quarta-feira, 23 de dezembro de 2009

Então...é Natal!!!!

Queridos e queridas, deixo vocês com um selinho especial de Natal, que ganhei da fofa Tinkerbell, do My Imaginarium, da Mari, do Compartilhando Leituras, da Patricia, do Entre Páginas e da Flicka, do Mil Livros, um Sonho. Amei, flores!

Nesse momento estou na Bahia, curtindo os últimos dias do ano no melhor estilo. Volto dia 04/01 e prometo atualizar o blog. Afinal, também mereço um recesso, né? Fui boazinha esse ano! :)

Regras do selo: 1. Enumerar 5 livros que gostariam de receber no natal!

Dois deles eu já recebi, mas ainda não li:

  • A Melodia do Adeus (Nicholas Sparks)
  • O nome do vento (Patrick Rofthuss)
  • A soma dos Dias - Isabel Allende
  • Sorte: um caso de estupro - Alice Sebold
  • Renato Russo: o filho da Revolução - Carlos Marcelo
2. Oferecer o selo no minimo a 3 blogs
E FELIZ 2010!!!!!!!!!!!

sexta-feira, 18 de dezembro de 2009

Meu caro H - A convivência de um escritor com o vírus da Aids - Samir Thomaz - Ática

O título do livro, Meu caro H, significa meu caro HIV. H é o apelido "carinhoso" que o autor dá ao vírus. Li esse livro na adolescência, logo que ele foi lançado. Lembro que ele chegou nas minhas mãos porque minha mãe, que era professora, podia escolher alguns livros para receber de graça da aditora. Ela, então, pediu para que eu escolhesse alguns títulos e esse foi um dos escolhidos.

Olha como eu já gostava de biografia na época!!!! Há coisas que nunca mudam...hahaha


Lembro muito bem da experiência de ler essa obra. Lembro que era adolescente e fiquei super chocada de saber como o autor contraiu o vírus. Só conseguia pensar na esposa dele e cheguei a sentir uma mistura de raiva, indignação e muita, muita pena.
Samir descobriu ser soropositivo em 1998.

Casado e pai de uma menina de 11 anos, o autor vive um drama tremendo quando descobre que o vírus já faz parte de sua vida e que, portanto, pode ter transmitido a doença para a esposa e a filha. Os capítulos que contam sobre esse drama são muito intensos.

Lembro que não conseguia parar de ler.
E ele só descobriu ser portador do HIV quando o primeiro sintoma começou a aparecer: a perda de peso. Depois da descoberta, vem todo o sofrimento de Samir, a culpa, os remédios e a necessidade de refazer sua vida dentro dessa nova (e assustadora) realidade. Foi ótimo para eu perceber, na época, que qualquer um podia ser alvo do vírus e que apenas um descuido podia ser suficiente para um monte de vidas mudarem completamente.

O livro é intenso, bem escrito, muito gostoso de ler e, apesar de ter lido quando eu tinha uns 16 anos, acredito que seja uma boa pedida para todas as idades. Recomendo!


O Autor


Samir Thomaz é editor assistente da Editora Ática. É autor de dois livros de literatura juvenil: Eu pensava... e Carpe Diem - O Crime Bate à Porta. Meu Caro H - A Convivência de um Escritor com o Vírus da Aids foi lançado no dia 29 de novembro de 2000.

Confira uma entrevista com o autor.

quarta-feira, 16 de dezembro de 2009

Ler devia ser proibido?



Vídeo GE-NI-AL extraído do blog FLORESTA DAS LEITURAS há séculos, mas que guardei para relembrá-lo depois de um tempo.

Dado assustador: 20% dos adultos no mundo são analfabetos.

segunda-feira, 14 de dezembro de 2009

A Cabana - William P. Young - Sextante


Tinha ouvido falar tanto em A Cabana que estava com receio de ler a obra. Até que meu marido, passeando pela Fnac e sabendo da minha paixão por livros, viu um cartaz dizendo que a obra era top 1 de vendas e comprou-a para me fazer uma surpresa. Ele nem sabia do que se tratava e, ao ler a contra-capa, depois de tê-lo comprado (oi?), ficou achando que eu me decepcionaria com o livro. Ele pensou que era algo religioso, piegas, que ia me causar tédio.

Então, recebi o livro como recebo todas as surpresas que ele me faz: feliz da vida e completamente derretida.


Comecei a leitura sem amarras, sem preconceitos, sem julgamentos. E que bom que fiz assim!

Se formos pensar no livro como ficção, ele é ótimo: prende o leitor, traz desdobramentos inesperados,
é bem escrito e envolve muito quem o está lendo. Não pensei na obra de maneira religiosa, e sim de maneira racional: o livro não diz nada que a lógica e a racionalidade não expressem. Não fala de fé cega, não tenta dar explicações absurdas para questões que ainda não temos capacidade de entender.

Conheço pessoas que leram o livro e conseguiram, depois disso, personificar Deus. Em mim, o efeito não foi esse. Até porque não tenho a menor necessidade de personificá-Lo. Para mim, o livro traz ensinamentos riquíssimos apara nos tornarmos pessoas melhores, mas sem aliar isso apenas à fé, à religião. Porque ser melhor vale para todos os credos e faz bem até para quem não possui religião alguma.

Não julgar (e os efeitos pavorosos que os julgamentos são capazes de produzir), perdoar e enfrentar a cabana da nossa vida (que são os medos, os arrependimentos, as frustrações e nossas dúvidas) é encarar de frente o que nos impede de ir adiante, de viver mais leve, de ser plenamente feliz, de apostar nos relacionamentos e de aproveitar a beleza das pequenas coisas da vida.

Porém, nota-se que o livro é extremamente comercial e foi escrito com o objetivo de virar um longa metragem hollywoodiano. E, quando percebo isso, chego a ficar irritada, porque acho que os leitores acabam sendo apenas cobais, usados mesmo, como um simples meio de o autor chegar ao seu objetivo real.

Em resumo, não li o livro pensando em religião, mas tentei lê-lo como uma ficção que acaba trazendo ensinamentos super válidos para quem está aberto a eles. E, para mim, como todo livro que leio me ensina alguma coisa, esse não foi diferente de nenhuma outra obra que li. Ensinou-me coisas, lembrou-me de outras, proporcionou bons momentos e envolveu-me pra caramba!

Em alguns momentos, acabei meio incomodada porque o livro tomava formas de obras de auto-ajuda, das quais eu fujo sem olhar para trás. Mas, fora isso, valeu a pena.


A contra-capa é exagerada

Na contra-capa, as frases “esta história deve ser lida como se fosse uma oração” e “você vai querer partilhar este livro com todas as pessoas que ama” são super exageradas.

Pelo menos em mim, esse livro não teve esse efeito, longe disso. Recomendo, até, mas não acho que é imprescindível a leitura, como digo de Ensaio Sobre a Cegueira, Castelo de Vidro, Para Sempre Alice e algumas outras obras que li esse ano.


E a história, é sobre o que?

Ela conta a vida de um homem atormentado com a morte de sua filha, que foi sequestrada por um maníaco e morta de maneira cruel em uma cabana. Após algum tempo vivendo lado a lado com a Grande Tristeza (nome dado ao sentimento que se instalou na sua vida após a perda), ele recebe um bilhete pedindo que retorne para lá. Esse bilhete é assinado por Papai (que é o nome carinhoso que sua esposa costuma se referir a Deus). O homem, é claro, acha tudo muito estranho, mas não aguenta de curiosidade e aceita o convite. E é então que a história começa pra valer. Deus estará lá mesmo? Era uma armadilha do assassino? Só lendo para saber!

E é aí que começamos a rever conceitos que sempre soubemos, mas dos quais nos esquecemos ao longo da vida. "O amor e o perdão são um alívio maior para quem oferece do que para quem recebe" é um deles.


Confira o site do livro, em inglês.

Sobre o Autor

Para conhecê-lo, o melhor é assistir a esse video que achei nas minhas buscas pela internet:


sexta-feira, 11 de dezembro de 2009

Atestado de qualidade!

Opa! Selo de qualidade muito me interessa! Ganhei da querida Marta, do Chuva de Livros. Obrigada, flor!

Regrinhas:

– Escrever uma lista com oito características suas.
– Convidar oito “blogueiros” para receber o selinho.

As 8 características minhas:

- Sensível
- Carinhosa
- Sincera
- Amiga
- Organizada
- Meiga
- Ansiosa
- Focada


E os indicados são:

- O Cantinho do Bookoholic
- Compartilhando Leituras
- Coffee and history
- Sobre leituras e observações
- "Entre Aspas"
- Amante dos livros e afins...
- Tudo de Romances
- UM LIVRO NO CHÁ DAS CINCO

terça-feira, 8 de dezembro de 2009

Cartas a Paula - Isabel Allende - Bertrand Brasil

Logo depois de terminar Paula (sobre o qual já resenhei esses dias), comecei a ler Cartas a Paula. O livro nada mais é que a seleção de algumas cartas, recebidas por Isabel Allende, que foram escritas por leitores de todo o mundo.

São depoimentos de pessoas que se identificaram tanto com o relato que decidiram entrar em contato com a escritora. Algumas pessoas apenas agradecem, outras contam casos de perda de entes queridos, outras apenas demonstram o quanto o livro as tocou.

Adorei ler Cartas a Paula, mas o livro só faz sentido se for lido após (de preferência, em um curto intervalo de tempo) a leitura de Paula.

E, para quem leu Paula, o prefácio de Cartas a Paula já vale o livro. Emocionante!


Sobre a Autora

"O meticuloso exercício da escrita pode ser a nossa salvação." Essa frase de Isabel Allende, em seu livro "Paula", talvez dê uma pista sobre o significado da literatura para a escritora.

Isabel atribui seu êxito como escritora ao célebre poeta chileno Pablo Neruda, que no inverno de 1973 aconselhou-a a abandonar seu trabalho como repórter para se dedicar a escrever livros de ficção. Ela não levou muito a sério a sugestão, e demorou quase dez anos para transformar a idéia em realidade.

Seu primeiro romance, "A Casa dos Espíritos" (de 1982, adaptado ao cinema em 1993), foi bem recebido pela crítica. As crônicas familiares misturadas à política também deram o tema ao seu romance seguinte, "De amor e de sombra" (1984). Seguiram-se "Eva Luna" (1985), "Histórias de Eva Luna" (contos, 1989), "Paula" (sobre a doença e morte de sua filha, 1991), "Plano infinito" (1993), "Afrodite" (histórias e receitas afrodisíacas, 1994) e "Filhas da fortuna" (1999).


Confira o site oficial de Isabel Allende.

segunda-feira, 7 de dezembro de 2009

quarta-feira, 2 de dezembro de 2009

Paula - Isabel Allende - Bertrand Brasil

Acabei de ler Paula ontem e não via a hora de escrever sobre o livro, aqui, para vocês. A característica mais marcante do livro é a exposição da autora, que intercala os capítulos entre a realidade da doença da filha, que definha dia a dia, com sua própria história de vida, cheia de momentos mágicos, engraçados, desastrosos, nus e crus. Tamanha coragem em abrir as janelas mais secretas da sua vida eu só tinha visto no livro O Castelo de Vidro, mas acho que Isabel Allende faz além, fala mais, fala dela, dos seus erros, dos seus defeitos, das suas pisadas de bola, como se fosse outra pessoa narrando a vida de alguém.

São quase 600 páginas de puro amor, de um mergulho na vida de outra pessoa que vai envolvendo e viciando o leitor. A gente vai conhecendo Paula aos poucos e, a cada página, lamenta mais e mais por sua condição, mas mantém uma esperança, lá no fundo, de que ela consiga sobreviver. O livro é lindo. O livro toca fundo. O livro marca a vida de quem lê. Porque amor de mãe é assim, é maior que tudo, é mais forte que a vida e que a morte.

Outro ponto forte do livro são as frases fortes e muito bem escritas de Isabel. Então, fica a dica: leia com uma caneta marca texto do lado.

Destaco uma que me tocou em especial:

"Silêncio antes de nascer. Silêncio depois da morte. A vida é puro ruído no meio de silêncios insondáveis".

A doença

Paula possuía uma doença genética chamada Porfiria. Por uma mistura de fatalidade com erro médico, ela entrou em coma e não voltou ao normal depois de algumas semanas, como os médicos previram.

A partir daí, a Isabel mãe, amante, profissional, mulher e feminista e dona de casa tornou-se só a Isabel mãe, lutando contra ela mesma e contra todas as evidências para fazer sua filha ter uma vida agradável enquanto permanecesse nesse estado estranho, em que o corpo está vivo, mas a mente e os sentidos já não pertencem mais a esse mundo. O sofrimento dela é tão bem expressado no livro que emociona por diversas vezes. Apesar de todos sabermos que o amor de mãe é o maior amor do mundo, o livro é, para mim, a melhor representação física desse amor.

Recomendo esse livro a todos, mas acredito que, para mulheres que são ou querem ser mães e para pessoas que já sofreram muito com perdas de entes queridos, a obra será de especial auxílio e garantia certa de lembranças infinitas.

Família


Além de falar de Paula, a autora fala de todos os membros de sua família, inclusive aborda bastante, em certa parte do livro, seu parentesco com Salvador Allende e como isso influenciou sua trajetória. O livro fala do exílio, da ditadura, das dificuldades financeiras, de relacionamentos fracassados. O livro fala de toda uma vida, de uma vida que merece ser contada e dividida, porque é especial. Mérito da autora, que soube dar ar de romance e transformar os acontecimentos em frases atraentes e capazes de conquistar os leitores.

Seu outro filho, Nicolás, também sobre de Porfiria, mas a doença não se manifestou nele e tudo está sob controle. No final do livro, é bonito como ela analisa que a obra ajudará as próximas gerações da família a não se descuidarem quanto essa doença.

Cartas

Isabel Allende, que já era conhecida por seus demais romances, tornou-se mundialmente famosa e uma referência para muita gente. Ainda de luto, com uma dor inconsolável, os leitores de Paula começaram a enviar cartas contando suas experiências e dividindo com ela tudo o que o livro despertou em suas mentes.

Então, Isabel decidiu publicar um outro livro, alguns anos depois, reunindo algumas dessas cartas. O livro chama-se Cartas a Paula e eu já comecei a ler em seguida! Ele é bem pequeno e, assim que terminar, escrevo aqui tudo o que senti.

Paula é lindo. Ler Paula chega a ser necessário.

Outros livros
Outro detalhe muito legal do livro é que, em diversos momentos, Isabel explica, ao falar de alguém da família ou de algum amigo que aparece na história, como alguns de seus personagens mais famosos foram criados. Em quem ela se baseou e quais características de cada pessoa real ela utilizou para montar as personalidades contidas nos seus romances.

Confira uma entrevista com Isabel Allende:



Sobre a Autora

"O meticuloso exercício da escrita pode ser a nossa salvação." Essa frase de Isabel Allende, em seu livro "Paula", talvez dê uma pista sobre o significado da literatura para a escritora.

Isabel atribui seu êxito como escritora ao célebre poeta chileno Pablo Neruda, que no inverno de 1973 aconselhou-a a abandonar seu trabalho como repórter para se dedicar a escrever livros de ficção. Ela não levou muito a sério a sugestão, e demorou quase dez anos para transformar a idéia em realidade.

Seu primeiro romance, "A Casa dos Espíritos" (de 1982, adaptado ao cinema em 1993), foi bem recebido pela crítica. As crônicas familiares misturadas à política também deram o tema ao seu romance seguinte, "De amor e de sombra" (1984). Seguiram-se "Eva Luna" (1985), "Histórias de Eva Luna" (contos, 1989), "Paula" (sobre a doença e morte de sua filha, 1991), "Plano infinito" (1993), "Afrodite" (histórias e receitas afrodisíacas, 1994) e "Filhas da fortuna" (1999).


Confira o site oficial de Isabel Allende.