Desde 2010, quando publiquei a resenha do leitor sobre esse livro, ele estava na minha lista de desejados. E só fui conseguir lê-lo três longos anos depois, agora em 2013. Trata-se de uma autobiografia sexual, do mesmo jeito que é 100 Escovadas antes de ir para Cama, de Melissa Panarello.
Para alguém
Ao contrário de 100 escovadas, esse livro não é fácil de ler. A linguagem é rebuscada e muito confusa, em alguns momentos. Frases extremamente longas, analogias complexas e parágrafos enormes fazem parte constante da leitura.
Na essência, a obra resume que sexo e amor são coisas completamente diferentes. E, por mais que as mulheres tenham sido criadas para não separar uma coisa da outra, Catherine conseguia fazer isso tranquilamente desde sempre
Eu não gostei do tipo de narrativa. Para mim, a leitura ficou bem truncada por causa disso. Se o texto tivesse sido escrito de forma mais casual, acho que teria dado muito mais certo.
Outro fato que me causou estranheza foi ela narrar suas experiências de forma fria, sem expressar seus sentimentos e sensações. É estranho, mas parecia que ela estava flutuando fora de seu corpo enquanto via ela mesma tendo essas experiências.
Apesar de não ter gostado muito do livro, adorei o fato de Catherine ter se jogado e assumido seus desejos perante o mundo. Porque não é só homem que pode ser solteiro convicto e ir atrás de quantidade, néam?
A partir do momento em que é todo mundo ser humano, as vontades estão aí para serem vividas. Todo mundo tem o direito de fazer o que tem vontade e bem entende. Afinal, quem ousar julgá-la, por um acaso, teria um motivo real
O livro é forte, deixa a gente meio perplexa e é extremamente sincero, mas também é difícil de ler e bem truncado.
Sobre a Autora
Nascida em 1948 na França, Catherine Millet é fundadora e diretora da Art Press, uma das mais influentes revistas de arte francesas, além de autora de Arte contemporânea na França (1987) e Arte contemporânea: história e geografia (2006), entre outros livros. É especialista na obra do pintor espanhol Salvador Dalí e do artista plástico Yves Klein. Conquistou milhões de leitores com o polêmico A vida sexual de Catherine M. (2001), marco na escrita feminina sobre sexo.
...porque não há prazer sem dor. Não é mesmo?
ResponderExcluirAbraço,
Gus