quinta-feira, 27 de junho de 2013

Cinquenta Tons Mais Escuros - E.L. James - Ed. Intrínseca



O segundo volume da trilogia não trouxe muitas surpresas, mas continuou tão viciante como o primeiro. Eu também não conseguia parar de ler e li este volume em dois dias! Você pode conferir minha resenha de 50 tons de cinza aqui, em que conto porque sinto um carinho especial por essa trilogia.

Em 50 Tons mais Escuros, Ana tenta fugir do que começa a sentir por Gray. Ele a confunde ainda mais, porque é carinhoso, atencioso, cavalheiro, ao mesmo tempo em que é estranho, indecifrável e frio. Eles se separam e muitas páginas do livro retratam esses momentos de dor profunda para Ana. Eu confesso que fiquei aflita e sofri junto, gente!

E os segredos do Sr. Gray, que já imaginamos quais sejam, ficam um pouco mais claros nesse livro. Já as cenas bem hot do primeiro ficam mais raras e mais "românticas" neste segundo volume. A aventura e o suspense fica em alta na história, que acaba com um cliffhanger (não sabe o que é isso?), em um momento de pura ação, deixando a gente com uma vontade louca de já pegar o terceiro livro e começar a ler na sequência! A história e os personagens foram mais trabalhados nesse livro, em detrimento das cenas puramente eróticas do primeiro (que eu achei ótimas, por sinal).

Para finalizar, deixo um trecho do primeiro livro da trilogia, só para aguçar a  vontade de quem ainda não se rendeu aos 50 tons:


Gray: - Eu gostaria de morder esse lábio — murmura ele num tom sinistro.

Engasgo, totalmente sem perceber que estou mordendo o lábio inferior, e fico boquiaberta. Essa deve ser a coisa mais sensual que alguém já disse. Minha pulsação se acelera, e acho que estou arfando. Minha nossa, me transformei em uma massa confusa e trêmula, e ele ainda nem tocou em mim. Contorço-me na cadeira e encaro seu olhar sinistro.
Ana: - Por que não morde? — desafio baixinho.

Gray: - Porque não vou tocar em você, Anastasia. Não até ter seu consentimento por escrito para fazer isso.”


Sobre a autora

Erika Leonard James nasceu em 7 de março de 1963 e é mais conhcida pelo pseudônimo de E.L. James. É britânica e autora da trilogia 50 tons, que a lançou como escritora. O sucesso dos livros foi tanto que ela já vendeu os direitos para a filmagem do filme. Em 2012 foi considerada pela revista Time umas das 100 pessoas mais influentes do mundo.


quinta-feira, 20 de junho de 2013

Cinquenta Tons de Cinza - E.L. James - Ed. Intrínseca


Acho que todos os blogs sobre livros já devem ter escrito uma resenha sobre 50 Tons de Cinza. A febre foi tanta que dificilmente alguém que goste muito de ler escapoou da trilogia, nem que tenha sido por mera curiosidade. No meu caso, foi. Eu sempre adorei biografias, apesar de ler muitos estilos, mas nunca tinha lido um livro erótico. A trilogia 50 tons foi minha primeira (de muitas) e, por isso, sinto um carinho especial por ela.

Acho que uma das maiores contribuições desse "buzz" todo em torno do livro tenha sido essa: fazer com que as mulheres passassem a ler esse tipo de livro sem sentir vergonha, além de expressar suas vontades entre 4 paredes e entender  que o importante é ser feliz. Nada de preconceitos, amarras, politicamente correto. Isso tudo são, muitas vezes, questões inimigas do prazer. E, vamos combinar, a vida é muito curta!


Voltando à história, dizem que a autora se baseou na saga Crepúsculo, que ela adora, para escrever a trilogia, pensando em fazer algo parecido, só que mais "adulto". Eu não li a saga (apesar de todos os livros já estarem aqui comigo, esperando sua vez chegar na imensa fila de livros que tenho pra ler ainda esse ano), mas amigas que leram realmente lembraram muito de Edward e Bella em alguns momentos.

Para mim, o forte do livro são realmente as cenas de sexo, bem exploradas, com detalhes que aguçam a imaginação e fazem as cenas praticamente surgirem em frentes aos seus olhos. O resto da história, se eliminássemos as cenas "hot", seria bem mais ou menos.

Neste primeiro livro, a narrativa é bem fácil, quase teen. O momento em que os personagens principais se conhecem e começam um relacionamento nada convencional é explorado. Tem até um contrato sexual  na íntegra no meio da história, que Christian fez para que Ana assinasse antes de começarem seu envolvimento. Eu li o livro em 2 dias e posso dizer que a história me fisgou. Fui dormir de madrugada porque simplesmente não conseguia parar de ler (e só tenho tempo de ler das 22h em diante). Quando o livro acabou, fiquei insana para começar logo o segundo. 

Gostei da história e ri alto na hora em que Ana entra na sala de Grey. A passagem é bem engraçada! E olha que não é nada fácil me fazer rir.

E, sobre Grey, o que falar dele? Além de ele ser lindo, ter o corpo perfeito, saber tudo e mais um pouco sobre como dar prazer a uma mulher e ser milionário, acho que não tenho mais muito o que falar. Mas, nem precisaria, né? Hahahahaha.

E o livro não tem pontos negativos? Sim! Tenho dois para citar: o primeiro é a narrativa infantilizada que a autora usa, talvez por falta de experiência mesmo. E a segunda (e a que realmente me irritou) é a constante conversa de Ana com sua "deusa interior". Isso era chato demais e só truncava a leitura, sem trazer absolutamente nehnuma informação nova ou relevante.

Se vale a pena ler? Depende! Se você já está acostumado a ler livros eróticos, talvez não. Mas, se você nunca leu, é uma ÓTIMA pedida para começar.

Sobre a autora

Erika Leonard James nasceu em 7 de março de 1963 e é mais conhcida pelo pseudônimo de E.L. James. É britânica e autora da trilogia 50 tons, que a lançou como escritora. O sucesso dos livros foi tanto que ela já vendeu os direitos para a filmagem do filme. Em 2012 foi considerada pela revista Time umas das 100 pessoas mais influentes do mundo.




terça-feira, 18 de junho de 2013

Pulmão de Aço - Eliana Zagui - Ed. Belaletra Editora


Uma bela noite, meu marido chegou em casa super emocionado, dizendo que tinha visto uma reportagem na internet sobre um residente do Hospital das Clínicas (HC). Depois de me contar a história de Paulo resumidamente, estendeu um embrulho para mim. Logo percebi, pelo formato, que se tratava de um livro. Quando abri e li o título Pulmão de Aço, não entendi muita coisa. Como estava no final de um livro, que terminaria naquela mesma noite, já levei o Pulmão de Aço para meu criado-mudo, pois alguma coisa me disse para eu passar esse livro na frente da minha enorme lista de livros para ler em 2013.

Ainda bem que não demorei para ler. Ainda bem que ganhei esse presente. Ainda bem que Eliana teve a serenidade e a sabedoria para escrever (com a boca!!!) esse livro. Acho que nem que eu viva mil anos vou esquecer as mensagens que ficaram dessa leitura. E a principal delas só reforçou algo que eu já imaginava: por mais difíceis que sejam as provações da vida, se houver amor incondicional, apoio, suporte, nada torna-se impossível.

O caso de Eliana é ainda mais raro, porque ela conseguiu superar 36 anos numa UTI do HC, mesmo sem o suporte e o amor familiares que tanto lhe fizeram falta. Deixe-me explicar melhor.

Eliana, a autora, foi diagnosticada com Paralisia Infantil quando tionha 1 ano e 9 meses de idade. Quando o diagnóstico veio, a doença já tinha avançado e Eliana já estava paralisada completamente do pescoço para baixo. Os médicos internaram a criança, mas deixaram claro para os pais que a morte era questão de horas. Isso foi ha 34 anos e, desde então, Eliana tem o HC como sua casa e a equipe médica como sua família.

Seus melhores e únicos amigos, seis crianças internadas em situações parecidas, foram morrendo pouco a pouco. Das vitimas daquele surto de Polio, Eliana e seu amigo Paulo são os últimos sobreviventes. No livro, ela conta toda a sua vida, seus sentimentos, suas frustrações, suas aventuras e seus desejos para o futuro.

É lindo, bem escrito e extremamente tocante. Quando terminei a última página, minha vontade era sair de casa, dirigir até o HC e dar um abraço daqueles em Eliana. Além de contar sua vida, ela acaba contando a história da polio e do próprio HC, além de citar e descrever como profissionais de saúde (enfermeniros, auxiliares e médicos) podem trabalhar sem esquecer a compaixão, o amor ao próximo e a sensibilidade. Leitura mais que obrigatória! Foi para a minha seleta lista de livros favoritos.

Dicas:
1 - Antes de começar a leitura, já reserve uma caixinha de lenços e deixe-a sempre a mão. Você vai precisar.
2 - Se você tiver filhos, avise-os de que, provavelmente, você irá agarrá-los e abraçá-los mais do que o normal. :)


Sobre a autora


Eliana escreve sobre ela em seu site:

"Sou Eliana Zagui, nascida em Guariba – interior de São Paulo, no dia 23/03/1974.
  Desde um ano e nove meses de idade, moro no Hospital das Clínicas - SP, devido
  à Poliomielite (Paralisia Infantil) a qual me paralisou do pescoço para baixo,
  obrigando-me a viver 24 horas num respirador artificial.
  Vivendo e morando todo esse tempo no hospital, pude e ainda tenho oportunidades
  de aprender de tudo um pouco que uma pessoa dita "normal” é capaz.
  Aprendi a ler, escrever, pintar quadros, virar páginas de livros e revistas, teclar no
  computador, no telefone, colar adesivos e muito mais, somente com a boca".

quinta-feira, 13 de junho de 2013

A Filhinha do Papai - Mary Higgins Clark - Ed. Record



Não conhecia essa autora e só li esse livro porque me interessei pelo nome e acabei trocando com uma outra usuária do Skoob, que estava louca por um livro meu. Já no primeiro capítulo notei a qualidade da escrita da autora e a historia singular que o livro trazia. Agora, virei fã da autora e, pesquisando no próprio Skoob, vi que ela já é super famosa e tem vários livros publicados!!

A história é sobre Ellie Cavanaugh, uma jornalista investigativa que busca desvendar todos os detalhes do assassinato de sua irmã mais velha, Andrea, 22 anos antes, depois que o condenado recebe liberdade condicional. Ellie não aceita que Rob seja solto, mesmo tendo cumprido 22 anos de pena. Ele sempre jurou inocência e sua culpa nunca ficou realmente provada, mas Ellie fará de tudo para que isso aconteça. Porém, descobertas sobre outros acontecimentos começam a deixar dúvidas sobre quem é realmente o assassino de sua irmã. Será que ela se enganou todo esse tempo?

O livro é tão bom que até o último capítulo a gente fica com dúvidas sobre quem é realmente o assasssino. Até dos pais das meninas eu cheguei a desconfiar. A autora é extremamente talentosa e prende o leitor o tempo inteiro, não deixando a história esfriar em nenhum momento. A sensação que eu tive é que, se demorasse muito para ler, o assassino poderia fugir. Hahahaha

Sensacional! OUtro que foi para a minha seleta lista de favoritos. :)

Sobre a Autora


Mary Higgins Clark nasceu em Bronx, Nova Iorque. O pai morreu quando ela tinha dez anos, deixando a família numa situação económica difícil. Depois de terminar os estudos do ensino secundário, Mary tirou um curso de secretariado e trabalhou como secretária numa agência de publicidade durante três anos. Abandonou a agência para trabalhar como hospedeira do ar na Pan American Airlines, onde ficaria até ao seu casamento com um amigo de longa data, Warren Clark. Em 1956 começou a escrever contos para jornais e revistas e peças para a rádio. O primeiro livro que publicou foi uma biografia de George Washington, Aspire to the Heavens.

Warren viria a morrer em 1964, vítima de um ataque de coração. Mary ficou com cinco filhos a seu cargo. Foi então que decidiu dedicar-se à escrita. Todos os dias se levantava às 5 da manhã e escrevia até às 7, hora a que preparava os filhos para a escola.

O seu primeiro livro policial Where Are the Children?, publicado em 1975, tornou-se um best-seller. Mary decidiu continuar os estudos e inscreveu-se na Fordham University, onde, em 1979, se doutorou summa cum lauda em Filosofia. Desde então foi distinguida com 16 doutoramentos honoris causa e tem recebido numerosos prémios literários. Os seus livros estão traduzidos em várias línguas.

terça-feira, 11 de junho de 2013

Rumo a outro Verão - Janet Frame - Ed. Planeta do Brasil



Rumo a outro Verão foi um livro que me pegou pela sinopse. Achei que ia ser um livro lindo, sutil, profundo e....que decepção!

O livro foi escrito em 1963, quando Janet Frame vivia em Londres. Ele foi publicado após sua morte (em 2004, de leucemia) pois ela achava que ele era pessoal demais para ser publicado enquanto ela estava viva.




É um romance autobiográfico, em que a autora usa metáforas o tempo inteiro para desenvolver a história e mostrar que sentia-se perdida, sem saber ao certo o seu lugar no mundo. A história conta como Grace Cleave se sente ao passar um fim de semana fora de sua casa, na casa de um casal amigo com seus dois filhos.

Eu achei difícil de acompanhar, a narrativa ora é em primeira pessoa, ora em terceira e os acontecimentos são tão sem expressão que não dava nem vontade de prosseguir. O livro é pesado, denso, triste, pois faz parecer que a autora não encontrava um significado para sua vida, algo pelo qual ela poderia acordar todos os dias. Sendo uma obra autobiográfica, fiquei imaginando que a autora deve ter sido bem triste, passado por tragédias durante a vida ou algo parecido.


Curiosa como sou, fui pesquisar. E não é que ela teve uma vida incrivelmente trágica? Li nesse site que, aos 23 anos, ela foi diagnosticada erroneamente com esquizofrenia. Até completar 30 anos, Janet passou por diversas instituições psiquiátricas e passou por mais de 200 (duzentos!!!) tratamentos de choque.

Ela lançou seu primeiro livro, de contos, em 1951 com o título The Lagoon and Other Stories. Frame estava prestes a ser submetida a uma lobotomia nesta altura, o que foi evitado quando se soube que tinha ganho o Prémio Hubert Church Memorial.


Sobre a autora

Romancista e poetisa neo-zelandesa, Janet Paterson Frame nasceu a 28 de agosto de 1924, em Southland, Dunedin, na Nova Zelândia, e morreu a 29 de janeiro de 2004, num hospital de Dunedin, vítima de leucemia. Lançou o seu primeiro livro, uma coletânea de contos, em 1951 com o título The Lagoon and Other Stories. Ganhou o Prémio Hubert Church Memorial.

Em 1954 e 1955 viveu com Frank Sargeson, que a encorajou a seguir uma carreira literária. Em 1956 Jante Frame acabou por deixar o seu país com a ajuda de uma bolsa estatal e nos sete anos seguintes viveu, sucessivamente, em Ibiza (Espanha), Andorra e Inglaterra. Durante esse período escreveu, em 1957, The Owls do Cry, baseado na sua experiência familiar, Faces in the Water, em 1961, The Edges of tha Alphabet (1962), Scented Gardens for the Blind, The Reservoir, Sonwman, Snowman, todos em 1963.
Escreveu uma autobiografia em três volumes, To the Island (1982), An Angel at My Table (1984) e The Envoy From Mirror City (1985).

Em 1989 lançou The Carpathians, obra que lhe valeu a obtenção do Prémio da Commonwealth, comunidade de estados de influência britânica. A 6 de fevereiro de 1990 foi nomeada membro da Ordem da Nova Zelândia. Nesse mesmo ano o seu livro An Angel at My Table foi adaptado ao cinema.
Por diversas vezes, nomeadamente em 2003, Frame foi apontada como potencial vencedora do Prémio Nobel da Literatura, embora nunca tenha conseguido ganhar.


segunda-feira, 10 de junho de 2013

Mayada - Jean P. Sasson - Ed. Best Seller



Depois de ler a trilogia da Princesa, da mesma autora, lá fui eu comprar Mayada e De amor e de Chamas, para continuar prestigiando as obras de uma mulher que escreve tão bem. Já publiquei as resenhas da trilogia. Para quem não leu, clique aqui, aqui e aqui.

Mayada é realmente igualmente bem escrito. A gente não consegue parar de ler e pensa várias vezes durante a leitura como somos abençoadas por ter nascido em um País onde as mulheres não são tratadas como seres inferiores. Mas, vamos à história, para vocês entenderem sobre o que estou falando.

Mayada conta a história de uma mulher iraquiana bem nascida, com família influente e de boas relações. No fim das contas, esse foi o "detalhe" que salvou a sua vida. Porque, do contrário, ela teria sido torturada cruelmente até seu corpo não aguentar mais e desistir de acordar após um dos desmaios frequentes que alguém que sente mais dor do que consegue suportar sofre.

O livro é forte, é verdadeiro e conta, além de histórias sobre as mulheres que dividiram a cela da prisão com Mayada, muita coisa sobre o regime de Saddam Hussein. Ler Mayada é ter uma aula de história do Iraque, também.

Em 1999, Mayada foi presa sem saber o motivo. Ela não fazia absolutamente nada que pudesse ser interpretado como oposição ao governo. Levava uma vida tranquila com os dois filhos e, do nada, foi levada para Baladiyat, quartel-general da polícia secreta iraquiana. Lá descobriu que estava sendo acusada de imprimir folhetos contra o governo (ela era dona de uma gráfica).

Mayada então é colocada na cela 52 com mais 17 mulheres de diversas origens. As mulheres-sombras, como Mayada as chamava, se encantam pelas histórias dela e também acabam contando suas histórias, todas relatadas no livro. Elas passam a conviver, a ajudar umas às outras, a rezar pela vida da torturada da vez enquanto ela não voltava para a cela, a tratar dos ferimentos e dos ataques de tristeza, depressão e saudade. Elas passaram a se amar.

Um mês depois, Mayada foi solta, voltou para os filhos e fugiu para a Jordânia. Perto do final do livro ficamos com muita esperança de que tudo vai acabar bem para todas as mulheres-sombras, por conta da soltura de Mayada, mas depois, ao termionar a leitura, lembramos que o livro é sobre uma história real, e não um conto de fadas.

Eu já li muitos livros sobre esse tema. Quem lê meu blog sabe que é um dos meus temas favoritos. Mas Mayada, com certeza, foi um dos melhores livros que já li. Leitura mais que obrigatória!


Sobre a autora

Jean P. Sasson é autora da trilogia best-seller "Princesa", "As Filhas da Princesa" e "Princesa Sultana", que mostraram ao Ocidente a realidade sobre a vida das mulheres na Arábia Saudita. Seu primeiro livro, o sucesso editorial "The Rape of Kwait", vendeu mais de um milhão de cópias e alcançou o segundo lugar na lista do jornal norte-americano "The New York Times". Sempre envolvida com temas ligados às mulheres, Jean Sasson é americana, viveu na Arábia Saudita e viajou por todo o Oriente Médio.

Há ainda o livro "Amor em Terra de Chamas", da mesma autora. Tenho ele guardadinho aqui na minha estante. Em breve posto a resenha por aqui. :)

quinta-feira, 6 de junho de 2013

A Lista Negra - Jennifer Brown - Ed. Gutemberg


Ganhei esse livro no natal de 2012, logo depois que ele foi lançado no Brasil. A obra estava sendo muito comentada por tratar de um dos assuntos do momento entre professores, pais e psicólogos: o bullying.

Dia 05 de janeiro de 2013 eu já tinha lido o livro. A história foi a primeira que li a abordar o bullying como assunto principal. Voltado para o público adolescente e pré-adolescente, o livro é uma ótima pedida para jovens em idade escolar. Para quem sofre, faz pensar. E para quem comete, leva à reflexão.

Esse é o romance de estréia da autora e eu confesso que estava desconfiada, mas fui surpreendida positivamente. Apesar de achar algumas partes um pouco repetitivas, o livro é bem escrito, a história é bem amarrada e a leitura é prazerosa, envolvendo-nos nos fatos.

A história é super criativa e aborda a vida de Valerie Leftman, uma menina que sofria bullying constantemente juntamente com seu namorado. Ela criou, então, uma lista negra como maneira de expressar sua mágoa e indignação. Mas, o que era uma brincadeira para ela, era muito sério para Nick Levil, seu namorado. Ele entra na escola e tenta matar um por um. 


Valerie Leftman sobrevive, apesar de ter sido atingida ao tentar defender uma das vítimas no momento do ataque, mas sua vida nunca mais será a mesma.

Apesar de ter como público-alvo pré-adolescentes e adolescentes, eu gostei do livro e recomendo a leitura. Apesar de nunca ter sofrido bullying na escola, a história me tocou bastante. Tenho um filho de quase 2 anos e sei que ainda é cedo para falar sobre isso com ele. Mas pretendo ensiná-lo a respeitar o próximo e as diferenças. Acho que, para mim, pior do que saber que meu filho sofre bullying é saber que ele comete. É um absurdo pais que fecham os olhos para crueldades cometidas por seus filhos. Um dia, essa crueldade pode se voltar para a própria família, inclusive. Leitura aprovada. Recomendo!

O que é Bullying

Bullying é um termo utilizado para descrever atos de violência física ou psicológica, intencionais e repetidos, praticados por um indivíduo (do inglês bully, valentão) ou grupo de indivíduos causando dor e angústia, sendo executadas dentro de uma relação desigual de poder.

Em 20% dos casos as pessoas são simultaneamente vítimas e agressoras de bullying, ou seja, em determinados momentos cometem agressões, porém também são vítimas de assédio escolar pela turma. Nas escolas, a maioria dos atos de bullying ocorre fora da visão dos adultos e grande parte das vítimas não reage ou fala sobre a agressão sofrida. (Fonte: Wikipedia)

A questão de que a maioria das pessoas que sofrem bullying não contam/relatam os acontecimentos para os familiares é a principal preocupação dos profisisonais. O bullying pode causar danos sociais para o resto da vida e, se os jovens forem incentivados a confiarem e se abrirem para seus pais, isso pode ser evitado.

Sobre a autora

Duas vezes vencedora do Prêmio Erma Bombeck Humor Global (2005 e 2006), a coluna semanal de humor de Jennifer deu lugar para uma romancista juvenil. Seu romance de estréia, A Lista Negra, ganhou diversos prêmios e seu segundo romance, BITTER END (ainda sem tradução para o português) vai pelo mesmo caminho.

Jennifer escreve e mora em Kansas City, com o marido e seus três filhos.