quinta-feira, 28 de maio de 2009

Nadja - André Breton - Ed. Cosac Naify

Uma amiga me indicou este livro, dizendo: "Nadja é o livro da minha vida". Aí, a curiosidade veio, bateu e ficou. Comprei o livro na feira anual da USP e logo comecei a ler. Para curtir a história e penetrar na trama é preciso mergulhar de cabeça no surrealismo. E, para ter idéia do que me esperava, bastou olhar a capa do livro. Nadja é imaginação pura.

Ler a obra foi uma experiência ótima, mas completamente diferente.

André Breton é o narrador-personagem do romance. A história gira em torno de sua busca por Nadja pelas ruas de Paris. Durante a trama, os dois se enconotram por acaso algumas vezes e desencontram-se em outras ocasiões.

O mais legal do livro é que, apesar de a história ser completamente fantasiosa, intimista e subjetiva, o autor recheia o livro com fotos de locais reais de Paris, dando o tom de realidade na medida certa ao leitor.

Fora a importância do romance, tido como expressão máxima do "Manifesto Surrealista", Nadja vale a pena principalmente porque viver a vida sempre com base apenas na realidade nua e crua é chato demais.

Quando eu conseguir terminar a fila de livros que tenho pra ler, vou reler Nadja. Acho que esse é o tipo do livro que se deve reler de tempos em tempos, pois cada vez as descobertas serão diferentes e surpreendentes.

O Manifesto Surrealista

O Manifesto do Surrealismo foi publicado pelo escritor francês André Breton em 1924, e trouxe para o mundo um novo modo de encarar a arte.

Seguido do Dadaísmo (movimento que propunha a oposição por qualquer tipo de equilíbrio), o surrealismo impunha o chamado automatismo psíquico, "estado puro, mediante o qual se propunha transmitir verbalmente, por escrito, ou por qualquer outro meio o funcionamento do pensamento; ditado do pensamento, suspenso qualquer controle exercido pela razão, alheio a qualquer preocupação estética ou moral".

Sobre o Autor

André Breton foi criado por sua avó materna e começou o curso secundário em 1906, no Collège Chaptal. Em 1913 ingressou no curso de medicina. No ano seguinte, publicou três poemas na revista "La Phalange".

Em 1919, Breton fundou, junto com Louis Aragon e Philippe Soupault, a revista "Littérature".Dois anos depois, casou-se com Simone Kahn. Lançou o "Manifesto Surrealista", em 1924, tornando-se figura de proa nos meios literários. Editou também "A Revolução Surrealista", agregando artistas e intelectuais em torno de suas idéias.Em 1926 André Breton conheceu Nadya, uma paciente psiquiátrica.

Deste encontro resultou um livro, também chamado "Nadya", que sintetiza as principais obsessões de Breton: o acaso, o amor, as relações entre a vida e a poesia.A necessidade de participação política levou Breton a ingressar no Partido Comunista em 1927.

Depois de uma relação cheia de divergências com o partido, acabou sendo expulso em 1933. No ano seguinte, conheceu Jaqueline Lamba, com quem teria uma filha, "Aube".No fim da década de 1930, o surrealismo começou a ganhar força internacionalmente. Com a invasão da França pelos , Breton mudou-se para os Estados Unidos, em 1941.

Ao fim da Segunda Guerra Mundial, empreendeu algumas viagens e retornou à França em 1946.Em Paris deu continuidade ao movimento surrealista, organizando encontros e exposições e escrevendo poemas e ensaios.

10 comentários:

  1. num é mto o estilo q eu gosto não viu.... mas pra quem gosta desse estilo parece ser um livrão.. beijos

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  2. Uau, é forte dizer que um livro é o livro da vida de alguém!
    Não tenho nenhum "livro da minha vida", mas um que mudou muito o jeito que eu era foi "79 Park Avenue". Virou um dos meus livros de cabeceira.

    Bjs

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  3. Então..eu, a Mosana e a Dri, do blog mãe, esposa e mais um monte de coisas, estamos criando uma comunidade para unir as nossas queridas blogueiras e trocarmos presentinhos. Nada caro..o carro chefe será os presentinhos de 1,99, mas eu só aceito de 100 paus. kkkkkkkkkkkkkkkkkkkk

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    Bjos.

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  4. oie!

    Ah, o livro me parece interessante, ainda mais pelas foto... adoro ilustraçoes!

    vou ver se acho ele por aki!

    beijo e obrigadah pela dica sempre!

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  5. passando para te desejar um feliz final de semana.
    sobre o livro, é bom de se ler aos poucos.Ler um pouco, fechar ler um outro tanto depois. Um livro para ser lido em intervalos, nos intervalos....
    Maurizio

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  6. Carla, não conhecia o autor, mas parece super interessante. Vou pegando essas dicas de leitura nos blogs amigos, anotando e qdo tiver tempo quero ler todos!
    Bjos,
    Paulinha

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  7. Carla, semana que vem mando seu livro, sem falta! Passei essa semana toda fora daqui (depois vc lê no meu blog).
    Beijão

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  8. Do Breton eu li só o Manifesto Surrealita
    mas vou anotar essa dica

    "viver a vida sempre com base apenas na realidade nua e crua é chato demais."

    que nada
    Freud dizia que a verdadeira realidade é aquela do inconsciente, ou seja, a "surrealidade"

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  9. oi Carlinha, vim desejar boa semana
    bjssss


    ah esperamos tu na comu...rimou kkkkk

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