quarta-feira, 28 de outubro de 2009

Quando Nietzsche Chorou - Irvin D Yalom - Ediouro

O livro tem uma proposta super interessante e, por isso, fiquei mega curiosa para ler. Trata-se de uma obra que conta a história do início da psicanálise e que junta dois nomes que não viveram na mesma época, como se eles tivessem se conhecido, ficado amigos e até se relacionado como paciente / médico: o Dr. Breuer (um dos pais da psicanálise) e o filósofo Fiederich Nietzsche.

A criatividade, o contexto e o desenrolar da trama são muito bem desenvolvidos na obra, mas o livro não me marcou e, em alguns momentos, até me cansou um pouco.

Porém, a pesquisa realizada em cima das características reais de cada personagem e, depois, a construção de uma realidade paralela em que esses dois personagens se encontram e convivem como se tivessem realmente se conhecido merecem destaque especial. Essas caracteristicas são tão marcantes que, depois de algumas páginas lidas, o leitor começa a acreditar realmente na proximidade das duas figuras históricas, sem saber o que é criação do autor e o que refere-se à pesquisa e a dados reais sobre ambos.

Muita gente gostou, a crítica elogiou mas, em mim, infelizmente o livro não teve o impacto que eu esperava, talvez pelo simples fato de o tema central - a psicanálise - não ser um assunto sobre o qual estudei ou com o qual trabalho. Talvez se fizesse parte mais ativa do meu dia-a-dia, o livro desempenhasse em mim um papel maior.

Não é que eu não tenha gostado do livro, eu até gostei, mas costumo dizer, a quem me pergunta, que eu "gostei médio".

Nas minhas buscas pelo oráculo - Google, o que seria dem im sem você? - encontrei uma resenha que diz exatamente o oposto da minha. Aqui, o livro recebe apenas elogios, e o fato de não ter sido presa e nem ter me envolvido tanto com a história teve o efeito inverso nesse leitor.

Mas, há uma caracteristica muito legal no livro. Por misturar muito ficção e realidade, o leitor, como mencionei a cima, acaba sem saber o que foi obra da imaginação do autor e o que foi resultado de pesquisa. Mas, no epílogo, o autor explica exatamente o que é fato e o que é ficção no seu livro. Muito bom para o leitor entender e não se sentir perdido depois que terminar a leitura.

Virou filme

O livro já virou filme há algum tempo e eu tenho muita curiosidade de assistir, para ver se o efeito é diferente do despertado pelo livro.

Assim como o livro, o filme conta a história de um encontro fictício entre o filósofo alemão Friedrich Nietzsche (Armand Assante) e o médico Josef Breuer (Bem Cross), professor de Sigmund Freud (Jamie Elman). Nietzsche é ainda um filósofo desconhecido, pobre e com tendência suicidas. Breuer passa por uma má fase após ter se envolvido emocionalmente com uma de suas pacientes, Bertha (Michal Yannai), com quem cria uma obsessão sexual e fica completamente atormentado.

O filme tem 105 minutos de duração e é recomendado para maiores de 14 anos.

Diretor: Pinchas Perry. Elenco: Katheryn Winnick, Armand Assante, Ben Cross, Michal Yannai, Jamie Elman, Andreas Beckett, Rachel O'Meara
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Veja o trailer do filme:




Sobre o Autor

Irvin D. Yalom (nascido em 13 de Junho de 1931) é um escritor americano. Filho de imigrantes russos, formou-se em psiquiatria na Universidade de Stanford e está há 47 anos em Stanford, é ateu.

Tornou-se conhecido quando sua obra Love's Executioner and Others Tales of Psychotherapy, publicada em 1989, alcançou a lista de livros mais vendidos nos Estados Unidos. Na mesma linha, seguiu-se Momma and the Meaning of Life (1999). Seu primeiro romance foi Quando Nietzsche Chorou (1992). Lançou também A Cura de Schopenhauer, Mentiras no divã e Os desafios da terapia.

Em Quando Nieztche chorou, Irvin Yalon romantiza a vida de Friedrich Nietzsche e Josef Breuer. Apesar dos personagens principais da trama nunca terem se conhecido (o próprio autor afirma em suas observações no final do livro), o romance é parcialmente baseado em fatos reais.

Dentre os modernos escritores, poucos têm se mostrado tão capazes de emplacar best-sellers quanto Irvin D. Yalom. Seus livros já foram vendidos em números que ascendem aos milhões e traduzidos para muitas línguas.

Psicoterapeuta por formação, seus livros estão sempre relacionados à psicologia e, por conseqüência, à mente e às idéias. No Brasil, teve destaque apenas quando saiu por aqui seu primeiro romance: Quando Nietzsche Chorou.

18 comentários:

  1. Carlinha, eu recebi seu recado sim! No mesmo dia te respondi por e-mail(vc n deve ter visto)! Nossa! Já pensou se dá certo??rs
    Sobre o livro "Quando Nietzsche Chorou" eu, ao contrário de você adorei!
    Beijão e me dá notícias hein!!!

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  2. Ol´´a...sempre fui muito curiosa para ver o filme, agora que vejo algume que já tem lido o livro vou me animar mais...

    bjussss

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  3. Este livro é mesmo bom.
    Gostei muito quando o li. É uma leitura leve, que te prende, uma trama bem interessante, principalmente por envolver personagens reais. E aquela Lou Salomé é fantástica, uma mulher bem a frente do seu tempo.
    O filme eu não vi, mas bem que gostaria... Beijos

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  4. Olá Carla

    Passei para deixar um beijinho, desejar uma boa semana e continuação de boas leituras.

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  5. Carla,
    PS: Muito legais as fotos, voces sao divertidissimos!
    Em relação ao livro, concordo com vc, tenter ler varis vezes, mas nao desce.
    Amo Filosofia, mas esse livro nao rolou, prefiro os didaticos ou artigos.
    So nao passo ele pro sebo pq espero um dia poder o ler e quem sabe curtir, vou dar mais um ano pra ele!
    Beijos.
    PS.2: Voce ja leu Santo Agostinho?

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  6. Carla, eu estava esperando uma resenha sobre o livro, porque já encontrei ele com preços tentadores na net. Não gosto de psicanálise (como atrativo para leitura) e se o ênfase for grande, sei que não vou curtir...
    Bj:)

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  7. Esses dias fui na livraria fiquei namorando este livro e não comprei , não sei c foi por causa do tema psicanalise (uff!!),, depois de ler sua resenha e descobri que fiz bem não ia gostar mesmo ...bjokass..

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  8. Olá!
    Não faz o meu tipo de leitura.Parece enfadonho
    Bjs

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  9. Olá Carla!

    Não conheço, mas confesso que fiquei curiosa.
    É um tema que me seduz.

    Um beijo!

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  10. É, eu acho que esse não faz muito o meu estlio, apesar de ser bem famoso e tals.. ;)

    Valeu a dica! :)

    Bjs

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  11. Ola carla, Parece interessante, fiquei curiosa.
    Bjinhos:))

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  12. Eu li o livro há uns 3 anos e mesmo gostando do assunto, não gostei muito do livro. Não me prendeu e achei cansativo. Mas vale uma leitura sim, pelo menos pra que a gente crie a própria opinião, né?
    Bjinhos

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  13. Sabe que sempre fui doida pra ler esse livro, há um tempo atrás finalmente o comprei e, por incrível que pareça acabei dando o livro de presente a um amigo antes de lê-lo, ainda intacto, não me pergunte o porquê! continuo na vontade! Outro dia vi o filme passando na HBO, eu acho e mudei de canal, não quero assistir antes de ler o livro...
    bjs

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  14. Carla

    - quando eu li este livro, o fiz em um dia (durante a madrugada); há fatos do livro que são de certo porto biográficos (a história pode-se se inclinar a uma realidade, por ter fatos reais). O livro é muito melhor que o filme (também vi o filme). Abraço.

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  15. Totalmente fora do meu gosto literário, acho q não leio nem por obrigação, rsrsrsrs. Talvez um dia veja o filme... Bjins

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  16. Assim Falava Zaratustra custa 10 reais no metrô! Quem gosta desse livro é preguiçoso! Pronto, falei. hahaha
    Beijo

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  17. Oi, Carla
    A ideia do livro é interessante sim e tornou psicanálise um pouco mais acessível. No entanto, pra quem quiser se aprofundar não só no tema da psicanálise mas também na vida de Nietzsche, existem opções mais elucidoras. Sobre a vida e os pensamentos do filósofo, a Zahar tem "Nietzsche em 90 minutos", uma obra resumida sua vida e seus pensamentos. É uma boa introdução.
    Um abraço.

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  18. Carla, vi o filme e adorei. Na verdade, esta adoração toda vem da figura de Nietzsche, que para mim, é fascinante.
    Agora, uma questão ficou nublada: algumas partes do romance, como o problema de saúde do filósofo, sua paixão e livros que não foram tão aclamados na época, são fatos verídicos, não?
    O filósofo realmente não foi famoso em vida e era apaixonado por uma mulher que não o queria.

    Gostei da crítica.

    Passe no meu blog. Lá você encontrará meus escritos, talvez póstumos como os de Nietzsche (espero que não rsrssr).

    www.angelcabezza.blogspot.com

    Abraços poéticos.

    Angel Cabeza

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