 1963.
Escreveu uma autobiografia em três volumes, To the Island (1982), An Angel at My Table (1984) e The Envoy From Mirror City (1985).

Em 1989 lançou The Carpathians, obra que lhe valeu a obtenção do Prémio da Commonwealth, comunidade de estados de influência britânica. A 6 de fevereiro de 1990 foi nomeada membro da Ordem da Nova Zelândia. Nesse mesmo ano o seu livro An Angel at My Table foi adaptado ao cinema.
Por diversas vezes, nomeadamente em 2003, Frame foi apontada como potencial vencedora do Prémio Nobel da Literatura, embora nunca tenha conseguido ganhar.


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