quinta-feira, 25 de junho de 2015

Identidade Roubada - Chevy Stevens - Ed. Arqueiro


Identidade Roubada foi um livro que despertou minha atenção por conta da leitura do É melhor não saber, da mesma autora. Achei tão original e com ótimas surpresas reveladas na hora certa que, assim que terminei, fui procurar outras obras da Chevy Stevens para adquirir. Quando li a sinopse de Identidade Roubada, coloquei na minha lista de desejados na hora.

O começo e o meio do livro são muito bons. O terror físico e psicológico que a protagonista, Annie, tem que passar durante um ano inteiro na mão de um sádico  completamente descontrolado emocionalmente é muito bem narrado e sentimos na pele o pânico de Annie. Aflição, nojo, ódio, pena e medo foram sentimentos facilmente despertados em mim enquanto lia, principalmente durante as passagens no cativeiro.

Annie é uma corretora de imóveis que é sequestrada no final de um plantão de vendas, por um homem que finge ser um cliente em potencial e engana a corretora direitinho. Ao ser raptada, ela sente saudade de sua cadela e morre de preocupação sobre o que teria acontecido com ela: se passou fome, se alguém lembrou de cuidar dela e tal. Além disso, deixa um namorado, com quem iria se encontrar após o plantão, e fica imaginando os esforços que ele estaria fazendo para encontrá-la.

O sequestrador consegue ficar com Annie em um chalé nas montanhas por um ano, fazendo com que ela viva o inferno na terra, passando o inimaginável ao ter que conviver intimamente com uma mente extremamente doentia.

Eu imaginava que Annie fosse ser libertada no desfecho da história, mas isso acontece um pouco depois do meio do livro e o resto da obra fica a cargo de descobrir como o sequestro foi planejado e quais os motivos. Essa parte achei bem improvável e surreal, até meio forçada. Não gostei muito da imaginação fértil demais da autora. O motivo não se justificou e o desfecho, que poderia ser surpreendente e inteligente, para mim foi fraco e bem utópico.

Mesmo assim, fazendo um balanço, foi uma leitura com certa qualidade que acredito ter valido a pena, principalmente ao abordar, depois de sua volta para casa, todas as sequelas que uma pessoa que passa por um trauma por muito tempo traz. Quem nunca viveu nada parecido imagina que a pessoa volta se sentindo grata por estar viva e retoma quase que imediatamente sua vida de antes. Mas, realmente, bom seria se isso não fosse completamente fora da realidade.
É impressionante pensar como tem pessoas insanas no mundo que convivem e enganam a sociedade por décadas, cometendo crimes e criando obsessões que, um dia, vem à tona com força total.

Sobre a Autora


Chevy Stevens nasceu e foi criada em uma fazenda em Vancouver Island, no Canadá, lugar até hoje muito presente em sua vida. Quando não está diante do computador, faz caminhadas com o marido e o cachorro pelas montanhas próximas à sua casa. Vendido para mais de 20 países, Identidade roubada tornou-se best-seller na Alemanha e nos Estados Unidos.


Fonte: Skoob

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