sexta-feira, 30 de outubro de 2009

Fahrenheit 11 de Setembro - Michael Moore - W11

Indignante. Essa é a palavra que melhor define Fahrenheit 11 de Setembro, a versão em livro do documentário de Michael Moore. O documentário parte de uma premissa (a de que Bush não presta) e, a partir daí, vai reunindo provas, analisando fatos e buscando depoimentos e reforcem / comprovem essa teoria.

Em Fahrenheit, Moore faz jornalismo, mas um jornalismo parcial, que claramente escolheu um lado e foi em busca de provas.

Acusam o autor de caluniador, mentiroso e oportunista. Mas, sendo verdade ou não, tudo o que o livro traz de informação faz, realmente, muito sentido.
E, partindo do princípio de que o acusado é ninguém menos que Bush, confesso que esse já é meio caminho andado para eu acreditar plenamente no que li em Fahrenheit.

Adorei o livro e fiquei super envolvida. Como não assisti ao documentário, posso garantir que a experiência é muito rica para aqueles que assistiram e também para aqueles que, como eu, só ficaram na vontade (ploe menos até agora, porque assim que der vou correndo alugar o documentário!).

O formato do livro talvez seja estranho para algumas pessoas, porque ele é exatamente o roteiro do documentário, com a diferença de que, no final, é possível ler os documentos utilizados para relacionar os fatos abordados, que Moore anexou ao livro. Eu consumi a obra como uma louca, não queria parar de ler, saía andando pela rua com o livro em punho, fazendo caras e bocas ao ler as descobertas do jornalista.

Entenda o Título

Encontrei uma explicação na internet sobre o nome do livro: trata-se de uma brincadeira com o livro Fahrenheit 451, de Ray Bradbury.

Por que vale a pena?

Tendo visto o documentário ou não, o livro vale a pena ser lido, principalmente, porque mostra como o diretor destrinchou os fatos em torno da história política de George W. Bush, dos atentados de 11 de Setembro e da guerra no Iraque, e como os utilizou em sua narrativa documental.

Além do roteiro completo, o livro inclui uma extensa relação de fontes e provas que servem de suporte para os relatos apresentados no filme, reunindo ainda artigos, cartas, fotos e cartuns sobre o mais influente documentário de todos os tempos, elogiado pela crítica e pelo público.

O Filme

Antes mesmo de estrear, o filme já gerava polêmicas e quando entrou em cartaz nos EUA, em 24 de junho de 2004, bateu o recorde de bilheteria para um documentário. O filme de Moore ganhou, com unanimidade, o prêmio de melhor filme de 2004, concedido pelo júri do Festival de Cannes, sendo o primeiro documentário norte-americano a ganhar a Palma de Ouro em Cannes.

Confira a crítica no Omelete.

Assista a algumas partes do documentário:




quinta-feira, 29 de outubro de 2009

Amante Proibido...ui!


Ganhei esse selinho super criativo da Bárbara, uma querida do Livros que eu já Li.

Obrigada, flor!

As regras:
Responder "Quem seria seu amante proibido?"
Rodrigo Santoro e/ou Johnny Deep (e/ou foi ótimo, né?)

Indicar para outros blogs:
- Lost in Chick-Lit
- tudoporumenoventaenove

quarta-feira, 28 de outubro de 2009

Quando Nietzsche Chorou - Irvin D Yalom - Ediouro

O livro tem uma proposta super interessante e, por isso, fiquei mega curiosa para ler. Trata-se de uma obra que conta a história do início da psicanálise e que junta dois nomes que não viveram na mesma época, como se eles tivessem se conhecido, ficado amigos e até se relacionado como paciente / médico: o Dr. Breuer (um dos pais da psicanálise) e o filósofo Fiederich Nietzsche.

A criatividade, o contexto e o desenrolar da trama são muito bem desenvolvidos na obra, mas o livro não me marcou e, em alguns momentos, até me cansou um pouco.

Porém, a pesquisa realizada em cima das características reais de cada personagem e, depois, a construção de uma realidade paralela em que esses dois personagens se encontram e convivem como se tivessem realmente se conhecido merecem destaque especial. Essas caracteristicas são tão marcantes que, depois de algumas páginas lidas, o leitor começa a acreditar realmente na proximidade das duas figuras históricas, sem saber o que é criação do autor e o que refere-se à pesquisa e a dados reais sobre ambos.

Muita gente gostou, a crítica elogiou mas, em mim, infelizmente o livro não teve o impacto que eu esperava, talvez pelo simples fato de o tema central - a psicanálise - não ser um assunto sobre o qual estudei ou com o qual trabalho. Talvez se fizesse parte mais ativa do meu dia-a-dia, o livro desempenhasse em mim um papel maior.

Não é que eu não tenha gostado do livro, eu até gostei, mas costumo dizer, a quem me pergunta, que eu "gostei médio".

Nas minhas buscas pelo oráculo - Google, o que seria dem im sem você? - encontrei uma resenha que diz exatamente o oposto da minha. Aqui, o livro recebe apenas elogios, e o fato de não ter sido presa e nem ter me envolvido tanto com a história teve o efeito inverso nesse leitor.

Mas, há uma caracteristica muito legal no livro. Por misturar muito ficção e realidade, o leitor, como mencionei a cima, acaba sem saber o que foi obra da imaginação do autor e o que foi resultado de pesquisa. Mas, no epílogo, o autor explica exatamente o que é fato e o que é ficção no seu livro. Muito bom para o leitor entender e não se sentir perdido depois que terminar a leitura.

Virou filme

O livro já virou filme há algum tempo e eu tenho muita curiosidade de assistir, para ver se o efeito é diferente do despertado pelo livro.

Assim como o livro, o filme conta a história de um encontro fictício entre o filósofo alemão Friedrich Nietzsche (Armand Assante) e o médico Josef Breuer (Bem Cross), professor de Sigmund Freud (Jamie Elman). Nietzsche é ainda um filósofo desconhecido, pobre e com tendência suicidas. Breuer passa por uma má fase após ter se envolvido emocionalmente com uma de suas pacientes, Bertha (Michal Yannai), com quem cria uma obsessão sexual e fica completamente atormentado.

O filme tem 105 minutos de duração e é recomendado para maiores de 14 anos.

Diretor: Pinchas Perry. Elenco: Katheryn Winnick, Armand Assante, Ben Cross, Michal Yannai, Jamie Elman, Andreas Beckett, Rachel O'Meara
.

Veja o trailer do filme:




Sobre o Autor

Irvin D. Yalom (nascido em 13 de Junho de 1931) é um escritor americano. Filho de imigrantes russos, formou-se em psiquiatria na Universidade de Stanford e está há 47 anos em Stanford, é ateu.

Tornou-se conhecido quando sua obra Love's Executioner and Others Tales of Psychotherapy, publicada em 1989, alcançou a lista de livros mais vendidos nos Estados Unidos. Na mesma linha, seguiu-se Momma and the Meaning of Life (1999). Seu primeiro romance foi Quando Nietzsche Chorou (1992). Lançou também A Cura de Schopenhauer, Mentiras no divã e Os desafios da terapia.

Em Quando Nieztche chorou, Irvin Yalon romantiza a vida de Friedrich Nietzsche e Josef Breuer. Apesar dos personagens principais da trama nunca terem se conhecido (o próprio autor afirma em suas observações no final do livro), o romance é parcialmente baseado em fatos reais.

Dentre os modernos escritores, poucos têm se mostrado tão capazes de emplacar best-sellers quanto Irvin D. Yalom. Seus livros já foram vendidos em números que ascendem aos milhões e traduzidos para muitas línguas.

Psicoterapeuta por formação, seus livros estão sempre relacionados à psicologia e, por conseqüência, à mente e às idéias. No Brasil, teve destaque apenas quando saiu por aqui seu primeiro romance: Quando Nietzsche Chorou.

terça-feira, 27 de outubro de 2009

Os livros que eu já li

Recebi alguns e-mails muito legais de leitoras interessadas nos livros que leio sobre mulheres muçulmanas.

A maioria compartilha comigo o interesse especial por livros com essa temática. Essa semana, recebi um e-mail da Silvia Ferreira Calçada (adorei conversar com você!) que me deu uma ideia ótima: publicar uma lista dos livros que eu já li sobre o tema.

Resolvi atender rapidinho ao pedido dela e tomei o cuidado de deixar o link para aqueles sobre os quais já escrevi aqui no blog. Os que não têm link, é porque eu já li, mas ainda não fiz resenha.

Então, lá vai. Confira todos os livros que falam sobre a vida de mulheres muçulmanas que eu já li:

Desonrada - Mai Mukhtar e Marie-Thérèse Cuny - Best Seller

A Cidade do Sol - Khaled Hosseini - Nova Fronteira

Princesa - Jean P. Sasson - Best Seller


As Filhas da Princesa - Jean P. Sasson - Record


Princesa Sultana - sua vida, sua luta - Jean P. Sasson - Best Seller

Vida Dupla - Rajaa Alsanea - Nova Fronteira

Infiel - Ayaan Hirsi Ali - Companhia das Letras


A Virgem na Jaula - Ayaan Hirsi Ali - Companhia das Letras


Prisioneira em Teerã - Marina Nemat – Planeta


Minha briga com o Islã - Irshad Manji – Francis


Minha Vida como Traidora - Zarah Ghahramani e Robert Hillman - Ediouro

segunda-feira, 26 de outubro de 2009

Um pouco da Elaine...


A querida Elaine, do Um pouco de mim, fez uma homenagem lindíssima para o meu blog. Fiquei até emocionada quando li.

E, olhando ali do lado já dá para perceber que o seu post trouxe mais alguns seguidores super bem-vindos aqui pro Leitura.

Obrigada!!!

Dá uma passada no blog dela (que é ótimoooo, então, aproveitem e adicionem o endereço aos seus blogs favoritos!) e leia o post na íntegra.

sexta-feira, 23 de outubro de 2009

Agradecimento (mais que) merecido


Obrigada aos 170 seguidores que me fizeram mais feliz nesses 6 meses de blog! Alcançar esse número de leitores em tão pouco tempo foi uma das surpresas maravilhosas que esse ano trouxe para mim.

Mega obrigada!!!!


Isso é tudo que preciso para continuar firme e forte nos meus posts diários! :)



(e, para quem passa por aqui, mas ainda não me segue: é só clicar aqui do lado direito)

quinta-feira, 22 de outubro de 2009

Desonrada - Mai Mukhtar e Marie-Thérèse Cuny - Best Seller

Tinha lido sobre esse livro há muito tempo e fiquei com ele na cabeça. Estava louca pra ler e, quando chegou o natal do ano passado, pensei comigo: "Em um dos 384857472362761 amigos secretos dos quais sempre participo, vou pedir esse livro de presente para quem me tirar!".

Dito e feito! Pedi e ganhei! Uhu!!! E estava tão, mas tão, mas tão curiosa que comecei a ler no mesmíssimo dia. E valeu a pena! O livro é muito bem escrito, muito emvolvente e super chocante, até para mim, a "louca dos
livros sobre muçulmanas" (sim, eu amo, já li mais de 15 sobre o tema).

Desonrada, por quê?

O nome não poderia ter sido melhor. Isso porque Mai Mukhtar foi desonrada de todas as formas possíveis. E o mais incrível é ela ter conseguido transformar toda a sua dor em força para lutar por um amanhã diferentes para as suas semelhantes.

Virei fã de carteirinha de Mai!

Sobre o livro

O livro começa contando um pouco sobre a vida de Mai e sua família, pessoas simples e de bem, que só queria levar suas vidas em paz. Mas, por causa de uma acusação contra seu irmão (veja bem, contra seu irmão, não contra ela), Mai ouviu, na presença de mais de 100 homens da sua aldeia, a sentença de estupro coletivo a que ela estava condenada para livrar a vida de seu irmão. Porque lá é assim: as mulheres, seres considerados inferiores, têm até que pagar pelos erros dos homens da família.

No momento em que ela termina seu depoimento sobre tudo o que sofreu, eu já estava revoltada, enojada, acabada. Mas aí começa a outra parte do livro, a narração da sua história de renascimento, quando ela relata sua luta contra os absurdos de sua própria cultura.

Quando você começar a ler, não vai mais conseguir parar.

Nas minhas buscas pela internet, enconotrei essa matéria bem legal do Uol sobre o livro.

Sobre a Autora

Mukhtar Mai é paquistanesa e foi condenada a estupro coletivo pelo conselho de sua tribo, como punição por um crime que teria sido cometido por seu irmão. A acusação era falsa. Mukhtar, analfabeta e pertencente a uma casta inferior, tornou-se personalidade internacional quando decidiu viver e lutar para mudar o destino das mulheres de seu país.
Em março de 2007, o Conselho Europeu outorgou a Mukhtar Mai o North-South Prize de 2006 por contribuição notável aos direitos humanos. Marie-Thérèse Cuny é jornalista especializada em direitos humanos e direitos da mulher e escreveu ou co-escreveu mais de 50 livros. Mora em Paris.

quarta-feira, 21 de outubro de 2009

segunda-feira, 19 de outubro de 2009

Memórias do Cárcere - Graciliano Ramos - Record

"Resolvo-me a contar, depois de muita hesitação, casos passados há dez anos”.

Assim Graciliano Ramos começa a escrever Memórias do Cárcere, o primeiro livro desse estilo que eu li. Sua prisão aconteceu durante o Estado Novo e é narrada, dez anos depois, de uma maneira real, fiel e sem censuras nem exageros.

O livro é amargo, duro, seco. Porque a vida dele naquela época difícil, bem como os acontecimentos vividos também foram amargos, duros e secos. Adorei o livro e, apesar de tê-lo lido há muitos anos, lembro exatamente do impacto que me causou.
Em algumas edições, ele possui quatro volumes, mas, no meu caso, possuo um com dois volumes apenas.

Recomendo muitíssimo o livro, até para entender um pouco sobre essa época do nosso País. Para mim, foi bem importante, já que havia lido muito sobre a ditadura militar, os atos institucionais, a prisão e tortura de jornalistas, mas pouco sabia sobre o Estado Novo.


Virou filme

A obra, publicada somente 1953, foi transformada em filme por Nelson Pereira dos Santos.

A vida de Graciliano Ramos que, em 1936, ocupou o cargo público de diretor de instrução do Estado de Alagoas e na fase do Estado Novo (1937-1945) foi preso por causa das suas convicções políticas. O filme expõe um período desagradável na história do Brasil dentro de uma perspectiva pessoal. A criação da Aliança Nacional, em 1935, iniciou suas atividades como um vigoroso movimento de massas, no qual conviviam comunistas, socialistas, católicos, positivistas e democratas de vários partidos, atraídos pela frente ampla antifascista. Memórias do Cárcere é um grande clássico do cinema brasileiro.

Ficha Técnica
Nelson Pereira dos Santos - Diretor
Carlos Vereza - Graciliano Ramos
Gloria Pires - Heloisa Ramos
Jofre Soares - Soares
Jose Dumont - Mario Pinto
Nildo Parente - Manoel
Wilson Grey - Gaucho
Tonico Pereiro - Desiderio
Jorge Cherques - Goldberg
Jackson DeSouza - Arruda
Waldyr Onotre - Cubano
Nelson Pereira dos Santos - Adaptação
Nelson Pereira dos Santos - Roteiro
Mario DeSalete - Produtor executivo
Lucy Barreto - Produtor


Veja um pedaço do filme:


Sobre o autor

Graciliano Ramos nasceu no dia 27 de outubro de 1892, na cidade de Quebrangulo, sertão de Alagoas, filho primogênito dos dezesseis que teriam seus pais, Sebastião Ramos de Oliveira e Maria Amélia Ferro Ramos. Viveu sua infância nas cidades de Viçosa, Palmeira dos Índios (AL) e Buíque (PE), sob o regime das secas e das suas que lhe eram aplicadas por seu pai, o que o fez alimentar, desde cedo, a idéia de que todas as relações humanas são regidas pela violência. Em seu livro autobiográfico "Infância", assim se referia a seus pais: "Um homem sério, de testa larga (...), dentes fortes, queixo rijo, fala tremenda; uma senhora enfezada, agressiva, ranzinza (...), olhos maus que em momentos de cólera se inflamavam com um brilho de loucura".

Em 1914, embarca para o Rio de Janeiro (RJ) no vapor Itassuoê. Nesse ano e parte do ano seguinte, trabalha como revisor de provas tipográficas nos jornais cariocas "Correio da Manhã", "A Tarde" e "O Século". Colaborando com o "Jornal de Alagoas" e com o fluminense "Paraíba do Sul", sob as iniciais R.O. (Ramos de Oliveira). Volta a Palmeira dos Índios, em meados de 1915, onde trabalha como jornalista e comerciante. Casa-se com Maria Augusta Ramos.

Sua esposa falece em 1920, deixando quatro filhos menores.


Em abril de 1952, viaja em companhia de sua segunda esposa, Heloísa Medeiros Ramos, à Tcheco-Eslováquia e Rússia, onde teve alguns de seus romances traduzidos. Visita, também, a França e Portugal. Ao retornar, em 16 de junho, já enfermo, decide ir a Buenos Aires, Argentina, onde se submete a tratamento de pulmão, em setembro daquele ano. É operado, mas os médicos não lhe dão muito tempo de vida. A passagem de seus sessenta anos é lembrada em sessão solene no salão nobre da Câmara Municipal do Rio de Janeiro, em sessão presidida por Peregrino Júnior, da Academia Brasileira de Letras. Sobre sua obra e sua personalidade falaram Jorge Amado, Peregrino Júnior, Miécio Tati, Heraldo Bruno, José Lins do Rego e outros. Em seu nome, falou sua filha Clara Ramos.

No janeiro ano seguinte, 1953, é internado na Casa de Saúde e Maternidade S. Vitor, onde vem a falecer, vitimado pelo câncer, no dia 20 de março, às 5:35 horas de uma sexta-feira. É publicado o livro "Memórias do cárcere", que Graciliano não chegou a concluir, tendo ficado sem o capítulo final.

Postumamente, são publicados os seguintes livros: "Viagem", 1954, "Linhas tortas", "Viventes das Alagoas" e "Alexandre e outros heróis", em 1962, e "Cartas", 1980, uma reunião de sua correspondência.

Seus livros "São Bernardo" e "Insônia" são publicados em Portugal, em 1957 e 1962, respectivamente. O livro "Vidas secas" recebe o prêmio "Fundação William Faulkner", na Virginia, USA.

Em 1963, o 10º aniversário da morte de Mestre Graça, como era chamado pelos amigos, é lembrado com as exposições "Retrospectiva das Obras de Graciliano Ramos", em Curitiba (PR), e "Exposição Graciliano Ramos", realizada pela Biblioteca Nacional do Rio de Janeiro.


Os livros do autor

- Caetés - romance

- São Bernardo - romance

- Angústia - romance

- Vidas secas - romance

- Infância - memórias

- Dois dedos - contos

- Insônia - contos

- Memórias do cárcere - memórias

- Viagem - impressões sobre a Tcheco-Eslováquia e a URSS.

- Linhas tortas - crônicas

- Viventes das Alagoas - crônicas

- Alexandre e outros irmãos (Histórias de Alexandre, A terra dos meninos pelados e Pequena história da República).

- Cartas - correspondência pessoal.

quinta-feira, 15 de outubro de 2009

Off-topic: Dunas de Natal

Géntche, sei que desde que lancei o blog nunca, mas nunquinha eu havia feito um post que não fosse sobre livros.

Acontece que sempre tem a primeira vez, né? E esse post off topic total é por uma boa causa.
Estou participando de uma promo que dá um prêmio muito legal, ainda mais para alguém como eu, que AMA viajar. Essa fase do concurso é o voto popular e, como vocês já devem imaginar, quem tiver mais votos ganha!


To concorrendo com essa foto aí de cima

Me ajuda?? É facinho, facinho. Basta clicar nesse link, entrar na minha página e votar! :)

Se eu ganhar, prometo contar tudo por aqui, ok?
Obrigadíssima!

terça-feira, 13 de outubro de 2009

Feliz Ano Velho - Marcelo Rubens Paiva - Cantadas Literárias


Por Lu Vieira, uma dos responsáveis pelo blog Máquina de Letras ser tãooooo agradável de ler e super atualizado. Parabéns, flor! Confiram a resenha da Lu:


Finalmente! Consegui realizar o sonho de ler “Feliz Ano Velho”, de Marcelo Rubens Paiva. Mais que um sonho, era uma meta. Uma leitura mais que obrigatória para mim. Entre inúmeros livros que desejo ler, encontrei “Feliz Ano Velho” na biblioteca recentemente criada na empresa onde trabalho. Os livros da biblioteca foram doados pelos próprios funcionários.


Este livro é o primeiro de Marcelo Rubens Paiva, considerado um dos maiores best-sellers dos anos 80. É uma autobiografia que conta como o autor ficou tetraplégico aos 20 anos de idade, publicada pela primeira vez em 1982. Durante um passeio com um grupo de amigos, Marcelo deu um mergulho no lago. Saltou, de brincadeira, em estilo “Tio Patinhas” em busca do tesouro. Meio metro de profundidade tinha o lago. A vértebra quebrou e o corpo não respondeu. Começa nesse mergulho do dia 14 de dezembro de 1979 o relato de “Feliz Ano Velho”.



O livro possui muitos “flashbacks” da vida do autor antes do acidente, um jovem que fez tudo o que podia e queria e, de repente, sua vida mudou radicalmente. No seu relato estão os dias que passou no hospital, a recuperação lenta e dolorosa, o colete de ferro que usou, as visitas que recebeu, as histórias da infância, das relações amorosas e da faculdade que viveu sob uma nova perspectiva, os momentos que chegou a contemplar o suicídio, a impotência sentida diante dos acontecimentos, a ajuda que necessitou dos amigos e familiares.


Marcelo escreveu um texto sincero, direto, carismático, bom humorado e maduro sem cair na pieguice de livros de auto-ajuda. Em nenhum momento, ele quis se mostrar um “coitadinho” ou provar que é um bom sujeito. Na medida em que eu avançava na leitura, parecia que o Marcelo estava contando a sua história na minha frente. Não se limita a lamentar a má sorte de quem deu um mergulho em um lago de baixa profundidade e partiu a coluna vertebral. Ele mostra um rapaz que viveu plenamente como se cada minuto fosse o último de sua vida.


Antes de seu acidente, Marcelo e sua família tiveram uma experiência dolorosa: o “desaparecimento” de seu pai Rubens Paiva, ex-deputado federal, durante a ditadura militar. Marcelo tinha apenas 11 anos de idade. De estudante de Engenharia Agrícola da Unicamp, Marcelo, como tetraplégico, passa a reaprender a viver, a construir uma nova identidade, a traçar novos objetivos de vida e a fortalecer a fé de ser feliz e se tornar independente.


Veja um trecho de suas palavras:

“Meu futuro é uma quantidade infinitiva de incertezas. Não sei como vou estar fisicamente, não sei como irei ganhar a vida e não estou a fim de passar nenhuma lição. Não quero que as pessoas me encarem como um rapaz que apesar de tudo transmite muita força. Não sou modelo pra nada. Não sou herói, sou apenas vítima do destino, dentre milhões de destinos que nós não escolhemos. Aconteceu comigo. Injustamente, mas aconteceu. É foda, mas que jeito...”

Na leitura deste livro, é impossível deixar de pensar nos deficientes físicos que estão em nossa volta. Impossível deixar de pensar que a história de Marcelo pode acontecer comigo. No entanto, muitos pensam assim: “Isso não vai acontecer comigo”. Impossível deixar de reconhecer que ainda há muitos obstáculos, tais como o preconceito e o desrespeito aos seus direitos, enfrentados pelos deficientes físicos.


A TV Globo está transmitindo atualmente a novela “Viver a Vida” em que uma das personagens irá sofrer um acidente que a deixará paralítica. Creio que muita gente que leu “Feliz Ano Velho” vai se lembrar ou já se lembrou desse livro ao assistir o folhetim. Todos os dias, após o término do capítulo, a novela mostra o depoimento de uma pessoa real que é deficiente físico, seja de nascença ou não. Marcelo viveu a vida antes de ficar tetraplégico

. Tenho a crença de que ele hoje também vive plenamente a vida.


Como li “Feliz Ano Velho” emprestado da biblioteca da empresa onde trabalho, nele consta uma dedicatória na primeira folha: “À amiga Yáskara por sua grande ajuda. Um pensamento de S. Tomás de Aquino que tem muito a ver com este livro... “Viver pronto para morrer, mas viver como se nunca fosse morrer.”


E, na última página do livro, uma pessoa escreveu: “Li, gostei, mas pena que o rapaz não volta a andar.”

Outra pessoa registra: “Mais valem as lágrimas de não ter vencido, do que a vergonha de não ter lutado”.



Sobre o Autor


Além de escritor, Marcelo é dramaturgo e jornalista.


Nasceu em São Paulo no ano de 1959, onde estudou pela Escola de Comunicações e Artes da USP. Fez mestrado de Teoria Literária da Unicamp e o King Fellow Program da Universidade de Stanford, Califórnia. Depois de “Feliz Ano Velho”, publicou 6 romances:

“Blecaute” (1986),

Uabrari” (1990),

Bala na Agulha” (1992),

Não És Tu, Brasil” (1996),

Malu de Bicicleta” (2004)

“A Segunda Vez que Te Conheci” (2008).


Há crônicas e contos reunidos nos livros “As Fêmeas” (1994) e “O Homem Que Conhecia as Mulheres” (2006). Como dramaturgo, escreveu: “525 Linhas” (1989); “O Predador Entra na Sala (1997); “Da Boca pra Fora – E Aí, Comeu?” (1999); “Mais-Que-Imperfeito” (2000); “As Mentiras que os Homens Contam” (2001); “Closet Show” (2001) e “No Retrovisor” (2002).


Atua como colunista do Caderno 2 do jornal “O Estado de S.Paulo” e possui o blog Pequenas Neuroses Contemporâneas. “Feliz Ano Velho” foi transformado em filme estrelado por Marcos Breda e Malu Mader.


Confira o vídeo do filme, no momento do acidente:


quinta-feira, 8 de outubro de 2009

Esse blog acerta em cheio!

Ganhei esse selinho da querida DriM, do DriM`s Ateliê. Valeu, querida, amei!!

Agora, preciso indicar para 10 blogs. Aí vai:
- O cantinho da Tati
- Livros que eu já li
- Sobre leituras e observações
- Lendo nas entrelinhas
- Um pouco de mim
- Colcha de Retalhos
- Tudo por 1,99
- Mania de ler
- Garota Curiosa
- Mil pedaços

segunda-feira, 5 de outubro de 2009

Diga Trinta e Três - Nick Trout - Ediouro



Esse foi o único livro que me fisgou pela capa. E por uma razão muito especial. Eu explico. Como já falei aqui, tenho um cachorro da raça Boston Terrier. Ele é tipo poodle nos EUA, tem em toda esquina, mas aqui no Brasil é mega raro. Imaginem uma pessoa navegando pela internet, em sites sobre livros, quando, de repente, depara-se com uma foto enorme do seu cachorro! Fiquei insana, né?
Aí, mais que rapidamente, fui ler a sinopse. Por sorte, adorei! (mas se não adorasse, compraria mesmo assim). O livro chegou em dois dias e comecei a ler no mesmo instante.

A História

O livro é bem legal e conta a história de vários cachorros tratados por um veterinário, o Dr. Nick Trout, autor do livro. Cada capítulo é sóbre um de seus pacientes, e todos acabam envolvendo o leitor, alguns mais, outros menos. O livro mostra também como funciona um moderno hospital veterinário e como são difíceis e complicadas as decisões e atitudes que um veterinário precisa tomar durante sua carreira.

Alguns capítulos são tristes, outros engraçados, mas Diga Trinta e Três é um livro agradável, que não muda a vida de ninguém, não é inesquecível, mas garante bons momentos. Agora, se você não teve e não pretende ter um cachorro, nem se dê ao trabalho, porque esse livro não é para você.

Para saber mais, confirma o site oficial do livro.

Sobre o Autor


Nick Trout faz parte da equipe de cirurgiões-veterinários do Angell Animal Medical Center e mora perto de Boston, em Massachusetts.

quinta-feira, 1 de outubro de 2009

Sempre é bom ter um divã...

Ganhei esse presente fofíssimo da Bárbara, do Livros que eu já li. Obrigaa, flor!!!

As regras:

1) Postar o selinho - ok!

2) Dizer quem te indicou - ok!

3) Escrever 3 conflitos que te levariam ao Divã
- Minha TPM

- Ansiedade

- Vício por chocolate


4) Encaminhar para 5 amigos
- DriM`s
- Bia

- Nat

- Lúcia
- Alê