domingo, 26 de abril de 2009

O Corpo Fala - Pierre Weil e Roland Tompakow - Ed. Vozes

"O tema abrange a comunicação psicossomática inconsciente do próprio leitor - e por isso o fascina, diverte, desafia e esclarece ao mesmo tempo!"


Li O Corpo Fala há alguns anos e, desde então, nunca mais participei de uma reunião ou conversa da mesma maneira. Lembro que ouvi falar do livro durante uma aula na faculdade (sou formada em Jornalismo) e tinha ficado louca de vontade de ler. Uns dias depois, olhando a estante de livros do meu pai, quem eu vejo ali, paradinho e prontinho para ser lido? Ele mesmo! Tão perto de mim o tmepo todo e eu nem imaginava...


Logo de cara, já li na capa: "Com 314 ilustrações de expressão corporal". Claro que a vontade de começar a leitura só aumentou. Com tanta expectativa, as chances de decepção eram altas. Mas, pelo contrário, fiquei completamente envolvida e concentrada nos ensinamentos. O texto é divertido, tudo é exemplificado com ilustrações e toda a complicação do tema é genialmente destrinchada para uma linguagem didática.

Hoje eu acredito plenamente que a "linguagem silenciosa da comunicação não-verbal" diz muito mais do que as palavras, porque a linguagem não-verbal é insconsciente, não mente.

É muito legal acabar de ler um capítulo e perceber as mesmas coisas descritas na sua mãe, namorado e até nos colegas de trabalho.

No livro, os autores utilizam a esfinge como referência para “traduzir” a linguagem corporal. As três partes da esfinge mostram como o homem é dividido: o boi seria a referência para os instintos (ou desejos), o leão refere-se aos sentimentos e a águia estaria ligada aos pensamentos (ou consciência).

O ponto fraco do livro são algumas repetições desnecessárias, alguns erros de ortografia ealguns diálogos bem machistas nas ilustrações.

Alguns exemplos

Só para dar um gostinho, segue alguns exemplos de significados de expressões corporais:

1 - Mutismo: muitas vezes não podemos ou não queremos externar nossos sentimentos, e nosso corpo expressa isso quando: os lábios ficam presos entre os dentes, os braços ficam cruzados perto dos joelhos, como se o indivíduo estivesse se fechando, mão sobre a boca, entre outros.

2 - Desinteresse: quando estamos desinteressados em algo, nosso corpo rlaxa os músculos, não apresentadno tensão. Nomalmente projetamos o corpo para traz na cadeira ou sofá e esticamos as pernas.

3 - O que as mãos nos dizem:

• Direita = é a “mão da ação”

Esquerda = é a “mão do sentimento”
• Fechadas = agressão, ódio, insegurança
• Abertas = afastar o perigo, a ameaça ou oferecer, concordar
• Mãos cruzadas para trás = não se concorda com o alvo da discussão
• Mãos na frente da boca = deseja falar algo mas não sabe como fazer...
• Mãos sobre a mesa = dedicado aos negócios ou querendo negociar Demonstração de sinceridade e honestidade
• Mãos juntas sobre o colo ou estômago = um gesto de proteção
• Mãos nos quadris = provocativo ou duro, entretido ou ansioso para entrar no assunto principal
• Mãos nos bolsos = estar em contato com o próprio corpo, reconfortador, busca de equilíbrio frente a uma possível insegurança
• Esfregar o olho = tentativa de bloquear a falsidade, dúvida ou mentira que vê, ou evitar olhar para a pessoa para quem está contando a mentira
• Esfregar o queixo = é um sinal de que o ouvinte está tomando uma decisão

Na Prática

Outro dia, eu estava em uma reunião de trabalho e já tinha decidido escrever sobre o livro aqui no blog, então eu me peguei olhando para os participantes da reunião e analisando suas expressões e posturas, que muitas vezes nos "dizem" exatamente o oposto do que suas próprias palavras. Esse é o principal efeito colateral do livro: depois de ler, você começa a olhar em volta e a analisar todo mundo, tentando exercitar tudo o que o livro ensinou.

Sobre aos Autores

Pierre Weil
Três atividades caracterizam Pierre Weil: escritor, educador e psicólogo. Dentre algumas formações obtidas ao longo de sua carreira, destacam-se o título de doutor em psicologia pela Universidade de Paris e os cargos de presidente da Fundação Cidade da Paz e reitor da Universidade Holística Internacional de Brasília (Unipaz), onde trabalha pela paz no mundo. Também é co-fundador da Associação Internacional de Psicologia Transpessoal e da Associação Brasileira de Psicologia Aplicada, além de ser autor de mais de 50 livros. Em 2002, recebeu o Prêmio Unesco de Educação para a Paz e o Prêmio Verde das Américas.

Roland Tompakow
Professor de Comunicações dos Cursos de Administração de Empresas da Fundação Getúlio Vargas – RJ, artista gráfico, técnico em Informática Visual, jornalista, assessor de Informáticaem marketing de várias Empresas e coordenador dos registros de Cinésica do grupo de Pesquisas chefiado pelo professor Pierre Weil.

4 comentários:

  1. MUITO interessante... mesmo muito acho que vou ler; sem dúvida.

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  2. Seu blog é muito interessante. E eu amo ler. Conhecer novos livros e sugestões. Quando eu puder vou na biblioteca ver se eu encontro estes livros. Ou até mesmo comprar. Vale à pena.

    Bjim*

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  3. Eu li esse livro na pós! Muito bom...

    Não vou viajar não...minha prima comprou uma máquina nova e tb falou de sairmos, podemos marcar sim

    bjo

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  4. Eu costumo analisar a escrita das pessoas, e percebi que a Cristina Bernardes é muito indecisa. hehe

    "MUITO interessante... mesmo muito" A expressão muito interessante só precisa ser reafirmada por pessoas que não estão seguras do que acabou de dizer...

    "acho que vou ler; sem dúvida."

    Se não há dúvidas, qual a razão de iniciar dizendo "acho"?

    Este negócio de analisar as pessoas é "o maior barato"! hehehehe

    Cristina, é apenas uma brincadeirinha. Eu apenas quis entrar no clima do artigo. hehe

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