quarta-feira, 29 de abril de 2015

VIP - Kathryn Harvey - Ed. Universo dos Livros


Essa trilogia terminou de uma forma bem estranha. Quando ouvia falar da trilogia Butterfly, achava que os três livros faziam parte de um todo, como sempre acontece com trilogias. Mas, fugindo do padrão, VIP não tem absolutamente nada a ver com Stars e com Butterfly, trazendo outras histórias e personagens completamente diferentes. A única semelhança é a força e a garra das protagonistas, duas amigas de fibra e com um passado sofrido, assim como as protagonistas dos livros anteriores.

Abby Tyler é uma mulher com uma missão. Ela teve seu bebê roubado há mais de trinta anos, antes mesmo que pudesse vê-lo. Para localizar a filha e pôr um fim ao seu sofrimento, Abby cria um plano surpreendente que a deixará frente a frente com um passado que tentou esquecer.

Ela contratou investigadores a vida inteira e descobriu que foi vítima de uma gangue de tráfico de bebês. Conseguiu localizar três meninas que foram vendidas no mesmo dia em que sua filha foi tirada dela. Hoje, essas mulheres são adultas e ela encontra uma maneira de reunir as três para descobrir qual delas é sua filha e começar uma relação roubada dela há mais de três décadas: ela convida as três para estadias gratuitas no seu hotel de luxo, informando que elas foram sorteadas em uma promoção.

As personagens das três mulheres trazem histórias paralelas à trama. Achei as três personagens interessantes, mas Coco é bem intrigante com seu dom de prever o futuro. Sissy também traz passagens legais ao livro, com sua descoberta sobre a traição do seu marido e sua redescoberta como mulher, transando loucamente com funcionários sexies do resort.
Lá pela metade do livro, Kenny conta para Coco sobre o motivo pelo qual ele nunca sai do resort. Achei bem forçado. Nessa altura do livro, os capítulos normalmente começarem com uma fantasia sexual começou a cansar. Dá vontade de pular a passagem. Mas a história tem mistérios e prende bem a atenção do início ao fim. Daqui pra baixo vou falar algumas impressões que só quem leu o livro vai entender, mas não chega a ser spoiler, não, tá? :)

Adorei Coco ter descoberto seu amor, de um jeito super original. E Sissy reagiu super bem ao ligar para a amante de Ed. Só acho que mais para o final do livro as duas personagens praticamente sumiram da história. Como são personagens ótimas, deu pra notar a ausência.

Sobre a Autora


Barbara Wood é o nome verdadeiro da autora da trilogia Butterfly. Ela utilizou o pseudônimo de Kathryn Harvey apenas para escrever os únicos três livros eróticos da sua carreira até agora. No seu site é possível encontrar sua biografia completa.

terça-feira, 28 de abril de 2015

Eu sou Malala - Malala Yousafzai - Ed. Companhia das Letras

"Quem é Malala? Eu sou Malala, e essa é a minha história".

Li esse livro agradecendo a Deus por ter nascido em um país como o Brasil. Cheio de problemas e com muitos aspectos para melhorar, sim, mas vivemos com liberdade e numa democracia, ufa mil vezes.

Malala é mais uma menina nascida em um país de homens. Normalmente, os pais de meninas lamentam muito quando percebem que não é um "novo macho poderoso" que saiu do ventre da mãe. Mas o pai de Malala tem a mente aberta e bastante discernimento. Acolheu sua filha desde o nascimento e, daí por diante, ofereceu o mais importante: cultura e educação. Mas nem isso elas teriam o direito de ter em seu país. Mulher, ali, não pode ir pra escola, onde já se viu!

Mas Malala e seu pai lutaram contra esse absurdo tanto quanto puderam.  O livro conta toda a infância de Malala e as dificuldades que sua família teve que passar até seu pai conseguir transformar seu sonho de ter uma escola para meninas em realidade.

O livro é muito bom e eu fiquei chocada e revoltada em muitos momentos, comparando com o Brasil e refletindo sobre como, no fim das contas, é "fácil" viver aqui. Malala tem cultura, informação e o espírito livre. Para pessoas assim, ser muçulmano e viver no Paquistão deve ser o pior dos castigos.

Mesmo assim, ela continuou sua missão de lutar para que outras meninas tivessem o direito à educação, assim como ela tinha. Parecia que ela estava procurando uma agulha no palheiro, mas ela sabia que o grãozinho que plantava podia fazer a diferença na vida e no futuro das meninas paquistanesas, mesmo que a longo prazo. As ameaças que eles ouviam todos os dias dos fanáticos religiosos até causavam medo, mas não o suficiente para calá-los. Seu pai estava com ela nessa luta, ele era seu maior exemplo. Seu espelho. Seu herói.

Até que um dia, um homem entra no ônibus em que Malala está e pergunta: Quem é Malala?
Ninguém responde, mas todas as suas amigas olham para ela. O disparo é feito. Daí pra frente, a luta é pela vida.

Chorei litros ao ler passagens do que ela sofreu no hospital. Depois que terminei o livro fui procurar vídeos dela no YouTube e vi que ela era linda, mas depois do tiro ficou com o rosto um pouco assimétrico e maior de um lado que do outro. Isso importa? Claro que não! Malala esta viva. Malala ainda luta. O talibã não a representa e não conseguiu calá-la. Ao contrário, eles fizeram com que ela ganhasse notoriedade mundial. Eles perderam.


Sobre Malala

Malala Yousafzai é uma estudante e ativista paquistanesa. Ela é conhecida por seu ativismo pelos direitos à educação e o direito das mulheres, especialmente no Vale do Swat, onde o Talibã às vezes proíbe meninas de frequentarem a escola. Em 9 de outubro de 2012, Yousafzai foi baleada na cabeça e pescoço em uma tentativa de assassinato por talibãs armados quando voltava para casa em um ônibus escolar. Nos dias que se seguiram ao ataque, ela permaneceu inconsciente e em estado crítico, mas mais tarde a sua condição melhorou o suficiente para que ela fosse enviada para o Queen Elizabeth Hospital, em Birmingham, Inglaterra, para a reabilitação intensiva. Em 12 de outubro, um grupo de 50 clérigos islâmicos no Paquistão emitiu uma fatwa contra aqueles que tentaram matá-la, mas o Talibã reiterou sua intenção de matar Malala e seu pai.


Fonte: Skoob

sexta-feira, 24 de abril de 2015

Novas aquisições - comemorando o aniversário do blog em alto estilo

 
Ontem o Leitura (mais que) Obrigatória completou 6 anos! É pique, é pique!

E, para comemorar, não tinha maneira melhor: tinha que ser comprando livros, é claro!

Confira as novas aquisições, todos livros super desejados que estou namorando há meses!
Abandonados - Lisa Genova




Sombras da meia-noite - Lara Adrian




 

Objetos Cortantes - Gillian Flynn

 

A Herdeira - Kiera Cass


quinta-feira, 23 de abril de 2015

Feliz Dia Mundial do Livro!


Hoje é Dia Mundial do livro e aniversário de 6 anos do blog!!!! Dupla comemoração mode on! Para recordar, olha aqui o primeiro post do blog, no dia de hoje, em 2009.

E, para todo mundo ficar feliz e se acabar no consumismo, corram pros sites que vendem livros que praticamente todos estão com promoções comemorativas ao Dia Mundial do Livro! Já estou navegando no Ponto Frio, Submarino e Americanas! :)

quarta-feira, 22 de abril de 2015

Olhe nos meu Olhos :: Minha Vida com a Sindrome de Asperger - John Elder Robison - Ed. Lorousse


"Não deve ter sido fácil escrever esse livro" foi a frase que mais ficou rondando a minha cabeça enquanto eu mergulhava na história sincera, objetiva e muito bem narrada de Olhe nos meus Olhos. O livro é uma autobiografia de John Elder Robison, um homem que foi o primeiro filho de um casal peculiar e que sempre se sentiu diferente, por conta da extrema dificuldade em sociabilizar, olhar nos olhos e agradar as pessoas a sua volta. Fechado e introspectivo, John passou por vários consultórios psiquiátricos ao longo de sua infância, foi chamado de mau caráter e passou poucas e boas até ser diagnosticado, por pura sorte, com a Síndrome de Asperger. Por ser uma forme leve de autismo, o diagnóstico já é difícil hoje, imagine então há mais de 50 anos!

Esse livro estava há tempos na minha lista de desejados e foi uma das maiores conquistas do ano passado para a minha estante, já que ele está praticamente impossível de ser encontrado nas livrarias. Tanto é que, enquanto lia o livro, recebi a proposta de vendê-lo para uma pessoa que estava louca por ele. Como já sou adepta das trocas de livros, adorei a proposta e ele já seguiu viagem para Pernambuco! :)

Eu tinha muita curiosidade de entender mais sobre o assunto, ainda mais porque ele está intimamente relacionado com o universo infantil e, como tenho contato com muitas crianças hoje em dia e algumas receberam o diagnóstico, é importante para mim saber como essas pessoas se sentem e vêem/encaram o mundo.

E esse é o ponto forte do livro: você entende a cabeça de John, porque ele explica o tempo todo o que pensa, qual o motivo para alguns comportamentos e como eles encaram os acontecimentos da vida. Os Aspergers são muito práticos e nada políticos, mas eles são sentimentais, sim! Não ser bom em abraçar pessoas não significa que não se goste delas.

Uma passagem que me marcou foi a explicação de John sobre uma de suas expressões faciais mal aceitas pela sua família. Certa vez, vieram dar a notícia de um falecimento e John sorriu. Todos a sua volta ficaram horrorizados, chocados com a crueldade dele. E ele explica no livro que, dentro de si, sentiu alívio por não ter sido um de seus pais, e então o sorriso veio espontaneamente. Faz todo sentido! Uma pessoa sem Asperger também sentiria alívio, mas seria politicamente correto e, por respeito e convenções sociais, controlaria o sorriso que, se pudesse, também estamparia seu rosto.

O livro demorou para engrenar, mas do meio para o final melhorou muito e cheguei até a me emocionar. A maneira direta, honesta e extremamente objetiva que ele narra os fatos da sua vida são admiráveis. Com bom humor e sem meias palavras, John hoje é pai, empresário, marido e escritor. E Asperger com orgulho.

PS.: AMEI a capa do livro!

Sobre o Autor


Mora com sua esposa e filho em Amherst, Massachusetts. Sua empresa, JE Robison Service, conserta e restaura carros europeus.

Fonte: Skoob

segunda-feira, 13 de abril de 2015

É melhor não Saber - Chevy Stevens - Ed. Arqueiro

É melhor não Saber é um livro que me trouxe duas vantagens: ler uma história sensacional, bem escrita e cheia de surpresas e conhecer uma autora ótima e com escrita cativante!

A capa já me deixou super interessada, com esse ar de suspense, floresta e semi escuridão. E o livro é bem assim, mesmo. Toda a vida criminosa de um homem trazendo dor, confusão e medo para o coração de uma mulher prestes a se casar e com uma filha pra criar. Sara viveu rodeada do amor de sua mãe adotiva e suas duas irmãs (filhas biológicas), mas sempre sentiu que era tratada diferente por seu pai adotivo. Isso a incomodava a acendia ainda mais a vontade de saber de onde ela vinha, quais as suas origens e histórico médico, este último principalmente por conta de sua filha.

Até que, às vésperas do seu casamento com Evan, Sara enfim descobre quem é sua mãe. Mas, quando ficam frente a frente, Sara percebe que sua presença causa um quase surto em Julia, sua mãe biológica, e desconfia que sua concepção deve ter sido traumatizante para ela. Triste por Julia não querer o mínimo contato com ela, Sara tenta descobrir o motivo para tanta hostilidade e descobre que ela foi concebida durante um estupro. Sua mãe biológica foi a única vítima do Assassino do Acampamento que conseguiu escapar com vida.

Super original, não é? E o livro é diferente e cheio de adrenalina do início ao fim! Mostra bem como ninguém é completamente bom nem completamente mau. Mostra a complexidade do ser humano e o limite sutil entre as características que nascem com a gente e aquelas que ganhamos de acordo com o meio em que vivemos. Faz pensar, mas faz sentir também.

A autora escreve com tanta competência que já fui atrás de Identidade Roubada, um outro livro dela, e ele deve chegar em casa nos próximos dias. Não vejo a hora de ler!

É melhor não Saber chega ao seu desfecho faltando algumas boas páginas para o final. Aí pensei: nossa, o que mais ela vai falar depois disso? E aí você percebe que ainda tem várias revelações para acontecer! É-mui-to-bom!

Sobre a Autora


Chevy Stevens nasceu e foi criada em uma fazenda em Vancouver Island, no Canadá, lugar até hoje muito presente em sua vida. Quando não está diante do computador, faz caminhadas com o marido e o cachorro pelas montanhas próximas à sua casa. Vendido para mais de 20 países, Identidade roubada tornou-se best-seller na Alemanha e nos Estados Unidos.


Fonte: Skoob

segunda-feira, 6 de abril de 2015

Até Breve, José - Camila Goytacaz



Semana passada, ele chegou aqui em casa. Pelo correio, chegou dias antes da páscoa, data em que se celebra o renascimento, a vida. Na sexta-feira santa, comecei a leitura de Até Breve, José.

O livro é tão cheio de amor, tão sensível e tão sincero que é impossível uma mãe ou um pai (acho que, talvez, até quem nem é mãe ou pai) não se colocar no lugar da Camila. Hoje, estou de luto. Passei o feriado introspectiva, pensando na vida, meio quieta. Hoje, acordei ainda mais "pra dentro".

Acordei sentindo-me diferente. Estranho, eu não sou assim. Percebi, então, que era meu luto por José. Minha maneira de tentar entender porque algumas coisas simplesmente acontecem, contrariando expectativas e evidências científicas. Contrariando o curso natural da vida.


É quase que insuportável o momento em que a gente se dá conta de que ao maior amor do mundo, de repente e sem aviso, soma-se pânico, dor, medo, almas desoladas, incertezas, dúvidas, impotência. Eu não sei como é possível suportar. Eu não sei de onde vem a força. Eu não sei como foi possível lidar com as perguntas, com os dias seguintes, com o quarto arrumado, com as roupinhas sem uso. 

Hoje, com a cólica que me mostra que ainda não chegou a minha hora de ter um segundo filho, todos os meus pensamentos e minhas energias positivas vão para José. José, que representa todos os bebês que foram cedo demais.

Penso em como essa passagem foi necessária para sua evolução espiritual. Não só para a sua, mas para a de toda a família. E penso que sua família foi escolhida por ser especial e ter a força e a evolução necessárias para serem esse instrumento. Mas isso não diminui a dor, não leva embora as lembranças da despedida precoce. Como diz Camila no livro, é muito duro sofrer por tudo o que não se viveu.

O livro é muito intenso, do início ao fim, mas uma frase mexeu demais comigo. Chorei copiosamente quando li que Camila não tinha uma foto de José. A lembrança de seu filho ficou só onde deveria estar, dentro do seu coração.

Eu, que já passei pelo medo de perder um bebê que amava, consigo, pelo menos, mensurar a dor da Camila, do Pedro e do Lufe. Eu, que lembro de alguns emails da Camila numa lista de mães da qual também faço parte, só queria dizer que eu sinto muito. Se fosse possível cada mãe pegar um pedacinho da dor dela para si, aliviando esse sentimento que sufoca, certamente o faríamos. Juro que, se pudesse, eu teria feito.

Como Camila, sou jornalista e costumo escrever como uma forma de extravasar sentimentos e pensamentos, como uma forma até de autoconhecimento, também. Escrevi, como Camila, um diário desde que soube que estava grávida do Arthur. Para coisas importante, tristes ou felizes, eu escrevo. E Camila também. Minha identificação com ela foi instantânea.

Imagino, então, como foi todo o processo de decidir e voltar atrás, depois decidir de novo, duvidar de ser o melhor e então deixar a ideia de lado, passar por isso dezenas de vezes até tomar a decisão final de, sim, escrever e publicar um livro para homenagear José e ajudar outras mães. No meio da dor, o ser humano ainda consegue pensar no próximo. Foi assim que você foi consolada e agora, por gratidão e compaixão, faz o mesmo por tantas outras pessoas. Parabéns e muito obrigada.

Ler Até Breve, José mudou, de certa maneira, a minha vida. Foi uma das experiências literárias mais intensas que já vivi. O livro terá um lugar especial na minha estante, para sempre.

Sobre a Autora

Camila Goytacaz é jornalista, escritora, blogueira e mãe de Pedro Luis, Joana e José.

Sinopse do livro

Até Breve, José é uma delicada experiência literária, uma narrativa que combina a força do texto e a sutileza das artes visuais. Camila escreve para seu filho desde o momento em que soube que ele viria ao mundo. Depois que ele morre, ainda recém-nascido, ela continua a conversar com ele sobre os detalhes cotidianos.

Com uma linguagem suave pontuada por lampejos espirituosos, o livro relata a dor da perda e o reencontro com a esperança.

Onde encontrar

Aqui tem a página do livro no facebook. E, para comprar, clique aqui. O site oficial do livro é imperdível também. Eu ainda nem li, mas já recomendo pra vocês. Para quem é mãe ou deseja ser, certamente é leitura mais que obrigatória. Assim que terminar prometo escrever uma resenha sobre ele.

quinta-feira, 2 de abril de 2015

Até breve, José: ele chegou!!!!

Esse é um post especial para mim. Depois que me tornei mãe, passei a carregar dentro de mim um pouco da dor de outras mães, porque é impossível não se colocar no lugar delas quando se conhece o maior amor do mundo.

Camila Goytacaz tem três filhos: Pedro Luis, Joana e José Luis. José viveu dentro de Camila por 9 meses, mas faleceu do lado de fora, ainda recém-nascido. Camila transformou sua dor em esperança e registrou todo esse processo escrevendo Até Breve, José.

O projeto foi para o Catarse e ultrapassou (uhuu!!) a verba inicialmente estimada. Enfim, o livro poderia ser produzido! Eu fui uma das colaboradoras (com MUITO orgulho!) e recebi pelo correio meu exemplar, LINDO, autografado pela autora e com um marcador de páginas super delicado.

Ainda não comecei a ler Até Breve, José, mas tenho absoluta certeza de que o livro é lindo, profundo e repleto de amor. Ele é todo ilustrado também, pra dar aquela vontade de guardar pra sempre em um cantinho especial da casa.

Aqui tem a página do livro no facebook. E, para comprar, clique aqui. O site oficial do livro é imperdível também. Eu ainda nem li, mas já recomendo pra vocês. Para quem é mãe ou deseja ser, certamente é leitura mais que obrigatória. Assim que terminar prometo escrever uma resenha sobre ele.




quarta-feira, 1 de abril de 2015

Dente por Dente - Jenny Han e Siobhan Vivian - Ed. Novo Conceito



Dente por Dente é o segundo livro da trilogia Olho por Olho, que é também o nome do livro 1. A estrutura do primeiro volume é mantida neste, com os capítulos intercalados escritos em primeira pessoa pelas três protagonistas: Lillia, Kat e Mary (na ordem em que elas aparecem na capa ai em cima). 

Nesse livro as três amigas continuam seus planos de vingança contra aqueles que lhe fizeram mal. Alex está fora da mira, por ter levado o castigo dele no primeiro livro. Restam agora os alvos Reeve e Rennie. Nesse livro, há diversas reviravoltas, principalmente em relação à Reeve e Mary. Ainda no começo do livro, fiquei desconfiada do desfecho de Mary e no final do livro percebi que eu estava certa, mas a gente fica devorando o livro para saber se é isso mesmo. Muito bom! Adoro livros assim!

E Reeve vai se mostrando um personagem complexo e bem rico para a história. Lillia, sempre arrasando corações, é a personagem principal desse livro, roubando de longe o brilho de todas as outras meninas. 


No final do livro, a gente percebe que o terceiro talvez seja o mais macabro e mais pesado dos três, pois Mary está ensandecida por vingança e repleta de ódio, mas agora voltado para as duas amigas que eram suas parceiras e aliadas nos livros anteriores. E agora, minha gente, ela quer morte, nada menos que isso! Medo!

Até agora os eventos sobrenaturais são só uma pequena parte de toda a trama e, ao meu ver, nem é a mais legal. Espero que o último livro não seja só focado nisso, porque aí vai desandar. Oremos!

Uma das partes mais legais para o desfecho foi a explicação sobre a festa de Halloween, que aparou bem as arestas e não deixou furo no enredo. 

O último livro da trilogia chama-se Ashes to Ashes e foi lançado ano passado nos EUA. No Brasil, ainda não há previsão de lançamento, mas espero que seja esse ano! Infelizmente eu sinto que me decepcionarei com o último volume, mas no fundo tenho esperanças de que seja só uma sensação errada.

Sobre as autoras


Jenny Han é autora best-seller do The New York Times e tem mestrado em Escrita Criativa pela New School.


Siobhan Vivian é graduada em Escrita para Filmes e Televisão. Atualmente é professora na Universidade de Pittsburgh. É autora também de Não sou este tipo de garota e Conselho de amiga.