Achei uma história meio fria, mais sobre política e religião do que sobre as lutas pessoais pelas quais Ayaan Hirsi Ali passou, que era o que eu esperava encontrar na obra. Mas, certamente, o livro fará muito mais sentido quando for lido depois de Infiel, livro que já está na minha estante, a espera da sua vez. :)
Lerei A Virgem na Jaula de novo, depois, e complementarei essa resenha. Mas, por hora, posso dizer que é um livro muito legal para aprender um pouco mais sobre a cultura muçulmana, alguns casos de desrespeito à mulher e compreender muito da luta de Ayaan Hirsi Ali e sobre seus pensamentos e opiniões. Mas, se você for ler, leia o Infiel primeiro, por favor. :/
Sobre a autora
Após descarregar toda a munição da pistola no cineasta Theo van Gogh, o fundamentalista islâmico Mohammed Bouyeri aproximou-se da vítima. Ajoelhado numa rua de Amsterdã, Van Gogh murmurou: "Tem certeza de que não podemos conversar?". O assassino cortou-lhe a jugular com uma faca de açougueiro e, com outra, espetou no cadáver uma carta endereçada à holandesa de origem somali Ayaan Hirsi Ali: "A próxima será você". Ayaan é parlamentar em seu país e roteirista de Submissão – Parte I, o curta-metragem de Van Gogh sobre a repressão sofrida pelas mulheres no Islã. Veja abaixo:
Esse é um assunto que ela conhece bem. Aos 5 anos, sofreu excisão do clitóris. Aos 22, fugiu de um casamento arranjado com o primo pelo pai. Refugiada na Holanda, trabalhou como tradutora nos centros sociais para imigrantes e foi brilhante universitária de ciências políticas. Na semana passada, sete meses depois da ameaça de morte, Ayaan, uma negra longilínea de 35 anos, desceu de um carro blindado numa ruela de Paris.
Infibulação do clitóris
Aos cinco anos Ayaan e sua irmã de 4 anos sofreram a infibulação do clitóris numa cerimônia organizada pela avó, apesar da oposição do pai a esta prática. Também chamada de excisão faraônica, a infibulação é considerada a pior de todas, pois, após a amputação do clitóris e dos pequenos lábios, os grandes lábios são seccionados, aproximados e suturados com espinhos de acácia, sendo deixada uma minúscula abertura necessária ao escoamento da urina e da menstruação.
Esse orifício é mantido aberto por um filete de madeira, que é, em geral, um palito de fósforo. As pernas devem ficar amarradas durante várias semanas até a total cicatrização. Assim, a vulva desaparece sendo substituída por uma dura cicatriz. Por ocasião do casamento a mulher será “aberta” pelo marido ou por uma “matrona”, mulheres mais experientes designadas a isso. Mais tarde, quando se tem o primeiro filho, essa abertura é aumentada. Algumas vezes, após cada parto, a mulher é novamente infibulada.
Nossa, só de ler isso já fico com uma super aflição...e agoniada por saber que tanta mulher ainda passa por essa mutilação. Será que nos primeiro livro a autora fala sobre esse assunto?
Sobre o livro
A obra é resultado da convivência com outras vítimas de maus tratos sob o jugo do Islamismo. O livro apresenta uma crítica não apenas aos costumes mulçulmanos, mas também ao multiculturalismo e tolerância execissava com que o Ocidente trata este casos.
"Este livro é imensamente importante, veemente, desafiador e necessário. Deve ser lido pelo maior número de pessoas possível, pois diz a verdade - a verdade crua e desconfortável." - Salman Rushdie.
Aqui, é possível conferir uma entrevista publicada na Veja com a escritora.
Veja sua entrevista no Roda Viva:
Fiquei impressionada com esse ritual, já doeu só de imaginar.
ResponderExcluirJá anotei os títulos dos dois livros. Uma das coisas mais interessantes é conhecer outras culturas através do cinema e literatura.
Já está na lista.
ResponderExcluirTbm fiquei impressionada com o ritual.
BjOss
Olá Carlinha!
ResponderExcluirque prática monstruosa, mesmo analisada no contexto é um desrespeito inadmissível à mulher!
Muito obrigada pela sugestão, porque relatos são o meu tipo de livros preferidos!
Vou ler..., já sei o que sugerir para prendas de natal... :=))!
Um beijo!
Oi, td bem?
ResponderExcluirJá passei por aqui algumas vezes, cheguei através do blog da Renata Nogueira! =^^=
Vim te avisar que tem um selinho dedicado ao seu blog, e eu ficaria muito feliz com sua visita! =^^=
Bjinhu
não sabia q ela tinha outro livro publicado. terminei infiel essa semana e em breve vou escrever sobre o livro no meu blog. eu tb achei essa entrevista do roda vida qd pesquisava sobre a autora. beijos, pedrita
ResponderExcluirQue coisa horrenda, grotesca, desumana. Isso não é cultura local, é barbárie!
ResponderExcluirolá!!!
ResponderExcluirSempre fico maluca com livros seriados, as vezes acabamos lendo o segunso antes do primeiro e acabamos perdendo o fio da meada, mais o que me mata é o fato de ter que esperar pelos lançamentos...não aguento...fico doida de curiosidade...
beijos
Sei como é isso de ler primeiro o segundo livro. A gente se sente meio perdida! Estou com um livro aqui doida pra ler, mas preciso do que o antecede... Tenho que resistir! =)
ResponderExcluirOie Carlinha!!!
ResponderExcluirO Jolie fez xixi uma vez no tapete branco, aff...
Mas, agora ele só faz no lugar certo, aprendeu super rápido o danadinho hahha.
Bjo bjo florzita :)
Há tradições que nunca se deviam ter enraizado.. a descrição desse ritual deixou-me simplesmente sem palavras!
ResponderExcluirBoas leituras**
http://favouritereadings.blogspot.com/
eu comentei no meu blog sobre infiel e mencionei esse seu post. beijos, pedrita
ResponderExcluirLi o primeiro livro escrito por essa pessoa fantástica, Infiel, Companhia das Letras, 2007. São 496 páginas do mais puro brutal realismo, um passeio cultural, uma análise profunda. AYAAN HIRSI ALI, que a esse nome some-se sucesso e vitória. Parabéns.
ResponderExcluirArnaud Garcia - Natal/RN, Brasil