Um clássico da nossa literatura, que orgulha todos os brasileiros que o leem. Vidas Secas retrata, como o nome diz, a vida de uma família que luta para seguir em frente, em meio à pobreza, à fome e à seca que assola o nordeste do nosso País.
E é fácil se apegar a esses personagens, em especial à cadela Baleia, que tem no seu nome o antagonismo para um corpo magro, com todas as costelas aparecendo e alimentos escassos para sua sobrevivência. A família de nordestinos é composta por Fabiano, Sinhá Vitória, seus dois filhos e a cadela. É comovente, é triste, mas é real, acima de tudo.
Era real na época em que foi escrito (em 1938!!!), e é real, completamente real, ainda hoje. A cachorrinha me tocou de uma forma especial, mas tudo isso só aconteceu pela maneira objetiva e eficiente com que a obra foi escrita. Em busca de uma vida melhor, o livro conta a saga dessa família, que segue em busca da felicidade, que está nas pequenas coisas, muitas vezes em um pedaço de pão ou em um pingo de chuva. Nota-se, no livro, a ausência de comunicação entre os familiares.
Eles não conversam, porque não têm o que dizer, já que não sonham, já que não têm perspectiva e nem educação. Outro ponto forte são as injustiças, o sofrimento e as desgraças, uma após a outra, que assolam a família sertaneja. Dá uma pena ler o livro... e esse sentimento vai só crescendo no decorrer da leitura. Melancolia e pena são palavras de ordem.
O filme
O filme baseado em Vidas Secas foi lançado em 1963 por Nelson Pereira dos Santos. Não assisti ao filme, mas ouvi falar muito bem dele. Foi o único filme brasileiro a ser indicado pelo British Film Institute como uma das 360 obras fundamentais em uma cinemateca.
Confira um trecho:
Onde Comprar: Na Saraiva e no Submarino por R$ 20,60.
Tia Virginia
Há 2 dias
eu acabei não vendo o filme, só li o livro muito recentemente. majestoso como era de se esperar. ótimo texto. beijos, pedrita
ResponderExcluirOii Carla!! Realmente esse livro é muito bom! Adoro os livros do Graciliano Ramos. Eu não sabia que tem um filme! Vou procurar!! Bjooo!
ResponderExcluirCarla,tanto o livro quanto o filme são obras primas.A morte de Baleia dói,dói.
ResponderExcluirUm beijo.
esse livro é marcanteeeee... cheguei a chorar...
ResponderExcluirAhhh é realmente um livro muito bom. Eu li ainda na escola (naquele tempo elas incentivavam a leitura). Tempos depois eu reli. É engraçado como a gente pode reler o mesmmo livro várias vezes e se surpreender com coisas que não tinha percebido antes.
ResponderExcluirAs vezes acho que o brasileiro tem um pouco de preconceito com os próprios livros e prefere os estrangeiros... uma pena realmente.
bjos
Eu tenho esse livro mas com outra capa. Essa é muito interessante!
ResponderExcluirE eu também não sabia que tinha um filme!!
Bjs
Olá Carlinha!
ResponderExcluirParabéns pela escolha/sugestão do livro.
É do tipo de leitura que mais gosto... relatos verídicos...!
Sabes o que chama a atenção... é que, apesar do Brasil ser um país que regista muita pobreza... também é dos países que mais comida deita ao lixo...
Segundo uma reportagem que passou há pouco ..." o desperdício doméstico, no Brasil, soma 26,3 milhões de toneladas ao ano"... "de 20% a 30% dos alimentos adquiridos pelas famílias brasileiras acabam na lixeira..." é uma coisa absurda!!!
“Jogam-se fora, todos os dias, 39 milhões de quilos de alimentos. Isso daria para suprir, diariamente, 19 milhões de pessoas”... QUE BARBARIDADE!!!
Não seria a hora dos politicos e a sociedade olharem para estes números???
Porque a culpa não é apenas dos políticos..., nós, o cidadão comum, também temos a nossa quota de respansabilidade...
Beijinhos minha linda!
Um beijo!
Li e reli este livro. É muito bom, pois trata de um tema árido com beleza poética, além de tudo é fundamental. Parabéns pela resenha. Gostaria de assistir ao filme. Beijos.
ResponderExcluirEditora Record. Record? NÃÃÃÃÃOoo!
ResponderExcluirUm dos livros da literatura brasileira que ainda não li... Mas está na fila.
ResponderExcluirNão sabia que tinha um filme baseado nessa história.
Beijos,
Mari
P.S.: Mudei de endereço: http://rosas.nadiamotta.com/
É um dos livros que pretendo ler... um dos fatos que você mencionou na resenha e que já percebi em alguns livros que falam sobre a pobreza e suas mazelas, é a falta de perspectiva dos indivíduos.
ResponderExcluirAté na vida real, isso é totalmente compravado, eles não sonham, não almejam, não pensam. Hoje, eu comentei com minha mãe sobre um fato que vi nos fundos de um supermercado. Três mulheres novas e fortes, catando restos de legumes de um caminhão de lixo. Não sei qual é a história delas e sua situação atual, apenas deduzo que elas se acomodaram a tal miséria. O que se vê muito qdo conversamos com pessoas assim, é excesso de descrença no futuro e fatalismo. As coisas são assim pq tem que ser...
Adorei a resenha, enfim. Vc me relembrou que tenho que lê-lo.
Li Vidas Secas quando estava no colégio e, na época, não gostei. Talvez porque eu tinha certo preconceito com clássicos, especialmente os realistas - depois da experiência traumatizante de Os Ratos, que li pro vestibular do CEFET. Talvez algum dia eu leia de novo, pra tentar desfazer a má impressão. Mas, por enquanto, livros realistas brasileiros continuam não me chamando nenhuma atenção. O único que gostei foi O Cortiço.
ResponderExcluirBjos
Feliz Dia Internacional da Mulher! :)
ResponderExcluirNossa! Há quanto tempo li esse livro! Época de escola ainda...
ResponderExcluirCarlinha vc anda muito sumida, hein!
Beijão
Vidas Secas é realmente ótimo! Fiz uma brincadeira com a Baleia no meu blog, se quiser dar uma olhada: http://mundopos.blogspot.com/2010/01/metamorfose-de-baleia.html
ResponderExcluirabraço!
Eu tenho esse livro com a mesma capa a muito tempo e varias vezes tentei ler... rsrs... mas nunca consegui terminar...
ResponderExcluirBaixar o Filme - Vidas Secas - http://mcaf.ee/384yf
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